segunda-feira, agosto 31, 2009

Videiras selvagens podem ajudar castas domesticadas

A descoberta de que as castas que produzem vinho - ou uva de mesa - são de origem regional, a partir de videiras selvagens, é considerada da maior importância por Artur Machado. Segundo o líder do Centro de Biotecnologia dos Açores, abrem-se agora novas perspectivas genéticas e fitossanitárias para as castas em produção. Por exemplo, adiantou, o estudo das videiras selvagens que estão na origem das castas domesticadas pode dar informação genética muito antiga, capaz de ser trabalhada para melhorar as castas. Por outro lado, as videiras selvagens resistiram durante milénios, por vezes em condições muito adversas, o que significa que desenvolveram resistências e mecanismos de adaptação que podem ser estudados e utilizados para melhorar as videiras domesticadas que são originárias das anteriores. Outra vantagem, alertou Artur Machado, tem a ver com o próprio marketing do vinho e das uvas, uma vez que a partir de agora é possível estabelecer a origem de uma casta, o que significa que Portugal pode falar na sua casta X, Espanha na sua casta Y, Itália na sua casta Z, etc. “New insights on the genetic basis of Portuguese grapevine and on prapevine domestications” é o título do artigo publicado na revista Genome (http://pubs.nrc-cnrc.gc.ca/rp-ps/journalDetail.jsp?lang=eng&jcode=gen) e que resume a investigação do centro de Biotecnologia dos Açores.Assinam o artigo Lopes, Mendonça, dos Santos e Machado, do Centro de Biotecnologia dos Açores, e Eira-Dias na Estação Vitivinícola Nacional.
(in Diário Insular)

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ALERTA O PRESIDENTE DA ADEGA DOS BISCOITOS Faltam jovens interessados na cultura vinícola

Falta uma massa laboral nas vindimas e no processo de elaboração do vinho na ilha Terceira. O alerta parte do presidente da Adega Cooperativa dos Biscoitos (ACB). Para contrariar a situação, Alcino Meneses pretende lançar um projecto em parceria com a Escola Profissional da Praia da Vitória (EPPV) no sentido de motivar os alunos para a prática vitícola, em curso abrangente.
A partir do próximo ano lectivo irá arrancar o novo projecto da ACB em parceria com a EPPV, que visa incutir nos jovens o gosto e a dedicação para as actividades relacionadas com as vindimas. Uma iniciativa estratégica criada para garantir o futuro de uma tradição cultural que actualmente parece estar confinada aos entendidos mais velhos.
Na prática, os alunos do curso ligado ao sector agrícola vão poder conhecer e experimentar as diferentes fases por que passam a vinha e as uvas, em terreno disponível para o efeito, desde a plantação até ao copo de vinho servido à mesa.
“Temos um campo experimental de cinco mil metros quadrados junto às instalações da Adega, onde poderão ser feitos novos ensaios de castas tintas e brancas da região, não descurando as já existentes, claro, de modo a entusiasmar os mais jovens”, revela o responsável por aquela organização sedeada na freguesia dos Biscoitos, concelho da Praia da Vitória, em declarações à “a União”.
De acordo com Alcino Meneses, a ideia procura inverter o cenário actual da falta de mão-de-obra disponível na Terceira para a laboração na referida área. “É um projecto muito importante não só para a Adega, que quer-se dinâmica, mas também para a cultura vitivinícola na nossa ilha”, considera. E acrescenta: “Se nada for feito, daqui a alguns anos serão poucos os entendidos na matéria”.
Verifica-se um número crescente de vinhas abandonadas naquela zona, alerta o produtor, sublinhando que as razões apontadas vão “muito para além de um problema económico”. “Há falta de novos interessados. Esse abandono prejudica as vinhas tratadas nas áreas vizinhas, pois atrai pássaros e outros bichos, e dá um mau aspecto à paisagem demarcada, quer para turistas e visitantes quer para a comunidade local”, considera.
Turistas passam “ao lado”
Neste sentido, a maior parte dos turistas que visitam a ACB o fazem por conta própria, segundo Alcino Meneses, sendo que os autocarros de excursão, apesar da passagem obrigatória pelos Biscoitos, não têm por hábito fazer paragem junto às instalações para conhecer e provar o vinho da casa. “Temos condições para receber turistas e visitantes, inclusive grupos grandes, e as agências de viagens têm conhecimento disso”, garante.
Para afirmar a divulgação e promoção dos vinhos “Magma”, “Moledo” e “Tinchão” – as marcas em circulação da ACB –, o responsável revela que neste momento está a ser elaborado um novo panfleto informativo em bilingue português/inglês, que deverá ser distribuído dentro em breve.
Outro aspecto a ter em consideração no sentido de facilitar o contacto com turistas e visitantes, refere, é o horário de abertura, o qual será revisto depois do mês de Setembro. “Nos meses de Agosto e Setembro estamos abertos das 9 às 17 horas. As mudanças dependem da disponibilidade de ter alguém a trabalhar a tempo inteiro”, explica.
Já sobre os mecanismos de comercialização e promoção dos vinhos mencionados, o produtor responsável afirma que a questão terá mais sucesso a partir do momento em que o vinho verdelho dos Biscoitos passar a ser encarado por todos como um produto turístico da ilha Terceira. “A maioria dos cardápios dos nossos restaurantes não tem os vinhos locais representados, e quando o têm o preço praticado é muito elevado”, critica Alcino Meneses.
Das marcas de vinhos disponíveis, em termos gerais, o “Magma” (2007) – com mais de 85 por cento de verdelho, lançado há um ano –, tem mais procura pelo consumidor jovem, ainda que todas as faixas etárias o apreciem, revela o presidente. Já a população de idade mais avançada mostra preferência pelo “Moledo” (2006) – de cor mais “alourada” se comparado com o anterior –, ambos comercializados nos Açores, Madeira e continente, “com muita aceitação”, diz.

