quinta-feira, junho 19, 2008

Influência da ureia na qualidade de ovócitos bovinos e no posterior desenvolvimento até ao estado de blastocisto

Foi apresentada e defendida no Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, a tese de Mestrado em Produção Animal de Pedro Miguel Santos, orientado pelo Professor Moreira da Silva do mesmo Departamento, com o título "Influência da ureia na qualidade de ovócitos bovinos e no posterior desenvolvimento até ao estado de blastocisto".Tem havido nos últimos 20 anos um acentuado decréscimo na fertilidade de vacas leiteiras Holstein-Friesian de alto mérito genético, resultando em enormes perdas económicas para o sector, uma vez que a performance reprodutiva é um dos factores mais importantes que afectam a rentabilidade de uma exploração leiteira, influenciando directa e/ou indirectamente a quantidade de leite produzida, as taxas de reposição do efectivo, bem como a criação dos vitelos e os lucros da sua venda.Uma vez que existe uma forte ligação entre a nutrição e a fertilidade dos bovinos, o objectivo geral do presente estudo foi o de avaliar a capacidade de desenvolvimento in vitro de ovócitos recolhidos de vacas Holstein Frisian com diferentes concentrações de azoto ureico plasmático (PUN) no dia anterior ao seu abate. Poude-se concluir neste estudo que a capacidade dos ovócitos bovinos se desenvolverem até ao estado de blastocisto, depois de submetidos aos procedimentos padrão de maturação, fertilização e cultura in vitro, foi significativamente afectada no grupo de animais com elevados níveis de concentração azoto ureico plasmático. Estes efeitos nocivos podem ser provocados em parte, pelo efeito directo da ureia e/ou pelos produtos metabólicos nos processos de desenvolvimento nuclear e citoplasmático, quando o ovócito se encontra no folículo, conduzindo a uma baixa de fertilidade dos animais, cujos níveis de ureia plasmática sejam elevados.

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