sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Recursos Energéticos dos Açores

Anuncia-se para 2010 a redução, nos Açores, da dependência em relação aos combustíveis fósseis em cerca de 30 por cento (Mário Alves, DI, 2008.02.26), por via de novas aplicações (não especificadas) com base no hidrogénio. Este combustível, bem como outras energias ditas alternativas, é acarinhado nas linhas de investigação apoiadas pela Direcção Regional da Ciência e Tecnologia? Com a aprovação do Plano Integrado para a Ciência e Tecnologia, em Junho de 2005, o Governo dos Açores definiu um conjunto de programas, eixos e medidas onde estabelece uma estratégia de investimentos orientada para o desenvolvimento sustentável da Região. Uma estratégia que parte do princípio de que a investigação científica e a inovação são pilares essenciais para o aumento da riqueza e a melhoria do bem-estar social. É nosso entendimento que para termos um sistema científico e tecnológico regional suficientemente sólido é necessário, numa primeira fase, apostar em infra-estruturas e melhorar a rede de equipamentos. Só assim poderemos atrair investigadores e aumentar a nossa massa crítica em áreas e domínios científicos prioritários quer para a Região, quer, num contexto mais geral, para o avanço da própria Ciência. As energias alternativas fazem parte do universo das disciplinas onde os Açores já deram provas de grande competência e corresponde, naturalmente, a uma das linhas prioritárias que merece apoio da Direcção Regional da Ciência e Tecnologia.
Face às potencialidades naturais e ao tipo de sociedade que somos e às suas necessidades, com que combustíveis conviveremos mais no nosso futuro?
Naturalmente que a energia geotérmica é uma riqueza que temos de continuar a explorar e desenvolver, mas como facilmente se compreenderá, por razões de ordem geológica, não apresenta idêntico potencial em todas as ilhas. A aposta tem de manter-se numa combinação de recursos, mas estou certo que ainda há muito para conhecer para além do que hoje se discute. Os Açores têm muitos recursos por avaliar, nomeadamente no ambiente marinho, e o potencial, por exemplo, ao nível dos biocombustíveis deve ser convenientemente analisado. Está em curso um enorme debate sobre o “pico do petróleo”, o fim (por esgotamento) da capacidade dos combustíveis fósseis para sustentarem as sociedades industrializadas e o mundo pós-petróleo.
Parece-lhe que esse debate tem sido suficientemente acompanhado e bem entendido entre nós?
Não creio. O debate sobre o petróleo, em particular, e os combustíveis, em geral, sendo global, tem uma dimensão multidisciplinar e abrange interesses muito diversos que escapam ao fundamento científico. Na generalidade, os investigadores nem sempre se preocupam em comunicar, o debate científico continua a estar longe dos holofotes da comunicação social e a percepção da generalidade das pessoas relativamente às grandes questões que dominam o pensamento científico e as acções de investigação está muito longe do desejável. Esta é, aliás, uma outra área onde é necessário continuar a investir com o objectivo de se materializar uma verdadeira Sociedade do Conhecimento.

(In Diário Insular)

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Investigação sobre úlceras

Está a decorrer, durante esta semana, nos quatro arquipélagos da Macaronésia, a colheita de dados para o novo estudo sobre a prevalência de úlceras, que irá permitir uma análise comparativa em relação aos Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde.
O projecto ICE (Investigação em Enfermagem) relativo à prevalência de úlceras por pressão nos Açores Madeira e Canárias foi alargado a Cabo Verde, cobrindo agora todas as ilhas da Macaronésia.No âmbito desta nova fase, foram formados cerca de 250 enfermeiros, os quais, em conjunto com os investigadores do projecto, estão a realizar a recolha dos dados. No que se refere a Cabo Verde, foram alvo de formação de 120 dos 550 enfermeiros do arquipélago. A colheita de dados está a ser feita junto de perto de 300 indivíduos em camas hospitalares em quatro ilhas e em cinco hospitais.Cabo Verde recebe uma conferência para os profissionais de saúde, no dia 28 de Fevereiro, intitulada “Evidências da Investigação na Prática em Enfermagem”. Entretanto, o grupo ICE dos Açores realizou uma recolha de fundos que permitiu a compra de uma Almofada Anti-Escara, a ser oferecida a um ex-polícia paraplégico na Ilha do Fogo, conseguindo ainda máquinas e fitas de avaliação de glicemia que serão oferecidas as instituições hospitalares locais.A investigação sobre úlceras por pressão foi tema de um congresso internacional que decorreu em Angra do Heroísmo de 17 e 19 de Maio de 2007 e que contou a participação de cerca de 300 pessoas da área da saúde.
(In Diário Insular)

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quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Turismo e valorização patrimonial

Quem o diz é Susana Costa, directora do curso de Património Cultural da Universidade dos Açores, a propósito de um colóquio sobre “As Ilhas do Vinho”, que terá lugar de 6 a 8 de Março, na Madalena do Pico. “Temos, na Região, um património cultural riquíssimo com mais de 500 anos - desde a gastronomia à arquitectura, passando pelas devoções -, que não é único mas complementar ao nosso património natural”, sublinha a docente universitária. No entender de Susana Costa, há ainda “muito trabalho a fazer” no que diz respeito à valorização desse património. “Apesar dos principais bens de cada ilha estarem classificado pela direcção regional da Cultura, temos o problema da degradação das propriedades privadas e do património militar”, refere. “Por outro lado, o investimento público muitas vezes é direccionado para outras coisas consideradas mais prioritárias”, acrescenta, sustentando que, “se o turismo é considerado uma das grandes áreas de desenvolvimento da Região, não basta construir hotéis e assegurar viagens”. “É preciso desenvolver o turismo cultural, a par do turismo de natureza, porque temos muitas histórias para contar”, defende. A este respeito, lembrou ainda que a Universidade dos Açores dispõe já de cursos nas áreas do Turismo, Património Cultural no Campus de Ponta Delgada e Guias da Natureza, no Campus de Angra do Heroísmo na ilha Terceira que permitem formar recursos humanos para o sector. Organizado pelo Centro de Estudos Gaspar Frutuoso, em parceria com o Centro de História de Além-Mar, o colóquio “As Ilhas do Vinho” visa debater questões relacionadas com o património das ilhas do vinho, a vinha e o vinho nos Açores, o alcoolismo e o impacto das zonas classificadas do Pico na projecção do arquipélago. A iniciativa decorrerá no salão nobre da Câmara Municipal da Madalena do Pico.

(In Diário Insular)

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1ªs Jornadas Agrícolas da Praia da Vitória

JORNADAS AGRICOLAS DA PRAIA DA VITÓRIA

Desenrolam-se, de 29 de Fevereiro a 02 de Março 2008, as 1as Jornadas Agrícolas da Praia da Vitória, tendo como espaço anfitrião a Sociedade Filarmónica Espírito Santo da Agualva.
Este evento é organizado pelo Município da Praia da Vitória, tendo como parceiros a Secretaria Regional de Agricultura e Florestas, Associação Agrícola da Ilha Terceira e a Associação de Jovens Agricultores da Terceira.
Do programa constam as seguintes Actividades e Oradores:
29 Fevereiro > Sexta-Feira
19H30 – Entrega de documentação
20H00 – Sessão de abertura: Presidente da AJAT; Presidente da AAIT; Director Regional do Desenvolvimento Agrário; Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória.

A Exploração Agrícola ideal para os Açores no contexto actual da PAC

20H30 – Dr. Virgílio Oliveira, Presidente da Federação Agrícola dos Açores.
21H00 – Professor Doutor José Estevam Matos, Departamento do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores.
21H30 – Eng.º Telma Valente, Resíduos Sólidos Agrícolas – Praia Ambiente, EM.
22H00 – Debate.

01 de Março > Sábado

Health Check da PAC e suas implicações para os Açores

10H30 – Dr. Paulo Casaca, Deputado Parlamento Europeu
11H00 – Dr. Duarte Freitas, Deputado Parlamento Europeu
11H30 – Dr. Capoulas Santos, Deputado Parlamento Europeu
12H00 – Debate
12H30 – Almoço Volante

Os mercados da Carne e do Leite

20H30 – Eng.º Jerónimo Pinto, Companhia das Lezírias - O Mercado Mundial da Carne
21H30 – Dr. Pedro Pimentel, ANIL - O Mercado Mundial do Leite
22H30 – Debate

02 Março > Domingo

PRORURAL – Novo Quadro Comunitário de Apoio

10H30 – Eng.ª Fátima Amorim, Directora Regional dos Assuntos Comunitários da Agricultura
11H15 – Eng.º Carlos Duarte Oliveira, Direcção Regional de Agricultura do Norte
12H00 – Debate
12H30 – Sessão de Encerramento com a presença do Senhor Secretário Regional da Agricultura e Florestas
13H00 – Almoço de encerramento.

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Centros de Ciência nos Açores

O Expolab, na Lagoa, o Observatório Astronómico, na Ribeira Grande, e o Observatório do Ambiente, em Angra do Heroísmo, gerido pelo Prof. Brito de Azevedo do Departamento de Ciências Agrárias são os três centros de ciência do Arquipélago, que o Governo Regional espera que abram ao público, ainda no primeiro semestre deste ano. A fase de arranque destes centros vai contar com o apoio da Agência Ciência Viva, garantiu o director regional da Ciência e Tecnologia, esta semana numa reunião em Lisboa, em que participou o Ministro da Ciência, Tecnologia e do Ensino Superior. Já foram definidas as bases para o estabelecimento de parcerias quer com o Pavilhão do Conhecimento, quer com outros centros da rede nacional, como será o caso imediato do Centro de Ciência Viva de Estremoz. A intervenção da Agência Ciência Viva – segundo o director regional da Ciência e Tecnologia – vai fazer-se sentir ao nível da experiência adquirida na realização de eventos interactivos especialmente dirigidos para a promoção da cultura científica e tecnológica.“A produção de exposições próprias ou o aluguer de exposições internacionais são tarefas de elevada complexidade face ao rigor científico exigido e o Governo quer garantir uma oferta de qualidade que consiga mobilizar os cidadãos, em geral, e os jovens, em particular, para discussões formativas em torno de temáticas actuais”, explicou.