Campanha deste ano marcada pelas chuvas

Os números da campanha de 2009 apontam para 12 a 15 toneladas de verdelho e cinco a sete toneladas de castas tradicionais.
Em comparação com o ano passado, enquanto os registos do verdelho deverão manter os valores, as quantidades das castas tradicionais indicam uma possível descida de duas toneladas.
Segundo Alcino Meneses, as razões para justificar esse decréscimo relacionam-se com as más condições meteorológicas verificadas no passado mês de Junho. “As chuvas e a humidade originaram a propagação do míldio e podridão dos cachos”, precisa.
No entanto, adianta, como os fungos estabilizaram e as temperaturas quentes deverão manter-se, as previsões apontam para uma “boa colheita” a decorrer na primeira semana de Setembro.

Rede de frio em falta
Passado um ano da inauguração das novas instalações da ACB, verifica-se a necessidade de apostar numa rede de frio e numa nova cuba, revela o responsável. Alcino Meneses aguarda um possível contributo da Secretaria Regional da Agricultura e Florestas e Direcção do Desenvolvimento Agrário, entidades governamentais apoiantes, para a aquisição desta maquinaria.
“Vai aumentar ainda mais a qualidade dos vinhos e também permitir uma redução significativa dos actuais custos do consumo de água. Esperamos que para 2010 já possamos ter acesso a esse equipamento”, conclui.
Fundada em 1998, a ACB viu um ano depois o seu primeiro vinho a ser engarrafado. Actualmente conta com 55 sócios, mais 29 do que há 11 anos.
Os seus 330 m2 dividem-se em escritório, laboratório (análises feitas em colaboração com a Universidade dos Açores), secção de apoio, armazenagem e laboração de vinho e instalações sanitárias.
(in Sónia Bettencourt sonia@auniao.com - A União)

