quarta-feira, outubro 03, 2007

Afastamento das antenas de telemovel na Terceira pode prejudicar redes

A instalação de antenas de telecomunicações com um afastamento mínimo de 200 metros em relação às zonas residenciais, como pretendem os investigadores do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores: Emiliana Silva e Félix Rodrigues, poderá prejudicar a cobertura da rede pelas diferentes operadoras móveis. Quem o diz é Camilo Moniz, responsavel pela TMN nos Açores.
Recorde-se que as Assembleias Municipais de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória aprovaram uma proposta, por unanimidade, desses investigadores, para baixar à comissão permanente das Assembleias Municipais a proposta do Regulamento de Instalação de Antenas de Telecomunicações nos concelhos. Em causa estão alegados riscos para a saúde pública resultantes da radiação emitida por esses equipamentos.
Camilo Moniz, responsável pela TMN nos Açores, garantiu que "os níveis de radiação emitidos por esses equipamentos estão dentro, e muitas vezes abaixo, dos níveis de segurança definidos pela ANACOM, autoridade nacional reguladora das comunicações, assim como pelos estudos realizados continuamente a nível mundial sobre esta matéria.
Camilo Moniz sublinhou, por outro lado, que não existe qualquer estudo que qponte esta radiação como sendo causadora de problemas nocivos à saúde humana.
O responsável considerou assim, que essa preocupação extra poderá vir a prejudicar os utilizadores, uma vez que o equipamento tem parâmetros técnicos e se afastarmos demasiado as antenas em relação a esse equipamento a zona poderá deixar de ser coberta pela rede.
Em declarações à RTP-Açores, Félix Rodrigues afirmou que de facto há muitos estudos inconclusivos relativamente aos efeitos na saúde humana das radiações electromagnéticas. Muitos desses estudos afirmam que "com a metodologia utilizada, com o delineamento experimental efectuado não foi possível estabelecer uma relação entre a radiação e o cancro, por exemplo, mas nenhum deles, afirma que não há qualquer relação entre uma coisa ou outra". Esses estudos são inconclusivos, não provam que existe, mas também não provam que não existe, por isso faz sentido aplicar o princípio da precaução.

(In Diário Insular e RTP-Açores)

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