(In Jornal Diário)

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quarta-feira, fevereiro 27, 2008

A obesidade não se resolve a curto prazo

Apesar de todas as campanhas de sensibilização, a obesidade entre os jovens é um problema crescente…É indiscutível que há cada vez mais crianças obesas, o que é deveras preocupante, sobretudo se levarmos em linha de conta as doenças relacionadas. O combate passa pelo exercício físico regular e uma alimentação equilibrada, embora os resultados não sejam imediatos, defende Laura Lemos aluno do Curso de Nutrição Humana do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores/Universidade do Porto.A alimentação inadequada é a principal razão para o facto de encontrarmos com frequência crianças obesas que praticam actividade física regular?
Sem dúvida. Os maus hábitos alimentares estão enraizados na sociedade contemporânea. É, aliás, um fenómeno em crescendo. A maioria dos jovens não faz as melhores escolhas em termos alimentares, tanto em qualidade como em quantidade, embora tenha precisamente a noção contrária. Claro que, neste quadro, é importante educar os encarregados de educação. Em suma, ao contrário do que algumas pessoas ainda pensam, o combate à obesidade passa, em larga escala, pelo binómio alimentação equilibrada/exercício físico regular. Uma sem a outra é como “Carnaval sem samba” para a esmagadora maioria dos brasileiros…Ambos os itens devem andar de mãos dadas. É evidente que quando falamos em exercício físico não nos estamos a referir forçosamente a um trabalho vocacionado apenas para a alta competição, até porque, antes de se iniciar qualquer actividade, é fundamental consultar um especialista que nos passa encaminhar. Agora, só com a conjugação actividade física/alimentação equilibrada podemos ambicionar ao almejado sucesso.
Daqui a quanto tempo podemos começar a ter resultados práticos das acções que estão a ser desenvolvidas no combate à obesidade?
Infelizmente, daqui a 10/15 anos ainda vamos ter muitas crianças obesas. Não estamos perante um problema que se resolva a curto prazo. É imprescindível o envolvimento de toda a sociedade – Casas do Povo, Juntas de Freguesia, Câmaras Municipais, Centros de Saúde, Hospitais, etc., não esquecendo, claro, o próprio Governo. Mesmo reconhecendo os esforços que têm sido desenvolvidos, sobretudo nos últimos tempos, a informação que chega ao grande público ainda não satisfaz as necessidades. Não basta dizer que é preciso ir a um nutricionista. A informação tem que ser mais apelativa e abrangente, apostando-se, por exemplo, em sessões de educação alimentar colectivas e regulares. A partir daqui, as coisas tornam-se mais fáceis, conquanto sem perder de vista que estamos perante um processo longo que exige paciência e muita persistência. Dar o primeiro passo é, na generalidade dos casos, o mais difícil.
É lícito concluir que a sociedade ainda não está devidamente desperta para os perigos – bem reais por sinal – da obesidade?
Como estudante de nutrição, tenho acesso a imensa informação e sinto que a sociedade começa a dar sinais de evidente preocupação. Por vezes, as opções podem ter sido menos apropriadas, mas há, na realidade, uma enorme vontade em combater este flagelo. Lembro, a propósito, que existe uma Plataforma Nacional de Combate à Obesidade, a funcionar em várias localidades do continente. Seria importante que a mesma também chegasse aos Açores.
(In Diário Insular)

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Tecnologias do hidrogénio disponíveis em 2010

As primeiras aplicações destinadas à utilização de hidrogénio como combustível, que estão a ser desenvolvidas nos Açores por empresas privadas, deverão estar no mercado já em 2010, adiantou o director do Lamtec-Laboratório de Ambiente Marinho e Tecnologia do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores. “A investigação nessa área está a ser desenvolvida em conjunto com a iniciativa privada”, referiu Mário Álves, sublinhando que “há empresas a trabalhar afincadamente nesse sentido”. Segundo o responsável, com a substituição pelo hidrogénio, “numa primeira fase, a Região poderá reduzir a sua dependência em relação aos combustíveis fósseis em 20 a 30 por cento”. “Daqui a uns seis anos, essas percentagens poderão subir para os 60 ou 70 por cento”, acrescentou. O director do Lamtec anunciou também que o laboratório se prepara para iniciar uma nova fase na área da formação, com actividades especialmente preparadas para as escolas. Por seu lado, uma investigação europeia conclui que a energia com base no hidrogénio poderá reduzir o consumo de petróleo até 40 por cento nos próximos quarenta anos. Segundo um relatório publicado ontem sobre o projecto “HyWays”, financiado pelo programa da União Europeia para a investigação, a introdução do hidrogénio no sistema energético poderá reduzir, até 2050, o consumo total de petróleo dos transportes rodoviários em 40 por cento. Ao assumir a liderança no mercado mundial das tecnologias do hidrogénio, a Europa poderá abrir novos mercados e reforçar a sua competitividade. Contudo, o relatório indica também que a transição não será automática, pois há importantes obstáculos a ultrapassar, tanto do ponto de vista económico e tecnológico como institucional. O projecto, que associa empresas, institutos de investigação e agências governamentais de dez países europeus, analisa as potenciais incidências duma utilização do hidrogénio em larga escala.


(In Diário Insular)

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terça-feira, fevereiro 26, 2008

A vinha e o vinho nos Biscoitos

Realizou-se no dia 21 de Fevereiro de 2007 , na casa do Povo dos Biscoitos, a convite da Juventude Social Democrata dos Biscoitos, uma palestra proferida pela Professora Doutora Maria Teresa Ribeiro de Lima, Docente da Universidade dos Açores/Departamento de Ciências Agrárias, tendo por tema "As Vinhas do Mar"e que hoje passamos a publicar.


As Vinhas do Mar
* Teresa Lima
O vinho é um "fruto da terra e do trabalho do homem" expressão que põe em evidência o facto de que a sua produção é em grande parte resultado do saber e da arte humana. A História prova-nos que o vinho esteve associado a todos os momentos felizes das pessoas e nações que marcaram a vida da humanidade. A introdução da vinha nos Açores remonta ao seu povoamento cerca de 1450 e pensa-se que foram os frades Franciscanos que a introduziram. No caso concreto da Ilha Terceira, onde se encontra a região vitivinícola dos Biscoitos, a introdução da vinha presume-se que terá acontecido com a chegada do primeiro capitão do Donatário Jácome de Bruges e comitiva (Sampaio, 1904). Gaspar Frutuoso refere as castas que foram introduzidas, nomeadamente Verdelho, Moscatel Mourisco e Assara(espécie de Moscatel?). "A mais antiga notícia da introdução da vinha e do aproveitamento dos terrenos designados de biscoito", na ilha de Jesus Cristo, a Terceira, é, provavelmente a que consta de «...uma carta datada de 15 de Dezembro de 1503, outorgada por Antão Martins, Capitão da Praia, em benefício do almoxarife da mesma capitania, João Ornelas da Câmara, estabelecia, como uma das obrigações, o plantio, em certo "biscoitos" de 300 bacelos, 60 amoreiras, 30 figueiras, e outros tantos marmeleiros, destinando-se o espaço restante a pastagens para o gado bovino, ovino, porcino e cavalar». «O vinho do Pico foi o vinho dos Czares, o dos Biscoitos foi o vinho das Caravelas da rota das Índias e das Especiarias. Entre os produtos essenciais ao abastecimento das armadas figurava o vinho"Verdelho". Nessa época, e ainda hoje, a maior mancha de biscoito na ilha Terceira, fica na freguesia, denominada de "Paroquial de S. Pedro do Porto da Cruz" e, também do Sr. S. Pedro do Porto da Cruz, onde morava Pero Enes do Canto, que mais tarde é designado Provedor das Armadas. É nesta nesta freguesia que ele compra uma propriedade de grande produção de vinho. Na sua qualidade de provedor das Armadas tinha o dever por obrigação da reparação e segurança das armadas, bem como o abastecimento... de vinho às naus que vinham carregadas de riquezas e especiarias.Em 1853, com o aparecimento do "burril", Uncinula nector(Svhw) a produção de vinho verdelho na ilha Terceira e nas restantes ilhas começou a decrescer bruscamente, não chegando para o consumo local. Os viticultores nada puderam fazer para impedir esta doença criptogâmica. Em 1870, uma nova praga, pelo afídeo Phylloxera vastatrix, atacou as vinhas destruindo-as de forma drástica. A área de verdelho dos Biscoitos foi praticamente eliminada. A partir dessa altura a maior parte dos viticultores começou a intensificar a casta Isabella e outros híbridos, de grande aceitação como produtor directo por ser produtiva, mais resistente às doenças e mais fácil de cultivar. Nos Biscoitos as vinhas de Verdelho ficaram praticamente abandonadas durante quase 20 anos. Ao fim deste tempo uma personalidade empreendedora e interessante, Francisco Maria Brum, mais conhecido por Chico Maria, empenhou-se na reabilitação do Verdelho dos Biscoitos, comprando muitas das vinhas abandonadas. Levou das suas vinhas do Porto Martins algumas puas de plantas de Verdelho que tinham resistido à filoxera, que não tinham sido atingidas por esta nefasta praga e posteriormente procedeu à sua propagação nos Biscoitos utilizando como porta-enxertos a Vitis rupestris.Graças ao seu empreendimento, Francisco Maria Brum, em 1890, fundou a primeira Adega Regional do seu tempo. Os resultados dos testes iniciais foram satisfatórios e a produção galopante. Em 1901, a produção traduziu-se em três pote de vinho de verdelho, no ano seguinte numa pipa. Em 1903, foram 6 pipas e meia; no ano seguinte, 11 pipas. Em 1907, a produção atingiu 29 pipas de verdelho. Na administração da Adega (Casa Agrícola Brum) sucedeu-lhe o filho Manuel Gonçalves Toledo Brum, falecido em 20 de Março de 1959, transitando a fazenda para o o seu único filho, Fernando Linhares Brum. Passando depois para o filho deste Luís Mendes Brum. Muito recentemente, 27 de Dezembro de 2007, passou para a 5ª Geração, para os filhos de Luís Brum.Neste momento nos Biscoitos(2008) apesar da predominância das castas americanas, e seus híbridos, as culturas da verdelho e de outras castas europeias, nomeadamente Terrantês, Boal, Fernão Pires continuam e estão a ser muito valorizadas.Note-se que a região vitivinícola dos Biscoitos é detentora da maior mancha contínua de Verdelho, nos Açores assim como na Macarronésia. Enquanto que nas Canárias, o Verdelho aparece como tempero na elaboração dos vinhos, nos Biscoitos fazem-se vinhos de verdelho. O Vinho Verdelho actual consta de 85% a 90% da variedade verdelho e a percentagem restante das referidas castas europeias. Nos Biscoitos o vinho de qualidade é o de Verdelho que pode ser de mesa, regional ou licoroso (IPR). Actualmente, a nível da Região Autónoma dos Açores, o vinho de Verdelho dos Biscoitos licoroso tem um lugar privilegiado, a tal ponto que muitas recepções oficiais incluem um "Biscoitos de Honra". Também tem tido assento nalguns acontecimentos solenes a nível Nacional. No Palácio de Sant'Ana no Jantar oferecido aos Reis de Espanha o brindaram com o Vinho de Verdelho Licoroso Seco Chico Maria da Casa Agrícola Brum. No Palácio de Queluz aquando do jantar de gala que antecedeu o casamento do Duques de Bragança, o vinho licoroso da Casa Agrícola Brum esteve também presente.
Em 1989 foi montado o primeiro laboratório de enologia dos Açores, na Universidade dos Açores, no Departamento de Agrárias. Foi feita uma caracterização físico-química dos vinhos do Pico e também dos Biscoitos, os resultados apontavam para vinhos que usufruíam de poucos cuidados tecnológicos. A Secretaria Regional de Agricultura de então admitiu um técnico para o vinho e outro para a vinha.E, em 1993 começou a aparecer vinhos de mesa com qualidade. O dec-lei de 25 de Janeiro de 1994, cria as Zonas Vitivinícolas, dos Biscoitos, da Graciosa e do Pico. As zonas criadas permitem o fomento e a protecção das castas tradicionais mais importantes, de modo a incrementar a genuinidade e a qualidade dos vinhos brancos. Segundo esse decreto a região dos Biscoitos foi demarcada para a produção de vinho licoroso de qualidade produzido em região determinada(VLQPRD) assim como a do Pico. A da Graciosa para a produção de VQPRD. As castas recomendadas para VLQPRD dos Biscoitos são Verdelho, Arinto e Terrantés. Como castas autorizadas, Boal, Malvasia, Sercial, Fernão Pires, Generosa e Galego-Dourado. Na laboração são seguidos os métodos e práticas enológicas tradicionais. Os mostos destinados aos vinhos de designação VLQPRD devem ter um título alcoométrico em potência mínimo natural de 12% vol. Estes vinhos só podem ser engarrafados após um estágio de 3 anos em madeira e devem apresentar um título alcoométrico volúmico total não inferior a 16% vol. O rendimento máximo por hectare é de 50hl. A genuinidade e a qualidade do vinho dos Biscoitos, bem como dos vinhos do Pico e da Graciosa, de indicação de proveniência regulamentada (IPR), passou a ser garantida pela Comissão Vitivinícola Regional dos Açores (CVRA), instalada em 1995. Esta tem também como atribuições o fomento e o controlo dos VLQPRD, dos VQPRD e dos Vinhos Regionais. A categoria de Vinho Regional dos Açores foi criada em 2005.Outro acontecimento muito significativo para o vinho dos Biscoitos teve lugar em 1990, aquando do centenário da Casa Agrícola Brum, com a criação do Museu do Vinho, que tem desempenhado um papel muito significativo na divulgação da História Vitivinícola Regional e Enoturismo. Em, 1993, foi fundada a Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, com sede no Museu do Vinho. Esta tem como lema a defesa, promoção, valorização e divulgação do vinho verdelho dos Biscoitos e do vinho de qualidade dos Açores. A Confraria tem sido um veículo importante na divulgação dos vinhos Açorianos de qualidade a nível regional, nacional, internacional e também na preservação das vinhas dos Biscoitos inclusivamente como valor ambiental. No ano de 1997, foi criada nesta mesma freguesia uma delegação da Associação dos Jovens Enófilos, com um presença importante na divulgação do vinho dos Açores de qualidade e na preservação da paisagem da vinha.Em Novembro de 1996, foram certificados IPR o VLQPRD da Casa Agrícola Brum, com a marca Brum e o VLQPRD da Cooperativa Vitivinícola da Ilha do Pico, com a marca Lagido. Em Junho desse ano havia também sido certificado o primeiro VQPRD dos Açores, com a marca Pedras Brancas, da Adega Cooperativa da Graciosa.Nos Biscoitos em 1998 foi criada uma Adega Experimental do Serviço de Desenvolvimento Agrário da Ilha Terceira. Está apetrechada com modernos equipamentos indispensáveis à tecnologias do vinho. Aqui são vinificadas as uvas provenientes das vinhas destas serviços e dos seus campos experimentais. Para além disso é também utilizada em acções de formação, informação e divulgação. Outro evento de interesse para o vinho dos Biscoitos é a Festa da Vinha e do Vinho que se realiza desde 1992, no primeiro fim-de-semana de Setembro, no Museu do Vinho da Casa Agrícola Brum. Esta festividade e é organizada pelo INATEL.Com a criação das zonas vitivinícolas, muitos dos pequenos produtores dos Biscoitos começaram também a sentir desejo de certificar os seus vinhos. Para isso teriam de criar condições nas sua Adegas, o que nem sempre tem sido fácil, dados os elevados custos do material e equipamentos. Daí um grupo de vitivinicultores se ter mobilizado no sentido da criação de uma Adega Cooperativa, que em 1999 começou a laborar um vinho branco de mesa, essencialmente à base da casta Verdelho. Esta adega começou com 26 associados e actualmente conta com cerca de 50. Comercializam o vinho de Verdelho com a marca Moledo.Todavia, cerca de 10 produtores particulares continuam a laborar os seus vinhos verdelhos de mesa nas suas respectivas adegas, o que é de louvar também. Alguns com apoio da Adega Experimental da SDAT.A Adega Pedras do Lobo labora um vinho de Verdelho, feito com as castas Verdelho Branco e Verdelho Roxo, em 1998 foi considerado um dos 10 melhores vinhos brancos nacionais.
Os vitivinicultores dos Biscoitos têm consciência que a internacionalização dos produtos cresce e as exigências do consumidor são enormes, pelo que continuam a apostar no fabrico de vinhos pelos processos artesanais, mas tecnologicamente evoluídos.
(In Bagos D'Uva)