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domingo, agosto 30, 2009

Ponta Delgada mayor, delegation visit New Bedford

Though many of its people have immigrated here, the Azores and its culture still loom large in the hearts and minds of people in SouthCoast, said the mayor of the islands' capital city.
"We are always at Ponta Delgada looking out for the Azoreans living here. They are an important part of our culture," said Berta Cabral, the mayor of Ponta Delgada on the island of Sao Miguel.
Cabral and a delegation from Ponta Delgada arrived in New Bedford on Friday as part of a weeklong visit to SouthCoast. Cabral was invited to be an honored guest of the annual Great Feast of the Holy Ghost of New England this weekend.
On Thursday, Cabral and her delegation visited Bristol Community College and Charlton Memorial Hospital in Fall River.
On Friday, Cabral met with New Bedford Mayor Scott W. Lang and other local officials during a reception at City Hall. The delegation was also scheduled to visit the Casa de Saudade Library, whaling museum and UMass Dartmouth.
The mayors discussed the cultural bonds between the Whaling City and its Azorean counterpart. They shared their cities' experiences with economic development, health care, education and renewable energy projects.
Cabral told Lang about the strengths of Ponta Delgada's fishing, tourism and agriculture. Lang, in turn, showed Cabral two small, solar-power strips produced by Konarka, which operates out of the old Polaroid plant in New Bedford.
Cabral said she usually visits the region once a year to meet with the leaders of the Azorean community.
"We are always in contact with this community," said Cabral, who explained the reasons for her interest in maintaining contact with Azoreans and their descendants in SouthCoast.
"It's very important for children to come home and see the land of their fathers," Cabral said. "That's the tourism that we want."
Cabral invited Lang to visit the Azores. Lang said he expects a delegation from New Bedford to visit the islands soon for the purposes of cultivating stronger educational and cultural ties.
About 50 local delegates and college officials visited the Azores last year. UMass Dartmouth, which has a Portuguese-American archives center and a Center for Portuguese Studies and Culture, and BCC have cultural exchange programs with the University of the Azores in Ponta Delgada.
The University of the Azores and the Massachusetts Institute of Technology are also collaborating on renewable energy projects.
Fernando Garcia, a Fall River businessman who is helping to escort the delegation, touted the Azoreans' emerging technologies in the renewable energies field.
"We're still the same people that discovered half of the world," Garcia said.
(in Brian Fraga South Coast Today.com)

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Araneus angulatus Clerck, 1757


Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Família: Araneidae
Género: Araneus
Nome comum: Aranha
Nome da espécie: Araneus angulatus Clerck, 1757
Endémica dos Açores: Não

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sábado, agosto 29, 2009

Universidade reescreve a História da Vinha

Uma investigação na área dos estudos de genética, liderada pelo Centro de Biotecnologia da Universidade dos Açores e que acaba de ser publicado na revista científica Genome, reescreve a História da Vinha, ao provar que a Mesopotâmia (Crescente Fértil) não foi o único centro de domesticação das videiras, como se pensava.O trabalho prova que as castas actualmente existentes em Portugal - inclusive as que são emblemáticas dos Açores, como o verdelho - resultam da domesticação de videiras selvagens europeias. A investigação sustenta que Portugal, Espanha e Itália constituíram importantes centros de domesticação de videiras selvagens depois do último glaciar.Neste estudo, os investigadores admitem que a casta verdelho, que predominou nos Açores até finais do século XIX, altura em que quase foi destruída pela filoxera, pode ter sido domesticada em Portugal Continental e não no Mediterrâneo, como dizem alguns historiadores. O debate está em aberto, lê-se no estudo, mas esta casta é diferente das italianas “Verdecchio” e “Verdeca” e da espanhola “Verdejo”.O verdelho, que voltou a ter alguma expressão em ilhas como o Pico, a Terceira e a Graciosa, gera um vinho de mesa frutado e um licoroso que deu fama aos Açores, chegando a ser servido na Corte da Rússia e à mesa do Papa.
Era óbvio…A possibilidade de a Mesopotâmia não ser o único centro de domesticação das videiras vinha sendo colocada há algum tempo, tempo por base as diferenças entre castas e de região para região. No entanto, faltava a prova científica.Os estudos do Centro de Biotecnologia dos Açores, liderado por Artur Machado, vêm agora provar, através da genética, que as semelhanças entre castas domesticadas e videiras silvestres autóctones, entretanto descobertas em algumas regiões, são evidentes, justificando a conclusão de que a domesticação foi regional e não centralizada.“Cada país tem as suas castas muito próprias e diferentes. Há especificidades por zonas geográficas”, confirmou Artur Machado ao DI. Fica, assim, provado que castas como alvarinho, alvarilhão, tinto-cão, touriga nacional, verdelho, arinto, entre muitas outras, são portuguesas, além de as castas emblemáticas açorianas serem nacionais.

