quinta-feira, junho 29, 2006

Poluição das águas e Desertificação

Realizou-se no dia 28 de Junho, na Escola Básica e Jardim-de-Infância dos Altares, ilha Terceira, uma Palestra proferida pela Professora Maria Adelaida Lobo sobre "A Poluição da Água e a Desertificação".
Nessa palestra foram explorados os conceitos de Desertos e Desertificação e a sua relação com o ciclo da água e a conservação da biodiversidade.


Foram referidas algumas actividades humanas com influência na variabilidade climática e por consequência na desertificação.

Incluem-se entre as actividades humanas com grandes impactos no clima e por consequência na desertificação do planeta: culturas intensivas, pastoreio intensivo, desflorestação, irrigação, poluição da água e uso intensivo da água.

Nessa perspectiva, fizeram-se abordagens aos ciclos consumo-desertificação e poluição da água-desertificação.

quarta-feira, junho 28, 2006

Educação em Meio Rural e Desertificação


Realizou-se no dia 27 de Junho de 2006, na Escola Básica e Jardim-de-Infância dos Altares uma palestra proferida pelo Professor Doutor Francisco R. Sousa e organizada pelos docentes dessa escola sobre "Educação em Meio Rural e Desertificação".
Nessa palestra foi enfatizada a relação entre Educação em Meio Rural e a Desertificação, usando-se, neste contexto, o termo "desertificação" mais no sentido de êxodo rural do que no sentido de processos físicos de erosão ou de perda de fertilidade do solo.



Foi efectuada uma análise– tendo por base os dados dos dois últimos censos – da evolução demográfica na Região Açores em geral, na ilha Terceira e nalgumas freguesias desta última em particular, de modo a enquadrar as tendências actuais dessa evolução em espaços rurais insulares (Quadro 1 e Quadro 2).

Quadro 1

Quadro 2


Apesar de, nos Açores, a ruralidade e a urbanidade andarem, por vezes, paredes meias uma com a outra, os maiores centros urbanos das ilhas açorianas parecem exercer um poder de atracção sobre a população das freguesias rurais.


A Base das Lajes– marco da importância geostratégica dos Açores e, em termos organizacionais, um espaço urbano– alterou, desde o início da década de 1940, a vida na comunidade rural Lajense, que, por via dessas circunstâncias, tomou um novo rumo. Se é verdade que os campos de trigo ficaram drasticamente reduzidos a partir daí, não é menos verdade que foi a instalação da Base, nas Lajes, que provocou o grande salto em termos de desenvolvimento económico daquela freguesia, com repercussões na fixação de população na então Vila da Praia da Vitória e em toda a ilha Terceira. A economia tem favorecido e continuará certamente a condicionar a fixação das populações em zonas rurais.


A necessidade cada vez mais premente de formação e informação, de diferenciação e afirmação, faz com que estejamos, nas zonas rurais, perante um quadro social preocupante e cada vez mais difícil para todos aqueles que estão comprometidos com a transformação educativa.


Encontramo-nos numa época em que as decisões da "democracia" estão cada vez mais dependentes das regras da economia e do consumo e cada vez menos dependentes das estratégias educativas, onde o fardo do desemprego recai de forma desigual sobre as populações rurais e citadinas.
Neste cenário, faz cada vez mais sentido repensar o papel da escola – em meio rural e não só –, tendo em conta a distinção já em 1989 feita por João Formosinho entre uma ideia de escola como serviço local do Estado e uma ideia de escola como comunidade educativa.

segunda-feira, junho 12, 2006

Efeitos da Radiação Ultravioleta na Vida na Terra

Realizou-se no dia 12 de Junho de 2006, uma conferência sobre o papel da camada de ozono na retenção da radiação ultravioleta que atinge a superfície terrestre, na Escola Básica Integrada dos Biscoitos, ilha Terceira, proferida pelo Professor Doutor Félix Rodrigues, destinada a alunos do primeiro ciclo do ensino básico e jardim de infância.
Mais uma vez se recorreu aos trabalhos realizados no âmbito do projecto Children's Ozone Art, das Nações Unidas, para ilustrar conceitos como o buraco do ozono e seus efeitos na vida na terra:

ou
o efeito físico protector da camada do ozono.

Distinguiu-se ozono troposférico de ozono estratosférico e referiram-se fontes naturais de produção de um e de outro, como os relâmpagos e a luz.

.

Foi referido o papel ambíguo da luz no ozono estratosférico: tanto o produz como o destroi.