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As vinhas do Mar (Continuação)

"As vinhas da Ilha Terceira/Uma experiência nos Biscoitos- Quinta à Biscoitinha" é um projecto da iniciativa do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores da autoria da Professora Teresa Lima, que é a responsável directa do projecto, em parceria com a Escola Básica Integrada dos Biscoitos (EBIB). Conta também com os apoios da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas, CITA-A (Centro de Investigação Tecnológica Agrária dos Açores) e Europe Direct. Este projecto tem como objectivos sensibilização das crianças para a cultura da vinha, a sua preservação, torná-la sustentável, manter e valorizar esta paisagem ímpar. Não nos estamos a limitar à observação, os alunos acompanham o ciclo vegetativo da vinha em 2007, aprenderam e executaram as diferentes operações que se fazem na vinha, inclusive a laboração do vinho. Pensa-se que esta acção poderá deixar, às crianças que frequentaram em 2007 e àqueles que a estão a frequentar em 2008, sementes preciosas em ordem a criar o gosto pela vinha, sua importância social, económica, ambiental, cultural e turística. Assim, se está a contribuir para a gestão e conservação da Região Vitivinícola dos Biscoitos.
Como surgiu este projecto?
Os Biscoitos é uma freguesia que tem cerca de 85% das suas vinhas abandonadas e ameaçadas pela construção imobiliária. Há que trabalhar com muita persistência e determinação para evitar o colapso da viticultura nesta região.Há alguns anos que a Universidade dos Açores se preocupa com o abandono progressivo das vinhas, com a escassez de mão-de-obra e com a falta de motivação da gerações mais novas para se ligarem a esta actividade. A ideia é sensibilizar, contagiar, instruir e treinar as crianças e os adolescentes neste sentido. Foi com o desenrolar do Projecto ENOTURMAC da Universidade dos Açores, que se tratou pela primeira vez, nesta Região, o tema "Vinho como Produto Turístico" que esta ideia foi amadurecendo. Através do ENOTURMAC (INTERREG III B Açores- Madeira- Canárias) realizaram-se diversas acções para sensibilizar a população açoriana para a importância da vinha, do vinho e da gastronomia num turismo sustentável. Elas trouxeram uma nova dinâmica para pensar a vinha e o vinho como produtos turísticos.A problemática da escassez de mão-de-obra foi diversa vezes abordada. Pensamos que há que instruir as gerações mais novas de modo a criar uma mentalidade e uma atmosfera de ligação e participação na vinha.Arrancou-se com este projecto em Março de 2007. em primeiro lugar havia necessidade de dispormos duma vinha. Nesse sentido contactou-se o Chefe do Serviço de Desenvolvimento Agrário da Ilha Terceira, Engº José António Ávila, que de imediato nos disponibilizou esse espaço. Disponibilizou também o Técnico António Fernando Espínola Godinho para ensinar as práticas vitícolas. Seguidamente necessitava-se das crianças. Nessa ordem contactou-se a direcção da Escola Básica Integrada dos Biscoitos que também aceitou uma parceria com a Universidade dos Açores. A direcção desta Escola indicou a professora Drª Cecília Terra para acompanhar os alunos. O projecto foi acolhido com total adesão.
A experiência decorreu com uma turma do 5º Ano de escolaridade. Eram 14 alunos(8 meninas e 6 meninos). a presença da meninas é crucial, tendo em conta o significado que tem o pensar e o actuar do sector feminino nas famílias e nos ambientes.As mulheres são um grande factor de mentalização, de contágio, de participação e actuação. Mais tarde, como educadoras dos filhos, estas meninas que agora participam nesta experiência, criarão u,ma atmosfera de gosto e ligação afectiva e física à vinha e ao vinho. A vinha poderá não constituir uma maneira de viver, mas poderá ser um útil subsídio económico.
Este trabalho continua com mesmos alunos, agora no 6º Ano, e conta com mais oito alunos e uma nova turma do 5º Ano com 20 alunos. Pretende-se que estes alunos acompanhem toda a actividade da vinha e laboração do vinho do 5º ao 9º Ano de escolaridade. No futuro pretende-se estender o projecto às outras turmas da EBIB. O objectivo é atingir a comunidade biscoitense e as freguesias circunvizinhas, chegando mesmo às futuras gerações adultas. Há que executar um enorme investimento.Como temos mais uma turma, o Serviço de Desenvolvimento Agrário disponibilizou-nos outra curraleta.Durante a palestra foi apresentado um Power Point de todas as actividades efectuadas pelos estudantes em 2007 na vinha do SADT bem como a poda de 2008 nessas curraletas.
(In Bagos D'Uva)

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segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Lançamento do Livro: “From Biological Control to Invasion: the Ladybird Harmonia axyridis as a Model Species”

Será lançado em Abril próximo, pela editora Springer o livro “From Biological Control to Invasion: the Ladybird Harmonia axyridis as a Model Species” em associação com o jornal científico BioControl. Esta edição representa um esforço de colaboração entre mais de 50 cientistas oriundos de vários países europeus, do Canadá e dos Estados Unidos da América USA e debruça-se sobre muitos aspectos relativos a esta espécie alienígena (vulgo joaninha), tais como a sua distribuição pela Europa, os potenciais impactos e as estratégias de controlo da mesma. A Universidade dos Açores colaborou nesta edição, nomeadamente com o capítulo intitulado: Harmonia axyridis: what will stop the invader?, fruto do trabalho desenvolvido pelos investigadores António Onofre Soares e Isabel Borges (Departamento de Biologia), Paulo A. V. Borges (Departamento de Ciências Agrárias) e Éric Lucas e Geneviève Labrie (Département des Sciences Biologiques da Université du Québec à Montréal).