(in Diário Insular)

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O que é bom

Um poeta açoriano inigualável costumava dizer que a insularidade não pode servir de desculpa para a mediocridade. Sabia o que dizia, o poeta. Duplamente insular, fechado na ilha e muitas vezes dentro de si próprio, era incapaz de escrever qualquer frase que não fosse de qualidade e universal, sendo que uma coisa é sinónimo da outra.Por maioria de razão, os dias de hoje são de comunicação global. A distância já não se mede em quilómetros, mas em distância-tempo, em nano, enfim, no quasi-inexistente. O conhecimento produzido em Nova Iorque, em Paris, em Nova Deli, está ao alcance de um nano-segundo. E o contrário também é verdade. O que estamos aqui a fazer pode estar até on-line, em acompanhamento quasi-simultâneo. Enfim, o que queremos dizer é que a distância passou a ser um mito ou um mero atavismo mental.É por isso que não nos deve surpreender que a Universidade dos Açores, que fica na ilha Terceira (no caso); a Estação Agronómica Nacional, que fica na Quinta da Almoinha, e a revista científica Genome, que fica no Canadá e no espaço virtual, de um momento para o outro apareçam ligadas numa descoberta importante para a humanidade, que tem a ver com o enraizamento local das castas que produzem vinho e uva de mesa, reescrevendo-se assim a História à escala mundial. O que se estranha - e mais uma vez trazemos este assunto à nossa primeira coluna - é a incapacidade que a Universidade dos Açores continua a manifestar quando se trata de promover a investigação de qualidade que produz e que se perde para a opinião pública, deixando-se passar uma imagem menos boa e de menor capacidade que só alguns na nossa sociedade sabem não corresponder, no geral, à nossa universidade. Muito do que se sabe da UA é por acaso, numa esquina. E isto nem sequer é justo.
(in Diário Insular)

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The taxonomic status and the geographical relationships of the Macaronesian endemic moss Fissidens luisieri based on DNA sequence data

Olaf Werner a, Jairo Patiño b, Juana MarÍa González–Mancebo b, Rosalina Maria de Almeida Gabriel c, and Rosa MarÍa Ros d
a- Departamento de Biología Vegetal, Facultad de Biología, Universidad de Murcia, Campus de Espinardo, 30100 Murcia, Spain
b-Departamento de Biología Vegetal (Botánica), Universidad de La Laguna, C/ Astrofísico Francisco Sánchez s/n, 38071 La Laguna, Tenerife, Islas Canarias, Spain
c-Departamento de Ciências Agrarias, CITAA, Universidade dos Açores, P-9702 Angra do Heroísmo Codex, Açores, Portugal
d-Departamento de Biología Vegetal, Facultad de Biología, Universidad de Murcia, Campus de Espinardo, 30100 Murcia, Spain .