Encerrou-se a conferência com uma chamada de atenção para o facto de que sem a camada de ozono, a superfície terrestre seria um deserto biológico.

sexta-feira, junho 09, 2006

Comparação do regime hídrico das várias Regiões da Macaronésia

Realizou-se no dia 9 de Junho de 2006, na Escola do 2º, 3º Ciclo e Secundário de Nordeste, ilha de São Miguel, com o apoio do Conselho Executivo dessa Escola, uma conferência, proferida pelo Professor Francisco Cota Rodrigues, sobre o regime híbrico das ilhas que compõe as várias regiões da Macaronésia (Açores, Madeira e Canárias).
Foi enfatizado o regime pluviométrico existente nas várias ilhas da Macaronésia, dando especial atenção aos processos de desertificação física que ocorrem nos vários arquipélagos.
Dada a proximidade das ilhas Canárias do Norte de África, a idade geológica dessas ilhas, o regime de ventos que as assola, entre outros factores, os processos de desertificação são aí muito mais intensos do que nos Açores. A escassez de precipitação directa nas ilhas Canárias, especialmente no Sul, faz com que a intercepção de vapor de água pela vegetação assuma um papel fundamental no ciclo hidrológico dessas ilhas.
Deserto na Gran Canária.
No Arquipélago da Madeira, especialmente na ilha de Porto Santo, os processos de desertificação também são intensos e apresentam muitas semelhanças com o que se passa nas Canárias.

Ilha de Porto Santo - Foto de Soslayo em Trilhas&Terras=Homem em Movimento

É na ilha de Santa Maria nos Açores que se verifica a menor precipitação do Arquipélago e onde os processos de desertificação neste Arquipélago são mais acentuados.

Barro vermelho em Santa Maria

A água modela a morfologia dos Açores, e a ausência dela, tem influência na morfologia das ilhas Canárias.

Concelho do Nordeste - São Miguel

La Gomera - Canárias

Mesmo tratando-se de morfologias extremas, como é o caso do Teide na ilha de Tenerife e da Montanha do Pico na ilha do Pico, a pluviosidade e o regime de ventos tem diferentes contibuições para a água total encontrada nessas ilhas.

Teide - Ilha de Tenerife

Montanha do Pico - Ilha do Pico

Para o regime hídrico dos Arquipélagos da Macaronésia contibuem não só aspectos físicos como a posição geográfica, o regime de precipitação e o regime de ventos, mas também a orografia das ilhas e as diferentes coberturas do solo.

quinta-feira, junho 08, 2006

A camada do ozono interpretada por crianças e a sua percepção sobre os riscos na vida na Terra

Realizou-se no dia 8 de Junho de 2006, na Escola EB1/JI do Raminho, ilha Terceira, uma acção sobre a Camada de Ozono Interpretada por Crianças e a sua Percepção sobre os Riscos na Vida na Terra, realizada pelo Professor Doutor Félix Rodrigues.
Muitas vezes as crianças vêem a camada de ozono como um guarda chuva protector dos efeitos nefastos da radiação solar. Essa imagem está clara na composição de Manuel Arcia, adolescente do Panamá, elaborada no âmbito do Programa das Nações Unidas para o Ambiente, Children's Ozone Art.
Os alunos da Escola EB1/JI do Raminho, tanto os do primeiro ano como os dos quarto ano tinham bem presente esse conceito, claramente traduzido na quadra da aluna dessa Escola Maria Clara Dias Costa:
A camada do Ozono
É uma coisa essencial.
Sem ela nos queimamos,
E isso, é muito mal.
Antecendendo esta acção, alguns alunos tinham investigado sobre a Camada do Ozono: composição, estrutura e comportamento, na internet, tendo sido claro que alguns conheciam o conceito de buraco do ozono e a sua localização geográfica.
A percepção sobre os riscos da deplecção da camada de ozono, e do buraco do ozono, era muito próxima da representada pela Najla Eid do Egipto de 5 anos. As pessoas que estavam na região do globo sobre o qual existia o buraco do ozono, seriam afectadas pela radiação solar nefasta, enquanto que as outras pessoas seriam mais saudaveis.

Relativamente às substâncias de origem antropogénica que pudessem danificar a camada do ozono, os alunos identificaram os poluentes em geral, como os principais responsáveis pela deplecção da camada de ozono. A quadra da aluna Maria Clara:

Pensamento positivo,

Mas parem de poluir!

Se não o nosso "funil"

Para mais nada vai servir.

traduz essa ideia.

A visão do planeta sem a camada de ozono, é próxima das lógicas infantis exploradas no Children's Ozone Art, como se pode perceber no trabalho de Rosa Kallontarpour do Irão.

As crianças facilmente concluiram que o mundo sem a Camada de Ozono será um Deserto e que havareria que começar a alterar alguns comportamentos pessoais e sociais.

A quadra da Maria Clara:

Se um dia ela acabar,

Vocês nem queiram saber,

Será mesmo terrível,

que nem eu vos quero dizer.

traduz essa preocupação, bem como a percepção de catástrofe que seria perder a camada de ozono do planeta.

O aluno Paulo Jorge Costa Barcelos, ilustrou as quadras da sua colega Maria Clara, representando o planeta Terra, a atmosfera e a incidência dos raios solares sobre a atmosfera. Teve o cuidado de representar o buraco do ozono, pouco perceptível na imagem seguinte, não o colocando exactamente onde ele se encontra, em termos geográficos, mas traduzindo ideias claras sobre esta temática.