(In Azores Digital)

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EM LISBOA - Especialistas açorianos discutem futuro do leite

Vários investigadores da Universidade dos Açores vão participar num seminário organizado pelo Comité Nacional do Leite sobre o estado actual do sector e eventuais desafios futuros.Esta iniciativa, na oitava edição, conta com a participação de José Matos, investigador Universidade dos Açores (UA); de Maria Cabral, do IAMA; de Oldemiro Rego (UA) e Félix Rodrigues, também da universidade açoriana. Este encontro, que se realiza em Lisboa, nos dias 14 e 15 de Março, vai proporcionar uma discussão técnica sobre temáticas como: “a economia e políticas”; “higiene e segurança alimentar” e “produção de leite, ambiente e licenciamento”. No primeiro dia de trabalhos, Arlindo Cunha, antigo ministro da agricultura e docente da Universidade Católica, vai proferir uma conferência sobre “o Sector Leiteiro na Encruzilhada do Debate sobre a PAC após 2013 e das Negociações da Ronda de Doha da Organização Mundial do Comércio”. A segunda conferência será sobre “a Produção de Leite Perante a Mudança de Paradigma Energético” e será apresentada por José Matos do Departamento de Ciências Agrárias de Angra do Heroísmo (DCA).A “Estrutura e Inovação na Produção Primária – Aplicação de Metodologia Prospectiva” (Susana Beira); a “Segurança Alimentar na Produção Primária” (João Niza Ribeiro) e os “Perigos Químicos no Leite e Repercussões na Segurança Alimentar” (Berta São Braz) são outros temas do primeiro dia de trabalhos, que termina com dois açorianos Maria Cabral do IAMA, que versará sobre “Evolução da Qualidade do Leite nos Açores” e Oldemiro Rego do DCA abordará a “Influência da Dieta sobre a Composição de Ácidos Gordos da Gordura do Leite. A “Gestão dos Nutrientes nas Explorações Leiteiras e o Ambiente” (Nuno Moreira) e o “Bem-estar Animal das Explorações de Leite - critérios e Factores de Risco” ( George Stilwell) são as duas conferências que vão abrir o segundo dia de trabalhos. O terceirense Félix Rodrigues, do DCA, com uma conferência sobre o “Regime Jurídico do Licenciamento das Explorações Bovinas da Região Autónoma dos Açores - Teoria, Prática e Legislação” encerra os trabalhos deste seminário do Comité Nacional do Leite.
(In A União)

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domingo, fevereiro 24, 2008

Seminário sobre térmitas

A gestão e controlo da praga das térmitas nos Açores: um desafio para o futuro, é o título de um seminário a ser realizado pelo Professor Doutor Paulo Borges do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores no dia 1 de Março, pelas 20:30H no Anfiteatro da Escola Secundária das Laranjeiras.

Pode vir a saber as respostas para as seguintes questões:
- Que espécies de térmitas temos nos Açores?
- Como podemos identificar as térmitas?
- Como podemos ter a certeza de que existem térmitas nas nossas casas e como devemos proceder para o confirmar?
- Confirmando-se a sua presença o que devemos fazer?
- Que madeiras são mais afectadas?
- Que insecticidas devemos usar para combater as térmitas?
- O que devemos fazer se tivermos um móvel com térmitas?
- O que fazer para controlar a expansão das térmitas em casa?
- Que apoios financeiros existem para combater esta praga?
- O que já foi feito e o que falta ainda fazer para combater esta praga?
Assista, tire as suas dúvidas!

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Protocolo entre a Universidade dos Açores e a Universidade de Massachussetts-Dartmouth

A Universidade dos Açores (UAC) assinou esta quarta-feira um acordo com a Universidade de Massachusetts-Dartmouth, nos Estados Unidos, que irá permitir um intercâmbio de estudantes e de docentes entre os dois estabelecimentos de ensino superior.O protocolo surgiu na sequência da missão empresarial dos Estados Unidos que se encontra a visitar o arquipélago dos Açores desde sábado passado, tendo como principal intuito as parcerias entre os dois países.O director do Departamento de Línguas e Literaturas Modernas, Paulo Meneses, explicou à Lusa que o protocolo assinado destina-se a todos os alunos que frequentem cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento na Universidade dos Açores. Paulo Meneses salientou ainda que o acordo vai ter uma duração de cinco anos, dando a possibilidade aos estudantes e docentes partilharem saberes e experiências.Na próxima quinta-feira, a comitiva norte-americana termina a sua visita aos Açores, que é composta por deputados estaduais, senadores, empresários e administradores da Universidade de Massachusetts.

(In Fábrica de Conteúdos)

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sábado, fevereiro 23, 2008

As vinhas do mar (Biscoitos)

A convite da Juventude Social Democrata dos Biscoitos, a Professora Doutora Maria Teresa Ribeiro de Lima *(docente do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores) proferirá, a 23 de Fevereiro de 2008, na Casa do Povo dos Biscoitos, uma palestra subordinada ao tema "As Vinhas do Mar" - uma imagem de marca a conservar pela juventude.

Biografia
Maria Teresa Ribeiro de Lima nasceu na Praia da Vitória, na ilha Terceira, a 2 de Janeiro de 1955. Concluiu os estudos liceais em Angra do Heroísmo em 1973. No ano de 1978 licenciou-se em Ciências Farmacêuticas na Universidade de Coimbra. Especializou-se em análises químico-biológicas (clínicas) em 1980. De 1981 a 1984 foi assistente na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.
Desde 1984 que se encontra na Universidade dos Açores no Departamento de Ciências Agrárias. Tem leccionado as seguintes disciplinas: Química Geral e Inorgânica, Técnicas de Laboratório, introdução à Bioquímica, Enologia, Tecnologia do Vinho e da cerveja e das Bebidas Espirituosas, Química Analítica. Estas tem sido dadas aos seguintes cursos: Engenharia Agrícola, Engenharia Zootécnica, Engenharia e Gestão do Ambiente, Tecnologia Agro-ambiental, Gestão e Conservação da Natureza, Ciências da Nutrição, Ciências Veterinárias, Engenharia e Gestão do Ambiente, Curso de Ciências Agrárias e Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas. Na Universidade Nacional de Timor Leste leccionou a disciplina de Química Geral aos Cursos de Ciências Agrárias, em 2002 a 2003. Iniciadora das Aulas Práticas de Química aos Cursos de Ciências Agrárias, no Laboratório de Química de Hera, Timor Leste, em 2003. Criou em 1988 o Laboratório de Enologia da Universidade dos Açores, no Departamento de Ciências Agrárias. Em 1992 executou as Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica. Em 2001 doutorou-se em Ciências Agrárias (Enologia), Especialidade em Química, na Universidade dos Açores. A tese foi preparada na Universidade de Montpller I, Centre de Formation et Recherche en Oenologie, Faculté de Pharmacie, com a realização dos trabalhos laboratoriais de 1996 a 1999. Directora do Curso de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas. Responsável dos Projectos; "As Vinhas da Terceira / Uma experiência nos Biscoitos- Quinta à Biscoitinha"; "O Vinho como Produto Turístico", ENOTURMAC; "Hábitos Enogastronómicos da População Açoriana" Confreira co- Fundadora da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, tendo ocupando vários cargos directivos nesta Associação Enófila. Sendo actualmente a Grão Escanção no Directório dos Notáveis desta Confraria Báquica Açoriana. Faz parte, actualmente, da Câmara de Provadores da Comissão Vitivinícola Regional dos Açores. É actualmente Presidente da Assembleia- geral da Adega Cooperativa dos Biscoitos C.

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Presidente da Associaçõa de Estudantes do Campus de Angra do Heroísmo

DUARTE CUNHA: “A prioridade desta associação não é a Semana Académica, apesar de esta constituir um importante momento de convívio entre todos os estudantes”.

Quais as prioridades da recém empossada Associação de Estudantes do campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores?
A principal prioridade da Associação de Estudantes do Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores para o seu mandato é representar todos os alunos do campus de Angra. Pretendemos que os estudantes sejam apoiados desde o primeiro dia em que chegam Terceira. Nesse sentido, iremos organizar visitas guiadas pela ilha, pois muitas vezes os alunos do exterior chegam cá e acabam por sentir-se deslocados e por não conhecer as belezas da Terceira. Ao contrário do que muitas vezes as pessoas pensam, a prioridade desta associação não é a Semana Académica, apesar de esta constituir também um importante momento de convívio entre todos os estudantes. Organizada em conjunto com a Associação de Estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo, a Semana Académica terá lugar este ano de 22 a 27 de Abril. O programa será divulgado oportunamente. Entre outras actividades que pretendemos levar a cabo durante o nosso mandato estão conferências sobre diversos temas e actividades desportivas.
Quais os principais problemas com que se deparam actualmente os estudantes do campus de Angra da Universidade dos Açores e como poderão ser ultrapassados?
Umas das grandes dificuldades dos alunos neste momento prende-se com o facto da maioria das aulas teóricas serem no novo pólo do Pico da Urze, enquanto a cantina, o bar e as aulas práticas continuam no pólo da Terra-Chã. Como a maioria dos alunos não tem transporte torna se complicado, por muitos só terem uma hora de almoço. Visto ser um problema de curto/médio prazo, procuramos, em conjunto com os professores, encontrar uma maior flexibilidade no horário, para que a distância entre pólos não seja factor limitador do bom funcionamento académico.
Como encara a Associação de Estudantes do campus de Angra do Heroísmo a crise financeira que atravessa actualmente a Universidade dos Açores?
Um dos nossos principais objectivos é também conseguir colmatar essa falha, de maneira que, com poucos custos, possamos desenvolver actividades extra-curriculares, com o objectivo de melhor acolher os estudantes que vêm do exterior e promover o bom convívio entre os estudantes em geral.
Que soluções preconizam para a actual crise?
Sabendo que não depende directamente da Associação de Estudantes do Campus de Angra do Heroísmo e acreditando na boa gestão por parte dos nossos superiores, cremos que essa situação será temporária.
(In Diário Insular)

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Reforço de cooperação entre a Universidade dos Açores e Massachussetts

Barney Frank liderava uma comitiva que integra outros congressistas, senadores e deputados, que visitou a Assembleia Legislativa dos Açores, no Faial. Após a visita, Frank afirmou aos jornalistas que uma maior cooperação entre as duas instituições de ensino superior poderia produzir resultados em termos de protecção do ambiente e das pescas. “Nós queremos reforçar essas ligações, nomeadamente entre a Universidade dos Açores e a Universidade de Massachusetts, a pensar na investigação conjunta dos oceanos, reforçando as informações sobre ambiente e pescas e tudo aquilo que temos em comum”, sustentou. Ainda em declarações aos jornalistas, Barney Frank considerou que o modelo de funcionamento do Parlamento Açoriano é “a melhor forma de assegurar a ligação entre os políticos e os eleitores”. O presidente da Assembleia Regional, Fernando Menezes, explicou ontem pela manhã, no plenário da Assembleia Regional aos membros da comitiva o papel dos deputados e a forma de funcionamento do órgão máximo da autonomia regional.Entretanto, a comitiva de Massachussetts esteve ontem à tarde no Pico, regressando hoje ao Faial, onde a cooperação académica se manterá no centro das atenções, com uma visita ao Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores.A presença desta comitiva nos Açores já ficou marcada pelas declarações do representante estadual de Massachusetts, Michael Rodrigues, que defendeu, em declarações a DI, que a Região pode servir como portal de distribuição de produtos dos Estados Unidos da América para a Europa Continental. Embora tenha admitido que a hipótese ainda não está estudada em concreto, Michael Rodrigues garante que vão ser avaliadas as vantagens financeiras e logísticas.
(In Diário Insular)