The taxonomic identity and the geographical relationships of the Macaronesian endemic moss Fissidens luisieri have been studied using the chloroplast trnGUCC intron, the spacer between trnM and trnV, together with the trnV intron and ITS1 and ITS2 sequences. A comparison of F. luisieri with the most closely related species, F. serrulatus, from the same geographical areas reveals that the distribution pattern of F. serrulatus and F. luisieri, rather than their morphological differences, explains the observed differences. Therefore, we conclude that both names correspond to the same species. One of the primers for the chloroplast trnGUCC intron and both primers for the trnM–trnV region were designed for this study; they can all be widely used within bryophytes because they provide similar degrees of variability as other regions of the chloroplast genome such as the atpB–rbcL intergenic spacer.

(in The Bryologist)

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sexta-feira, agosto 28, 2009

Curso Intensivo de Segurança e Defesa

O “Curso Intensivo de Segurança e Defesa” (CISEDE) que se vai realizar na Região Autónoma dos Açores é uma iniciativa do Instituto da Defesa Nacional em colaboração com a Universidade dos Açores e conta com o alto patrocínio do Governo Regional dos Açores.Este Curso sem encargos para os auditores, pretende contribuir para a formação de uma elite atenta, informada, sensibilizada e assim melhor habilitada a intervir em questões relacionadas com a segurança e defesa nacional e internacional numa acepção abrangente e integrada, constituindo uma importante valorização de carreira pelos conhecimentos e informação que proporciona, promovendo igualmente o espírito de grupo e contribuindo para uma futura melhor articulação sectorial entre os decisores.

Objectivos
Facultar aos auditores conhecimentos para uma reflexão mais esclarecida sobre o conceito abrangente e integrado de Segurança e Defesa Nacional;
Sensibilizar os auditores para um melhor desempenho de futuras funções de responsabilidade;
Aprofundar a informação e o conhecimento dos auditores de forma a sensibilizá-los para a difusão consciente do espírito de defesa;
Proporcionar o contacto mútuo em áreas de interesse para a segurança e defesa entre auditores de formações académicas, experiências e áreas profissionais diversificadas.

Destinatários
O CISEDE destina-se, prioritariamente, ao universo dos cidadãos portugueses residentes nas regiões autónomas e que satisfaçam os critérios gerais de selecção.

Critérios de Selecção
Critérios Gerais
Podem ser admitidos à frequência do CISEDE todos os cidadãos portugueses, de ambos os sexos com idade superior a 23 anos.
Critérios Especiais
Terão prioridade, pela ordem seguidamente referida, as candidaturas que favoreçam:
A qualidade do curriculum;
A diversidade geográfica;
A diversidade socioprofissional e académica.

Candidaturas
O período de candidaturas individuais ao CISEDE - Açores decorre entre 01 de Setembro e 02 de Outubro de 2009.
As candidaturas são formalizadas através do preenchimento e envio por e-mail, para o IDN, da ficha de candidatura dentro do prazo estabelecido pelo concurso.
As candidaturas só serão consideradas, se incluírem todos os documentos indicados.
As candidaturas individuais são apreciadas por uma Comissão de Selecção.

Estrutura
O CISEDE tem um formato modular estando previstos no seu curriculum a existência de três módulos com a duração de três manhãs ou tardes cada. Os módulos terão como temas gerais: “O Quadro Geral de Segurança e Defesa”; “A Politica de Defesa Nacional” e “A Realidade Regional no campo da Segurança e Defesa”.

