quarta-feira, março 26, 2008

Secretária do Ambiente reúne-se com o ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Rural

A secretária regional do Ambiente e do Mar, Ana Paula Marques, reúne-se terça-feira em Lisboa com o ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, num encontro em que vai ser analisada a apresentação das candidaturas de novos sítios dos Açores às convenções de Ramsar e OSPAR.
O Governo dos Açores vai apresentar a candidatura de 11 novos sítios à Convenção de Ramsar e submeter o Monte Submarino Sedlo a classificação como Área Marinha Protegida da Convenção para a Protecção do Meio Marinho do Atlântico Nordeste (OSPAR). As candidaturas à Convenção de Ramsar serão seleccionadas entre as zonas húmidas de elevada importância internacional, em especial como habitat para aves aquáticas. Nos Açores, as Fajãs dos Cúbres e de Santo Cristo já possuem este tipo de classificação, sendo agora candidatas o Caldeirão (Corvo), Planalto Central – Morro Alto (Flores), Caldeira (Faial), Planalto Central - Achada (Pico), Planalto Central – Pico da Esperança (São Jorge), Furna do Enxofre (Graciosa), Planalto Central – Furnas do Enxofre – Algar do Carvão (Terceira), Complexo Vulcânico do Fogo, Complexo Vulcânico das Furnas e Complexo Vulcânico das Sete Cidades (São Miguel) e Ilhéus das Formigas e Recife Dollabarat (Santa Maria). O Governo já havia submetido como Áreas Marinhas Protegidas no âmbito da Convenção OSPAR os ilhéus das Formigas e Recife Dollabarat, a ilha do Corvo e as fontes hidrotermais D. João de Castro, Lucky Strike, Menez Gwen e Rainbow. Esta Convenção apresenta-se como o mais reconhecido instrumento de cooperação internacional para a protecção do Nordeste Atlântico. Com a apresentação da candidatura do Monte Submarino Sedlo encerra-se o ciclo de classificação das zonas com maior sensibilidade ambiental no mar dos Açores.Para além destas, nos Açores existem também áreas classificadas como Património da Humanidade por razões ambientais (Paisagem da Vinha, Pico) e, no âmbito da Rede Natura 2000, 23 Sítios de Importância Comunitária e 15 Zonas de Protecção Especial. Caso as candidaturas agora apresentadas sejam aceites, os Açores passarão a ter 58 reconhecimentos internacionais para as suas zonas de maior importância ambiental. Para além das grandes convenções internacionais e directivas europeias, há outras classificações de menor importância, como a rede Bionatura, nas quais os Açores também têm áreas classificadas. Como resultado de uma alteração legislativa regional de grande alcance, efectuada em 2007, todas estas áreas serão em breve geridas pelos respectivos nove parques naturais de ilha e Parque Marinho dos Açores. Os novos gestores, nas opções quotidianas, terão também de salvaguardar estas áreas para que os pressupostos de classificação se mantenham. Para além da enorme importância ambiental dos Açores, as candidaturas agora apresentadas são o reflexo trabalho efectuado pela equipa de investigação da Universidade dos Açores (Departamentos de Oceanografia e Pescas, de Biologia e de Ciências Agrárias) e do empenho que o Governo faz questão de prosseguir na utilização sustentável do mundo natural deste arquipélago.

(In Canal de Notícias dos Açores)

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