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sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Sucesso do Progama Erasmus

A NÍVEL AMBIENTAL - Intercâmbio entre Universidade de Massachusetts e dos Açores

O congressista norte-americano Barney Frank defendeu ontem um reforço do intercâmbio entre a Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos da América, e a Universidade dos Açores (UAç), sobretudo ao nível da investigação científica na área ambiental.
Durante a visita da comitiva norte-americana, composta por congressistas, senadores e deputados, à Assembleia Legislativa dos Açores, na ilha do Faial, o congressista afirmou aos jornalistas que uma maior ligação entre as duas universidades poderá trazer resultados em termos de protecção do ambiente e das pescas.
"Nós queremos reforçar essas ligações, nomeadamente entre a Universidade dos Açores e a Universidade de Massachusetts, a pensar na investigação conjunta dos oceanos, reforçando as informações sobre ambiente e pescas e tudo aquilo que temos em comum", afirmou Barney Frank.
O congressista elogiou, ainda, o papel da Assembleia Legislativa dos Açores, considerando que a forma de funcionamento do parlamento da Região é "a melhor forma de assegurar a ligação entre os políticos e os eleitores", atendendo à proximidade entre ambos.
O presidente da Assembleia Regional, Fernando Menezes, esteve reunido ontem com a comitiva de Massachusetts, no plenário do parlamento, onde aproveitou para explicar o papel dos deputados e a forma de funcionamento do órgão máximo da autonomia regional.
A delegação norte-americana, que está a visitar os Açores desde sábado, é composta por congressistas, senadores, deputados estaduais, empresários e responsáveis da Universidade de Massachusetts.

(In A União)

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XVII Congresso Nacional de Zootecnia


A Comissão Organizadora do XVII Congresso Nacional de Zootecnia, a decorrer na ilha de S. Miguel entre 16 e 19 de Abril de 2008, ultima contactos com os conferencistas de modo a poder apresentar a breve trecho um Programa definitivo.
Entretanto será editado um folheto sobre este Congresso que será distribuído gratuitamente a todos os associados da Associação Portuguesa de Engenharia Zootécnica.
Constituem a Comissão de Honra do Congresso
-Presidente do Governo dos Açores
-Secretário Regional da Agricultura e Florestas
-Magnífico Reitor da Universidade dos Açores
-Presidente da Associação Agrícola de São Miguel.

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quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Provas de Agregação do Professor Paulo Alexandre Vieira Borges


Realizou-se no Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, as Provas de Agregação do professor Paulo Alexandre Vieira Borges. O júri constituído por Professores catedráticos de diversas universidades portuguesasa avaliou o currículum do candidato, bem como uma aula proferida com o título "A relação interespecífica entre abundância e distribuição: Um modelo unitário de raridade.

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Briófitos dos Açores

Rosalina Gabriel começou a estudar aquilo que vulgarmente designamos de musgos – os briófitos, que incluem os musgos, as hepáticas e as antocerotas – em 1990. Sentada no seu pequeno gabinete, forrado de livros e imagens da natureza, do Departamento de Ciências
Agrárias da Universidade dos Açores, a investigadora fala com paixão de um mundo ainda bastante desconhecido para a maioria dos açorianos.


“Na altura, comecei a interessar-me pelas florestas naturais dos Açores que são sítios muito interessantes e importantes por muitas razões”, diz, para início de conversa. “As florestas naturais dos Açores têm um regime de precipitação que se assemelha ao das florestas tropicais, mas as temperaturas não são tão elevadas, o que as torna florestas temperadas, onde há uma grande abundância de briófitos”. Ao todo são mais de 400 espécies nos Açores na sua maioria musgos – 282 na Região, contra 1292 na Europa e 12 mil em todo o mundo. Seguem-se as hepáticas folhosas – 151 nos Açores, 453 no continente europeu e oito mil à escala planetária – e as antocerotas – cinco na Região, oito na Europa e 200 em todo o mundo. Segundo Rosalina Gabriel, os musgos servem para muito mais do que apenas para o presépio de Natal. “Os briófitos desempenham funções tão importantes como a retenção de água e nutrientes, a intersecção de nevoeiros, interacção com outros organismos, formação de solo e minimização da erosão”. Outro dos mitos associados aos musgos é o de que são todos iguais. Mas como se distinguem afinal os musgos das hepáticas e das antocerotas? “Os musgos quando olhados de cima parecem o raio de uma roda de bicicleta, enquanto as hepáticas têm um eixo a partir da qual são simétricas e as antocerotas são cápsulas de crescimento indeterminado e assemelham-se a vagens de feijão verde”, explica a investigadora. Uma ideia errónea igualmente enraizada é a de que os musgos são parasitas das plantas ou a de que a sua presença numa árvore indica que ela não está bem de saúde. “Os musgos fazem parte do reino vegetal”, sublinha Rosalina Gabriel, referindo que “libertam oxigénio e consomem dióxido de carbono tal como as plantas grandes”. Os musgos são também um “indicador de bom ar”. “A sua presença nas árvores não faz mal, ao contrário do que muita gente pensa, mas é sim um indício de que não há poluição atmosférica naquele local”, adianta a investigadora, salientando que “a sua presença abundante nos não só nas florestas, como nos telhados e nos pátios, é, por conseguinte, um bom sinal”.
Outro mito sobre os musgos é o de que quando estão castanhos é porque estão mortos. Tal como as sementes, os musgos conseguem suspender a vida. “Os musgos têm uma relação muito importante com a água, de que necessitam para a sua sobrevivência”, explica Rosalina Gabriel. “No entanto, se não há humidade, deixam de crescer mas não morrem”, continua, destacando que “conseguem ficar mais de 50 anos secos e depois retomar a actividade metabólica”, “uma característica notável, que pode ser útil, por exemplo, em viagens espaciais”, realça, com orgulho, enquanto nos mostra uma apresentação em power­point sobre a biodiversidade e o valor patrimonial dos musgos dos Açores.


A investigadora refuta também a tese segundo a qual os musgos são perigosos porque fazem escorregar. “As pessoas gostam de os ver no interior das cavida­des vulcânicas, mas depois dizem que fazem escorre­gar se estiver húmido”.
No entender de Rosalina Gabriel, “os musgos têm tão mau nome porque muitas vezes são confundidos com as algas, que têm paredes mais gelatinosas”. Apesar de não terem vantagens económicas imedia­tas e dos golfistas não gostarem de os ver nos seus “greens”, a presença de musgos em pastagens ou ou­tros terrenos não significa que estes tenham imper­meabilizado ou que precisem de ser cavados. Outra ideia errada é a de que o gado não come musgos, acrescenta.

Lista vermelha

Ninguém estuda musgos é outro dos mitos. Nos Aço­res são, aliás, muitos os investigadores que se dedi­cam a esta área, designadamente Eva Sousa, Sandra Câmara, Nídia Homem, Cecília Sérgio, René Schuma­cker, Erik Sjögren, Jan-Peter Frahm, Berta Martins, Kjell Flatberg, Elisabete Maciel e Jeffrey W. Bates, para além de Rosalina Gabriel. Para além disso, Nídia homem e Rosalina Gabriel pre­param-se para lançar, no início de Fevereiro, o livro “Briófitos Raros dos Açores”. A obra pretende divulgar
as 60 espécies existentes nos Açores que se encontram na lista vermelha da Europa, ou seja, que estão classificadas como raras ou vulneráveis. O Grupo da Biodiversidade dos Açores do Centro de Investigação de Tecnologias Agrárias dos Açores (CITA-A), instalado no Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores terá também, até Março, disponível na Internet um site onde será possível pesquisar a distribuição por freguesia de todas as espécies vegetais e animais terrestres das nove ilhas dos Açores. “O objectivo é fomentar o gosto pelo que as pessoas têm na sua freguesia e ajudar a ligar as pessoas ao local”, destaca Rosalina Gabriel. “Esta iniciativa visa também perceber padrões e motivarmo-nos a melhorar os nossos dados, que são baseados em toda a bibliografia disponível sobre espécies do arquipélago” . Entre mãos, o Grupo da Biodiversidade dos Açores tem também, actualmente, o projecto Top 100 das 100 espécies mais fáceis de gerir da Macaronésia. “Trata-se de um Livro Verde das espécies que pragmaticamente conseguimos proteger, porque com um mínimo de custos podemos fazer qualquer coisa por inúmeras espécies, enquanto se realizam estudos sobre as outras”, sustenta a investigadora. “Claro que é importante proteger o Priôlo, por exemplo, mas se nos preocuparmos apenas com esta ave podemos perder outras 40 espécies”, alerta, sublinhando que o intuito da iniciativa é “tentar não deixar essas outras espécies que são mais fáceis de proteger para trás”. Um outro projecto relacionado com os musgos que está a ser desenvolvido pela equipa de Rosalina Gabriel visa avaliar a quantidade de materiais pesados nas turfeiras do interior da ilha Terceira. “Os musgos são muito resistentes a várias coisas, como a herbivoria, porque poucos animais os comem, mas são muito sensíveis à poluição aquática e atmosférica”, refere, adiantando que “como não têm raízes dependem das correntes aéreas e acabam por acumular alguma quantidade de metais”. Até agora, os dados analisados não são reveladores de uma grande concentração de metais no interior da ilha, mas o grupo pretende estender o estudo à zona litoral da ilha, onde a situação poderá ser diferente. Rosalina Gabriel destaca ainda a publicação recente, pela Secretaria Regional do Ambiente, de blocos de notas com briófitos, que considera “importante para divulgar estas espécies junto das pessoas”.