Funcionamento
O Curso decorrerá nas instalações da Universidade dos Açores, mais concretamente nos pólos de Ponta Delgada e de Angra do Heroísmo em simultâneo com recurso a videoconferência. As conferências serão ministradas a partir dos dois pólos e do IDN Lisboa quando tal se justifique

Contactos
Instituto da Defesa NacionalDivisão de PlaneamentoCalçada das Necessidades, nº 5 - 1399-017 LisboaTelf. 213924600 / 43 / 45 / 90Email: planeamento1@idn.mdn.gov.pt
(in Instituto da Defesa Nacional)

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Orchestina furcillata Wunderlich, 2008


Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Família: Oonopidae
Género: Orchestina
Nome comum: Aranha
Nome da espécie: Orchestina furcillata Wunderlich, 2008
Endémica dos Açores: Sim

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Videiras não foram domesticadas na Mesopotâmia

A domesticação das videiras selvagens não aconteceu exclusivamente entre os rios Eufrates e Tigre, na Terra Fértil, garante um estudo da Universidade dos Açores agora publicado na revista Genome.
O trabalho do Centro de Biotecnologia da universidade açoriana prova que as castas actualmente existentes em Portugal - inclusivé as que são emblemáticas dos Açores, como o verdelho - resultam da domesticação de videiras selvagens europeias.O trabalho sustenta que Portugal, Espanha e Itália constituiram importantes centros de domesticação de videiras selvagens depois do último glaciar.Neste estudo, os investigadores admitem que a casta verdelho, que predominou nos Açores até finais do século XIX, altura em que quase foi destruída pela filoxera, pode ter sido domesticada em Portugal Continental e não no Mediterrâneo, como dizem alguns historiadores. O debate está em aberto, lê-se no estudo, mas esta casta é diferente das italianas "Verdecchio" e "Verdeca" e da espanhola "Verdejo".O verdelho, que voltou a ter alguma expressão em ilhas como o Pico, a Terceira e a Graciosa, gera um vinho de mesa frutado e um licoroso que deu fama aos Açores, chegando a ser servido na Corte da Rússia e à mesa do Papa.

(in Armando Mendes, Antena 1)

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quinta-feira, agosto 27, 2009

Pós-graduação em GESTÃO DE UNIDADES DE SAÚDE na Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo

As alterações decorrentes da revolução industrial, nomeadamente na área da saúde, conduziram ao desenvolvimento de novas tecnologias e à necessidade de aquisição de novas competências para responder aos desafios da sociedade actual. Estes desafios ao contextualizarem-se nos sistemas de saúde reflectem-se nos mesmos e, influenciarão na gestão das instituições.
Estas alterações sociais levam os responsáveis, pela organização das unidades de saúde, a assumirem responsabilidades acrescidas na gestão das mesmas, onde desempenham um papel fundamental na garantia da qualidade da prestação de cuidados.
A qualificação dos recursos humanos das organizações pressupõe formação contínua e, a aquisição de conhecimento na área de gestão deve ser uma preocupação de todos os responsáveis por unidades de saúde.
Cada vez mais se espera dos gestores uma atitude proactiva, pelo que é de valorizar na formação destes profissionais, além de conhecimentos técnicos, capacidade de liderança nas organizações e de motivação dos colaboradores, capacidade de fomentar a multidisciplinaridade e de promover a inovação, entre outras. Por conseguinte, torna-se pertinente o desenvolvimento e aperfeiçoamento de competências nos gestores que sejam conducentes para um adequado desempenho. Atendendo a este facto, o processo formativo em gestão deverá contribuir para criar um quadro de referência que abranja algumas dimensões, designadamente do tipo técnico, humano e conceptual.
Procura-se, pois, com esta pós-graduação dar resposta aos anseios de profissionais que pretendam aprofundar a sua preparação científica no âmbito da gestão em saúde.

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XX R.U.A - Ponta Delgada, 28,29 e 30 de Agosto

Todos os anos, desde 1990, um grupo de antigos alunos da Universidade dos Açores (UAç) reúne-se para relembrar os momentos mais significativos da sua passagem pela instituição nos agora saudosos anos 80 do Século XX. A Reunião de Universitários dos Açores (RUA) junta sempre algumas dezenas de antigos alunos, quase todos do Continente, no último fim-de-semana de Agosto. Este ano, o vigésimo encontro tem edição especial: Ponta Delgada foi o local escolhido.Programa28 de Agosto 14h- 1ª concentração (Campo de S. Francisco) e passeio pela cidade na Lagarta e pelos arredores em autocarro aberto da Geo Fun; 17h- 2ª concentração (Portas do Mar – Baía dos Anjos);19h- Missa por intenção dos antigos alunos já falecidos (Igreja de S. Pedro);20h- Jantar convívio com Tunídeos e Tunalhos (Cantina da Universidade dos Açores);29 de Agosto10h- Concentração e partida para as Furnas; 13h- Almoço (Cozido das Furnas no Restaurante do Parque Campismo); 18h- Visita à Fabrica de Chá do Porto Formoso; 20h- Rali da Tasca; 30 de Agosto14.30 e 15.30 - Visita à Gruta do CarvãoA INSCRIÇÃO É OBRIGATÓRIAruacores@gmail.comhttp://ruac.blogs.sapo.ptAPOIOS: UNIVERSIDADE DOS AÇORES, SATA-INTERNACIONAL, Câmara Municipal de Ribeira Grande, Câmara Municipal de Ponta Delgada, Direcção Regional do Turismo.

(in Tunalhos)

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António Ventura quer Angra “mais próxima” das oportunidades da Europa

O candidato à presidência da câmara de Angra do Heroísmo pelo PSD, António Ventura, propôs esta manhã a criação “de um centro de recursos europeu, para estreitar laços de cooperação entre a Europa e o município”, numa iniciativa “que possibilitará estarmos próximos da Europa, que fará aproveitar melhor as oportunidades da Europa, dará a conhecer o concelho fora de portas de outro modo”, assumiu. Falando em conferência de imprensa, Ventura disse querer “participar no grande desafio da inovação e da globalização, que exige ao poder local um permanente relacionamento europeu e internacional, sendo que o concelho de Angra tem vencer este desafio, aproximando-se da Europa de um modo que optimize todas as oportunidades económicas, sociais, ambientais, energéticas, cientificas, entre outras, que são produzidas no âmbito da União Europeia”, explicou.Segundo o candidato, “interessa estabelecer uma política de proximidade, com vista a posicionar a câmara municipal de Angra na vanguarda das iniciativas europeias, colocando o concelho de Angra e a ilha Terceira na Europa pelas potencialidades de que dispõe”, explicou, defendendo que “devemos ser parceiros de um progresso que seja inclusivo, construindo pontes com o exterior, deixando de estar à margem dessa realidade como agora acontece”, disse.“Queremos instalar, ao nível do município, um espaço de contactos e conexões efectivas, de captação de recursos e de articulação com o centro das grandes decisões da União Europeia, ou seja, Bruxelas”. Para “que exista um relacionamento com o parlamento europeu, com a comissão europeia e com as demais instituições”, de modo a “impulsionar e a captar todas as iniciativas a favor do desenvolvimento do concelho”.A um nível internacional, “pretende-se que o referido centro seja um meio de articulação, de acompanhamento e fortalecimento em áreas como a geminação de cidades ou redes de cidades, permitindo novas funcionalidades, reconhecimento e afirmação à escala global”, disse, acrescentando que “conhecer e dar a conhecer será, com tempo e presença, uma prioridade do município, pois Angra possui uma riqueza singular capaz de gerar intercâmbios e estabelecer parcerias com as mais diversas cidades europeias”, explicou. António Ventura elegeu como principal elemento desse contacto “os nossos eurodeputados, muito em especial Maria do Céu Patrão Neves, que trabalhará de modo a estabelecer uma ligação directa entre o município e a Europa, isto para além de uma parceria com o Europe Direct, da Universidade dos Açores, com que vamos cooperar para optimizar as comunicações com a União Europeia”, explicou.Presente na conferência de imprensa esteve a eurodeputada social-democrata, que sublinhou ser “uma honra poder associar-se ao projecto, sendo que as boas ideias são sempre fáceis de apadrinhar”, afirmou, assumindo que “a nossa condição de arquipélago, nomeadamente a condição geográfica, não se pode traduzir noutros aspectos, nomeadamente ao nível humano e político, onde temos de estabelecer aberturas para todas as iniciativas que tragam novas oportunidades e novas valências à região”, explicou.Referindo “esta necessidade que nós temos de ligação ao exterior”, Maria do Céu Patrão Neves disse que “os Açores querem abrir-se ao todo europeu, num presente constante que pode estar connosco, desde que agarremos as oportunidades e saibamos em que moldes o podemos fazer“Esse centro a criar em Angra, espaço de vigilância e acompanhamento, permitirá um permanente contacto com o que se passa ao nível da União Europeia, vai maximizar as oportunidades de candidaturas, de integração, enfim de assumirmos a Europa aqui, ao invés da eterna queixa de complexidade ao nível da atribuição de apoios”.A eurodeputada destacou ainda “Angra como uma cidade, pela sua história e prestígio ao nível do espaço europeu, que pode integrar o leque de cidades de elite, dadas as suas características”, pelo que “mais facilmente o concelho pode daí retirar vantagens, num conjunto que pode ser uma mais valia para os Açores, pelo que acredito todos os angrenses, terceirenses e açorianos estarão empenhados neste projecto”, concluiu Patrão Neves.
(in A União)