O Grupo da Biodiversidade dos Açores foi igualmente distinguido recentemente com um dos prémios BES-Biodiversidade, pelo seu estudo dos processos envolvidos na extinção potencial de insectos, aranhas e musgos nas florestas nativas da Região. Intitulado “ Predicting extinctions on oceanic islands: The Azorean paradigm”, o trabalho proposto por Paulo Borges, docente do Departamento de Ciências Agrárias da universidade açoriana, mereceu uma Menção Honrosa, ex-aequo com outros dois projectos, num total de quatro premiados de entre os 34 projectos concorrentes ao nível do país. A cerimónia de entrega dos prémios teve lugar na sede do BES, em Lisboa, com a presença de Ricardo Salgado, presidente do banco, Francisco Nunes Correia, Ministro do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Lígia Amâncio, vice-presidente da FCT, Teresa Andresen, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto, e João Meneses, presidente do ICN. A distinção veio, assim, valorizar o importante trabalho na área da biodiversidade que a equipa liderada por Paulo Borges tem vindo a desenvolver, ao longo dos últimos 10 anos. “Desde 1998, temos vindo a editar uma série de publicações científicas sobre a biodiversidade açoriana e a emitir pareceres para o Governo Regional sobre as zonas do arquipélago que necessitam de ser protegidas, contribuindo, assim, para a já anunciada criação de vários parques naturais”, referiu Paulo Borges, em declarações ao DI. Para o investigador, este prémio é o “reconhecimento de toda a informação científica produzida pelo grupo e publicada em revistas internacionais e da sua aplicação prática na conservação da natureza nos Açores, através da ajuda à tomada de decisão pelo Governo Regional”. “É um prémio que muito honra não só a Universidade dos Açores como todos aqueles que trabalham na área da biodiversidade e que connosco têm colaborado”, afirmou. A distinção irá permitir ainda a publicação de um livro sobre a biodiversidade dos artrópodes baseado em fotos de grande qualidade. O projecto conta com o apoio da Secretaria Regional do Ambiente.
(In DI-Revista)

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Missão de Massachusetts está interessada na cooperação com a Universidade dos Açores

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Uma Acção de Enogastronomia

No dia 19 de Janeiro pp através da disciplina de Cozinha e Património Gastronómico do Curso de Guias da Natureza do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, a Professora Teresa Lima da Universidade dos Açores, Confreira co-Fundadora da Confraria do Vinho Verdelho dos Biscoitos, e Grão Escanção da mesma Associação, foi convidada pelo Professor Eduardo Dias, docente da referida disciplina, para leccionar uma aula no âmbito da enogastronomia.
Apesar das más condições climatéricas, dos 13 alunos inscritos para esta acção compareceram os seguintes: Tânia Margarida Oliveira Santos; José Henrique Martins Machado; Isabel Maria Coelho da Silva; Ulisses Fernando Linhares Rosa; Regina Maria Pinheiro Cardoso; Filipe Ribeiro Lourenço; Filomena de Fátima Rocha Vieira; Maria Ponciano Lima e Luís António Nascimento Parreira.

A acção decorreu durante quatro horas. Foi dividida em três partes. A primeira parte fez-se uma abordagem aos países produtores de vinho tendo em conta as áreas de produção de vinha, os volumes produzidos de vinho e seus valores económicos a nível mundial, europeu, nacional e regional. A nível nacional e regional fez-se também referência às regiões demarcadas de vinhos de qualidade e às dos vinhos regionais.Na segunda parte através de um DVD foi-lhes permitido visualizar atitudes comportamentais das pessoas no consumo moderado de vinhos e sua associação aos hábitos alimentares. Tiveram também oportunidade neste meio áudio visual de captar o conceito de "terroir" e as tecnologias de vinhos brancos e tintos. Na terceira parte teve lugar um exercício de apreciação de vinhos através de uma ficha intitulada "Saber Beber", onde se solicita a resposta a três questões. Nas respostas detectou-se uma sensibilidade e predisposição para a apreciação dos três produtos em questão. Esta aula foi criteriosamente elaborada, tendo em atenção a limitação imposta pela carga horária, de modo a que as matérias fossem devidamente absorvidas pelos participantes na medida em que as matérias fossem devidamente absorvidas pelos participantes na medida em que o vinho deve ser tratado como um produto turístico.
Neste domínio, a Universidade dos Açores através da Professora Teresa Lima desenvolveu um projecto ENOTURMAC que trouxe pela primeira vez aos Açores a dinâmica de pensar o "Vinho como Produto Turístico".
No final foi feito um apelo aos futuros Guias da Natureza para se empenharem na preservação e desenvolvimento do Património Vitivinícola dos Biscoitos.O entusiasmo que se criou entre a docente e os alunos foi significativo para o sucesso desta aula. Seria importante que, numa acção futura desta natureza, o tempo fosse alargado.
(In Bagos d'Uva)

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Olé Tunas

O Teatro Angrense vai receber, nos próximos dias 21 e 22 de Fevereiro, a VI edição do Olé Tunas, um festival de tunas organizado pela Tuna Académica da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo (TAESEAH) da Universidade dos Açores. O evento deste ano vai ter a concurso sete tunas mistas vindas do Continente, a que se juntam cinco tunas convidadas da Terceira, num total de 400 estudantes.
Na conferência de imprensa de apresentação do VI Olé Tunas, Luís Viegas, maestro da TAESEAH, deixou a ideia que o festival deste ano será “de grande qualidade”. Das sete tunas vindas de Portugal Continental, todas elas mistas uma das novidades deste ano, quatro são antigas vencedoras, o que, para o ensaiador da Tuna académica “dos Enfermeiros” é garantia de um festival renhido em termos musicais, naquele que a organização espera seja a edição do Olé Tunas “mais bem conseguida”.
Apesar da competição só “arrancar” na sexta-feira, dia 21, o festival começa um dia antes com um desfile entre o Alto das Covas e a Praça Velha, com início às 21h00, a que se segue uma serenata no Salão Nobre da Câmara Municipal de Angra, com abertura a cargo da jovem fadista Bárbara Moniz, também ela elemento da TAESEAH.
Na sexta-feira o espectáculo tem início também pelas nove da noite com as actuações da Vicentuna e da Iscalina de Lisboa e da K-Batuna de Coimbra, bem como as prestações da Tuna Sons do MAR – a mais antiga da Terceira, Neptuna e ELES, um grupo de amigos da Escola de Enfermagem que se juntou especialmente para o festival.
No sábado, também pelas 21h00, a maior sala de espectáculo angrense recebe a Tuna Económicas, a Esctunis e a Tuna de Enfermagem de Lisboa, todas da capital e a Quantuna de Coimbra. Por parte das tunas locais, vão actuar a TUSA e a TAESEAH, os anfitriões do evento.
Outra novidade da edição deste ano é a apresentação do festival, que fica a cargo do grupo Teatrinho. Para Luís Viegas, a aposta neste trio prende-se com a tentativa de fazer uma ligação com a tradição dos bailinhos de Carnaval da Terceira, uma aposta que julga” vai funcionar muito bem”. Os bilhetes para o festival custam 3euros para 1 dia e cinco euros para os dois.
No final do evento serão entregues vários prémios, com destaque para o “Tuna mais Tuna” e “Melhor Tuna”. Este ano, mais uma vez, a organização pretende ter um júri diversificado, que vai incluir antigos tunantes, um professor do Conservatório e elementos da Câmara Municipal e da Escola Superior de Enfermagem.
Na conferência de imprensa esteve também presente Miguel Gomes, presidente do Conselho Directivo da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo (ESEAH), que realçou a capacidade de mobilização de perto de 400 jovens “numa actividade que passa de longe o lúdico, tem competências na organização de eventos, gestão de dinheiros e de recursos”.
Miguel Gomes aproveitou ainda a ocasião para convidar “toda a população da ilha Terceira a participar no Olé Tunas”, destacando as actuações de sete tunas do Continente que vem “conhecer a nossa ilha e como é vivida a vida académica aqui”.
No final da sua intervenção, o presidente do Conselho Directivo deixou uma palavra de apreço aos elementos da TAESEAH, considerando que a escola de enfermagem “está de parabéns por ter uma tuna que sabe desenvolver actividades de apoio e confraternização entre jovens”.

Apoios externos são fundamentais

Num evento desta envergadura, o investimento da organização é de alguma monta, ainda para mais tratando-se de um grupo de estudantes universitários. Segundo Luís Viegas, a TAESEAH aponta para pouco mais de 6 mil euros de gastos, só possíveis de suportar graças aos apoios que a tuna vai conseguindo.
O maestro da Tuna destaca o apoio da Câmara Municipal de Angra e da empresa Culturangra que “ foram fenomenais, por todo o apoio logístico que no deram”. A organização teve ainda ajudas da própria Escola de Enfermagem e de outras instituições com quem estabeleceu acordos.
“Este ano, pela primeira vez, conseguimos alojamento fora da Escola para todas as tunas”, destaca Luís Viegas”. “Graças ao apoio da Direcção Regional da Juventude, Recreio dos Artistas, Regimento do Exército e do Centro Social S. Agostinho conseguimos alojar todos os participantes que vêem de fora. Também garantimos a alimentação e o transporte, trata-se de um investimento avultado que só é possível graças aos apoios, o nosso objectivo é no final não termos prejuízo, coisa que até agora temos sempre conseguido”.
Miguel Gomes, na sua intervenção, aproveitou também para agradecer todos os apoios dados ao Olé Tunas, não deixando de lançar um aviso para as entidades oficiais e para a própria escola que “devem fazer uma leitura deste evento de forma a poder dar um maior apoio e visibilidade ao festival. Não se pode afastar o Olé Tunas da vida académica e da própria instituição [ESEAH]”.
(In A União)

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Dia Erasmus

Nos dias 20 e 27 de Fevereiro, o Gabinete de Relações Internacionais (GRI) da Universidade dos Açores comemora o Dia Erasmus nos pólos de Ponta Delgada e Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores. Com o objectivo de divulgar o Programa Erasmus junto dos estudantes interessados em participar neste programa de mobilidade académica, irão ser feitas duas sessões de esclarecimento, que contarão com a colaboração de estudantes incoming e outgoing, que irão falar da sua experiência como estudantes Erasmus.A sessão do dia 20, que decorrerá no Anf. C do campus de Ponta Delgada, pelas 14h30, contará igualmente com a presença de um elemento da Agência Nacional para a Gestão do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida, entidade responsável pela organização desta mobilidade em Portugal. No dia 27, a sessão será realizada na Biblioteca do Pólo da Terra Chã, pelas 14h30. No presente ano lectivo a UAc recebeu cerca de 37 estudantes oriundos de vários países europeus, a saber: Bulgária, Eslovénia, Espanha, Grécia, Itália, Lituânia, Polónia, Roménia e Suécia, enquanto que 27 dos seus estudantes optaram por realizar um período de estudos no estrangeiro. Segundo o Prof. Doutor João Madruga, Coordenador Institucional do Programa Erasmus na UAc, “o grande objectivo do GRI, para o próximo ano lectivo, é não só aumentar o número de fluxos, mas também a sua qualidade”. Acrescenta ainda que “o Programa Erasmus tem contribuído para a internacionalização da Universidade dos Açores”, dando como exemplo o facto de muitos dos seus estudantes participarem em investigações em parceria com universidades estrangeiras. De igual modo, a participação de docentes em missão de ensino no exterior tem sido veículo difusor do nome e da qualidade da UAc.
(In Azores Digital)

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terça-feira, fevereiro 19, 2008

Despedimentos na Universidade dos Açores

Consórcios Científicos

O Governo Regional pretende que a Universidade dos Açores (UAç) integre dois consórcios científicos que vão ser criados no arquipélago, como forma de resolver os problemas financeiros a que a instituição de Ensino Superior está sujeita. Segundo anunciou hoje o executivo açoriano, a solução a encontrar para a UAç "não pode passar apenas por um reforço financeiro, mas terá de se basear num plano de acção estruturante que permita retirar a instituição da situação de instabilidade em que vive há vários anos". A UAç, com cerca de três mil alunos e dividida por Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta, é uma das várias universidades do país que estão sujeitas a rigorosas medidas de gestão impostas pelo Ministério do Ensino Superior. Recentemente, o ministério do sector propôs à academia açoriana um contrato de saneamento económico e financeiro para que, num prazo máximo de três anos, atinja o equilíbrio entre as receitas e as despesas. O Governo açoriano, que recentemente se reuniu com o reitor Avelino Meneses, já se manifestou disponível para auxiliar a UAç a encontrar uma reposta para os seus problemas financeiros. Para isso, convidou a instituição a integrar dois consórcios científicos que o Governo está a preparar com diversas entidades da Região e que pretendem dinamizar a inovação, através de uma maior aproximação dos centros de investigação às empresas e serviços públicos.Em causa estão o Instituto de Biotecnologia e Biomedicina dos Açores e o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores, que vão ser criados e que vão ter um "importante plano de financiamento plurianual em que a participação de cada associado vai ser devidamente contabilizada", explicou o executivo regional.O Governo Regional considera, assim, que a UAç é um "parceiro estratégico nestas estruturas" e que pode "encontrar neste tipo de consórcios uma forma de ultrapassar muitas das suas dificuldades financeiras", através de projectos especiais.

(In Público)

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Nova Associação de Estudantes do Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores

Tomou posse a nova direcção da Associação dos Estudantes do Campus de Angra do Heroísmo (AECAH) da Universidade dos Açores, numa cerimónia que teve lugar nas instalações do Pico da Urze e que contou com a presença do Reitor da Universidade dos Açores, Avelino Menezes.
O recém-empossado presidente da AECAH, Duarte Martins Cunha, referiu, no seu breve discurso, que espera fazer um bom trabalho, para não “levar um cartão vermelho no final do mandato”. Mais tarde, em declarações ao a União, o novo líder dos estudantes universitários angrenses definiu como grandes objectivos para o seu mandato o aumento da interacção entre os alunos e a Universidade, que classifica como “distante, não têm tido aquele apoio necessário por parte da Associação de Estudantes”. Nelson Braga Moura, o novo vice-presidente, destaca também como fundamental “ representar os alunos o melhor possível, quer na parte pedagógica, quer na lúdica, na sua relação com os professores e com toda a gente dentro da escola”
A Semana Académica é outro dos grandes objectivos da nova direcção da AECAH, que pretende “marcar a diferença” em relação às edições anteriores.
Questionados sobre o que os levou a avançar para a direcção da Associação de Estudantes, os dois dirigentes destacam o facto de mais ninguém ter avançado “pois é uma actividade que requer muito tempo”, ao mesmo tempo que realçam a qualidade do grupo que agora tomou posse.
“Reunimos um grupo que está preparado em diversas áreas, uma direcção jovem, mas muito boa”, destaca Nelson Braga Moura.
Na cerimónia de posse do novo corpo dirigente estudantil, o Reitor da Universidade dos Açores, Avelino Menezes, no seu discurso, classificou a frequência universitária como “uma escola de vida”, ao mesmo tempo que destacou o papel dos estudantes na gestão das escolas, sublinhando que o “movimento estudantil adquiriu mais relevância, substituiu a quantidade com a qualidade”.

O triplo do apoio

Entretanto, um estudo preliminar promovido pela Direcção regional da Ciência e Tecnologia revela que o apoio financeiro do Governo Regional à Universidade dos Açores (UAç) triplicou nos últimos três anos, face ao verificado na legislatura anterior à iniciada em 2004.
Os apoios do Executivo têm-se baseado na implementação de diversas medidas do Plano Integrado para a Ciência e Tecnologia, comparticipadas pelo Programa Operacional Sociedade do Conhecimento e pelo Programa Regional para o Desenvolvimento Económico e Social dos Açores, e na vertente da prestação de serviços.
No global, as verbas em causa atingem, só na presente legislatura, mais de 20 milhões de euros, destinados a cobrir despesas de funcionamento, aquisição e manutenção de equipamentos, construção de infra-estruturas, contratos de pessoal, bolsas de investigação científica e tecnológica, projectos de investigação científica, deslocações a congressos, realização de eventos e edição de publicações.
Segundo o director regional da Ciência e Tecnologia, os financiamentos atribuídos pelo Governo à UAç nos últimos assumem-se como "um apoio complementar sem paralelo que tem permitido dinamizar acções até à data exclusivamente dependentes de financiamentos externos manifestamente insuficientes para o efeito".
Tal circunstância "reforça a necessidade de se encarar a actual situação da Universidade dos Açores como uma questão de fundo que nunca se resolverá com simples medidas demagógicas como as que têm sido sugeridas pelo líder do PSD/A", acrescentou João Luís Gaspar.
Para o director regional, "tão ou mais importante que a questão de recursos financeiros é a necessidade de se implementarem mecanismos de gestão que permitam potenciar os investimentos efectuados, uma tarefa para a qual o Governo dos Açores
já se disponibilizou para colaborar e que dependerá da natureza e aplicação das reformas que estão a ser equacionadas pela Universidade".
(In A União)

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segunda-feira, fevereiro 18, 2008

UTAD em roptura financeira

O Ministro da Ciência e Ensino Superior aconselha o encerramento de alguns cursos e a redução do número de contratados para recuperação económica da instituição (UTAD)
A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) é uma das instituições universitárias que vai assinar com o Governo um contrato de saneamento financeiro. As contas da universidade estão a ser acompanhadas por controladores financeiros externos, nomeados pelo Governo e a instituição terá que apresentar um relatório detalhado das medidas a implementar para equilibrar as finanças. O ministro da Ciência e Ensino Superior, Mariano Gago, em declarações à TSF, afirmou já que alguns cursos serão reformulados ou fundidos para dar lugar a “uma oferta formativa mais consistente”. O contrato de saneamento financeiro vai ser assinado até Março, mas o ministro não divulgou os montantes envolvidos. As medidas de saneamento financeiro implicam o encerramento ou fusão de licenciaturas, mas não só. Numa carta enviada pelo Ministério à UTAD, divulgada pela imprensa nacional, é aconselhada a não renovação de contratos de trabalho e a suspensão da abertura de concursos para a contratação de novos docentes. A UTAD foi uma das universidades a receber o oficio do ministério, conjuntamente com a Universidade de Évora, a Universidade do Algarve e a Universidade dos Açores.

(In Mensageiro Notícias)

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Governo Regional garante apoio à Universidade dos Açores

Governo e Universidade dos Açores (UAç) estão a estudar uma plataforma de colaboração para análise e resolução dos problemas financeiros que afectam a instituição de ensino superior açoriana.
Para reforçar a disponibilidade do Governo de colaboração na elaboração de um plano que permita ultrapassar as actuais dificuldades da UAç, o secretário regional da Educação e Ciência, Álamo Meneses, reuniu-se, na última semana, com o Reitor, Avelino Meneses. A UAç é uma das quatro universidades portuguesas sujeitas à implementação de rigorosas medidas de gestão, estando a ser fiscalizada por controladores financeiros externos nomeados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Sem tecer qualquer consideração sobre as razões que conduziram à situação actual, Álamo de Meneses afirmou que o Governo está disponível para auxiliar a Universidade a encontrar uma resposta adequada ao problema. Sublinhou, porém, que qualquer solução a encontrar não pode passar apenas por um reforço financeiro, mas terá de se basear num plano de acção estruturante que permita retirar a instituição da situação de instabilidade em que vive há vários anos. A reunião com o Reitor, Álamo de Meneses convidou a UAç a integrar dois importantes consórcios que o Governo está a preparar com diversas entidades da Região e que pretendem dinamizar a inovação através de uma maior aproximação dos centros de investigação às empresas e aos serviços públicos. De acordo com o secretário regional, são iniciativas deste tipo que podem contribuir para modificar a actual situação da Universidade dos Açores. O Governo vai avançar com o Instituto de Biotecnologia e Biomedicina dos Açores e o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores, consórcios que vão beneficiar de um importante plano de financiamento plurianual onde a participação de cada associado vai ser devidamente contabilizada. Para Álamo de Meneses, a Universidade dos Açores é um parceiro estratégico nestas estruturas e, sem perder a sua unidade, pode encontrar neste tipo de consórcios uma forma de ultrapassar muitas das suas dificuldades financeiras sustentando os seus recursos através da sua afectação a projectos especiais.
(In Canal de Notícias dos Açores)

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Estação do Projecto CLIMAAT vandalizada

A estação meteorológica do projecto CLIMAAT do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, instalada na Fortaleza de São Sebastião, em Angra do Heroísmo, foi vandalizada, tendo desaparecido algum material informático que assegura o seu funcionamento. Eduardo Brito de Azevedo, coordenador do projecto CLIMAAT, disse ao DI que é a segunda vez que a estação meteorológica que recolhe dados sobre o estado do tempo em Angra do Heroísmo foi assaltada. De acordo com os registos do centro de controlo do projecto CLIMAAT, a estação ficou inactiva por acção de desconhecidos às 13h15 da passada segunda-feira.A caixa onde se encontra o material informático que assegura o funcionamento na estação foi vandalizada e foram levados alguns dos componentes necessários para assegurar a transmissão de dados para o centro de controlo. A câmara que capta as imagens da baía de Angra do Heroísmo também foi alvo de vandalismo mas acabou por não ser levada. Para Eduardo Brito de Azevedo, “esta é uma ocorrência estranha pelo facto da estação estar instalada no interior do Castelinho onde funciona uma pousada e existem câmara de vídeo vigilância que controlam as entradas e saídas”. O projecto CLIMAAT dispõem de estações meteorológicas na Terceira, São Miguel, Faial, Pico, Santa Maria, São Jorge, Graciosa e Flores e tem em vista estudar o clima das regiões insulares atlânticas.
Somos assíduos frequentadores do site climaat.angra.uac.pt (um projecto Interreg que envolve a Universidade os Açores, a Madeira e as Canárias sobre o clima e a meteorologia dos arquipélagos atlânticos) pela simples razão de que a informação meteorológica é muito completa e sobretudo porque é acompanhada com imagens, em tempo real, de diversos pontos dos Açores (só falta o Corvo). Ou seja, é deveras interessante, a partir de qualquer computador pessoal, saber como está, neste preciso momento (obviamente de dia), o tempo no canal Faial/Pico, ou S. Jorge/Pico, ou em Ponta Delgada, ou nas Flores. E isso consegue-se porque a Universidade instalou, em todos esses locais (dez, para sermos mais concretos) câmaras de vídeo que, com intervalo de minutos, enviam uma imagem que pode ser visualizada em qualquer computador, a partir de qualquer ponto do mundo. Só que nada resiste quando os meliantes querem destruir o trabalho de quem serve a comunidade. Aconteceu por estes dias (pela segunda vez), que o sistema instalado no Forte de S. Sebastião, sobranceiro ao Porto das Pipas, foi destruído. Em nome de quê? Roubo do equipamento ou simples desejo de destruir? Quer seja uma coisa, ou outra, que sinal é enviado para quem consulta? Em vez da imagem do tempo, em tempo real, damos a imagem de uma região de energúmenos que não conseguimos respeitar uma simples câmara (web cam) que presta um serviço público muito interessante a todos os internautas. E há que pôr cobro a isto.
(In Diário Insular)

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domingo, fevereiro 17, 2008

Crise em Enfermagem nos Açores

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Contestação dos estudantes de enfermagem

Os finalistas da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo exigiram ontem que a secretaria o da regional dos Assuntos Sociais reveja a política de contratação de enfermeiros para os quadros do Serviço Regional de Saúde.
Segundo os estudantes, a região tem falta de pessoal de enfermagem nas unidades de saúde, contudo as vagas estão congeladas e quem termina o curso não tem emprego. Mais de duas dezenas de finalistas fizeram questão de se deslocarem ao Solar dos Remédios (sede da tutela da saúde regional) para exprimirem os seus argumentos junto de Domingos Cunha, secretário da tutela.
Catarina Borges, finalista de enfermagem, garante que são perto de uma centena de estudantes (em Angra do Heroísmo e Ponta Delgada) que terminam o curso no final deste semestre (Julho) e que, “provavelmente, nenhum terá emprego na região”. “Ou vamos para o desemprego ou temos de emigrar para as Canárias”, sintetiza, revoltada com o sistema.
Os futuros enfermeiros fizeram questão de se aglomerarem junto à tutela para demonstrarem o “descontentamento” pelo cenário sombrio da falta de emprego na região. Segundo eles, tudo porque existe uma gestão “incorrecta das políticas de saúde”.
“Nós estamos à porta do desemprego”, assegura a estudante Ana Neves, lembrando que os colegas do ano anterior estão no desemprego.
Os jovens, que aguardavam no átrio dos Remédios pelos três colegas que foram recebidos pelo secretário, foram unânimes em afirmar que há uma tentativa de transformar os hospitais em empresas e “uma clara falta” de gestão no sector.

Secretário promete soluções

Domingos Cunha, secretário regional dos Assuntos Sociais, após ouvir os estudantes garantiu que o governo está “sensível e percebe a inquietação dos jovens enfermeiros”.
A tutela assume que está a criar condições para que estes jovens se possam fixar na região e lembra que nos últimos anos foram recrutados 419 novos enfermeiros para as unidades de saúde das ilhas.
Este ano, afirmou Domingos Cunha, o sistema regional volta a descongelar vagas para absorver mais “50 enfermeiros para os Centros de Saúde e para as Unidades de Saúde de Ilha”.
Em relação aos hospitais da região – transformados em Entidades Públicas Empresariais (EPE) – de acordo com a tutela, não necessitam de descongelar vagas para contratar enfermeiros.
O governante afiança que antes do final desta legislatura serão contratados mais 52 enfermeiros para o Hospital de Ponta Delgada e 23 para o de Angra do Heroísmo.
“A Rede de Cuidados Continuados também vai necessitar de enfermeiros”, alerta o secretário, recordando que existe ao dispor dos jovens enfermeiros vários incentivos para criarem empresas na área dos cuidados de saúde.
Porém, o responsável pelo sector da saúde admite que - a saírem das escolas de enfermagem a uma média de 100 profissionais por ano - dentro de quatro ou cinco anos os quadros públicos da região deixarão de ter condições para absorver todos os jovens enfermeiros.

Esperança no emprego

A representante da Ordem dos Enfermeiros na região já tinha confirmado que, dos enfermeiros que acabaram o curso em Julho de 2007, “existia ainda um grande número que não tinha sido colocado”.Contudo, assumiu que esta falta de colocação se deveu a um atraso no início da contratação dos enfermeiros devido, em parte, à recente passagem dos hospitais dos Açores a entidades públicas empresariais. “Foi um ano de transição em que as metodologias de contratação não estavam muito clarificadas”, reconheceu, recentemente, a representante da Ordem, ao adiantar que os hospitais têm pedidos de contratação de 120 enfermeiros.A Ordem dos Enfermeiros também afirma que muitas unidades de saúde da região têm falta de enfermeiros para responder às necessidades.
Os partidos da oposição também já fizeram saber que não percebem como é que uma região que necessita de enfermeiros nos serviços de saúde tem profissionais no desemprego.

(In A União)

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Visita de Estudo ao Laboratório de Ambiente Marinho e Tecnologia

Partimos de Angra pelas 13:30 num mini bus cedido pela Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, requisitado pela professora, Tânia Fonseca da Escola Básica e Secundária Padre Jerónimo Emiliano de Andrade, com o objectivo de nos levar até à cidade da Praia da Vitória para uma visita de estudo planeada pelo meu grupo, ao Lamtec - Laboratório de Ambiente Marinho e Tecnologia do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores.
Esta visita teve por objectivo adquirir conhecimentos e esclarecer algumas questões relacionadas com o projecto que temos entre mãos e que assenta na produção de energia a partir do hidrogénio.
Ao chegarmos ao Lamtec, o responsável esperava-nos com uma apresentação em power point muito útil e esclarecedora sobre esta energia renovável:
Vantagens / desvantagens, produção/custos, etc….
Forneceu-nos informações quer sobre a molécula de hidrogénio, em si, quer sobre o modo como esta pode ser utilizada - desde a sua existência no ar até á sua forma energética;
Informou-nos também sobre o funcionamento de uma célula fotoeléctrica e ainda proporcionou-nos a visualização dos vários modos de obter energia a partir do hidrogénio, e de outros recursos renováveis.
Assim, com esta apresentação em power point, foi possível solidificar alguns conhecimentos e adquirir muitos outros.
Foi-nos facultado ainda a visualização de um trabalho de um grupo de estudantes da Praia da Vitória, trabalho esse que, tal como o que pensamos elaborar, permite produzir energia a partir de fontes renováveis.
Este trabalho contribuiu, de certo modo para aumentar o nosso entusiasmo na elaboração da maqueta - produto final da disciplina de Área de Projecto.
Resumindo não estávamos à espera de uma exposição tão longa e enriquecedora, acabando mesmo por faltar tempo para a finalização da visita de estudo.
Por falta de tempo, não foi possível ver tudo o que o responsável tinha planeado mostrar, nem efectuamos uma entrevista que estava planeada. Contudo o responsável, foi super simpático, eficaz e colaborador, ficando com as perguntas na sua posse e, num curto espaço de tempo, mandou-nos as respostas.
Penso que esta visita foi da maior importância para a elaboração do nosso trabalho não só pelos motivos acima referidos, mas também pela tranquilidade que o responsável nos transmitiu ao oferecer a sua disponibilidade para o caso de surgirem mais dúvidas ao longo da elaboração do nosso projecto. O nosso Muito Obrigado!!!

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Finalistas de Enfermagem manifestam-se contra a precaridade de emprego na Região

Um grupo de finalistas do curso de Enfermagem da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo (ESEAH) do Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores, manifestou-se, em frente à secretaria regional dos Assuntos Sociais, o seu descontentamento em relação às perspectivas de emprego na Região. “No último ano, saíram das duas escolas de enfermagem da Universidade dos Açores cerca de 90 enfermeiros e os poucos que conseguiram emprego ficaram colocados nas Canárias ou no continente”, sublinhou um dos manifestantes.“Estamos a quatro meses de terminar o curso e queremos saber que planos tem o Governo Regional para nós”, acrescentou. O dia escolhido para o protesto coincidiu com uma audiência concedida pelo secretário regional dos Assuntos Sociais, Domingos Cunha, a três representantes dos finalistas de Enfermagens da ESEAH.
“INCONCLUSIVO”
À saída, a porta-voz dos estudantes, Ana Grilo, considerou o encontro “inconclusivo”.“As respostas do secretário regional não foram de encontro ao que esperávamos”, afirmou, considerando que “não foi transmitida nenhuma expectativa de melhoria da empregabilidade nos Açores”.“Saímos, assim, mais desiludidos desta reunião”, afirmou.Ana Grilo adiantou ainda que os finalistas do curso de Enfermagem das duas escolas da Região vão agora enviar uma carta aberta ao presidente do Governo Regional, transmitindo as suas preocupações.“O nosso objectivo é reunir os alunos de Enfermagem de Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, no sentido de reivindicar não só mais emprego, como também melhorias na prestação de cuidados de saúde na Região, que irão reflectir-se na criação de emprego”, destacou.
“TODO O EMPENHO”
Por seu lado, o secretário regional dos Assuntos Sociais garantiu, em declarações ao DI, que “sempre que se justifique a contratação de mais enfermeiros, no sentido de melhorar a prestação de cuidados de saúde na Região, essas contratações serão autorizadas”. Domingos Cunha salientou, no entanto, que “tem de haver a consciência de que o Serviço Regional de Saúde nem sempre tem necessidade ou capacidade para absorver a totalidade dos enfermeiros formados no arquipélago”. O governante lembrou, por outro lado, a existência de “incentivos para a criação de empresas prestadoras de cuidados de saúde”, que podem constituir uma oportunidade de emprego para os recém-licenciados.“Temos todo o empenho em apoiar o ingresso dos novos licenciados no mercado de trabalho, tendo em conta, todavia, as nossas condicionantes”, assegurou.O secretário regional referiu igualmente que, na actual legislatura, foram integrados mais 419 enfermeiros no Serviço Regional de Saúde, que totaliza assim 1.238 enfermeiros. “Temos um rácio de 5,6 enfermeiros por mil habitantes, muito superior ao rácio do continente de 4,6 enfermeiros por mil habitantes”, sublinhou.Lembrou ainda que, no final de 2007, foram descongeladas mais 50 vagas para os centros de saúde e unidades de saúde e autorizada a contratação de mais 87 enfermeiros para os hospitais do arquipélago.“Neste momento, está autorizada a contratação de mais 52 enfermeiros para Ponta Delgada e mais 26 para Angra do Heroísmo”, disse. Em 2008, deverão sair da ESEAH e da Escola Superior de Enfermagem de Ponta Delgada cerca de 90 enfermeiros.
(In Diário Insular)

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