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quarta-feira, agosto 26, 2009

Projecto Barqueira - Apresentação Final (parte II)

O Projecto Barqueira foi uma iniciativa desenvolvida em Área de Projecto no ano lectivo 2008/2009 pelo grupo Forças Ondulatórias Com Aplicações Marítimas (F.O.C.A.M.), constituído por Ana Rocha, Cl...
O Projecto Barqueira foi uma iniciativa desenvolvida em Área de Projecto no ano lectivo 2008/2009 pelo grupo Forças Ondulatórias Com Aplicações Marítimas (F.O.C.A.M.), constituído por Ana Rocha, Cláudia Ávila, Diogo Brandão e Rui Ormonde, alunos da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade de Angra do Heroísmo (ilha Terceira, Açores).

A iniciativa consistia na tentativa empírica de aproveitar o potencial energético associado às ondas para, armazenando-o sob a forma de energia potencial elástico, fazer locomover uma embarcação. Um dos produtos finais foi, portanto, uma maqueta funcional que tentasse demonstrar este princípio, sendo o outro um manual descritivo da sua estrutura e funcionamento (disponível, juntamente com esta apresentação, em http://cid-cbbc13fc6f2f7609.skydrive....

Esta apresentação contextualiza e explica o projecto, nomeadamente a nível das aplicações que uma embarcação de porte real, inspirada na nossa maqueta, poderia ter na sociedade, do perfil ecológico da mesma, do impacto negativo que as ondas sempre tiveram na navegação, dos materiais usados (essencialmente reutilizados) para a construção do protótipo e, por fim, da construção da maqueta, com os diversos desafios técnicos, testes e subsequentes aprimoramentos.

Esperamos que gostem!

Grupo F.O.C.A.M.

Agradecimentos:
Professora Tânia Fonseca
Professora Margarida Alves
Universidade dos Açores Professor Félix Rodrigues
EDA Engenheiro Miguel Aires
LAMTec Engenheiro Emanuel Barcelos
Ecoteca Hélder Xavier e Ricardo Ávila
Câmara Municipal de Angra do Heroísmo Dra. Andreia Cardoso
PSP de Angra do Heroísmo
Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo
Casa Cristal
Auto Simosa
Ananias Contente
Carlos Ormonde
Fábio Lemos
Família Brandão
Família Ávila - Emanuel e Marcelo Ávila

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Projecto Barqueira - Apresentação Final (parte I)

O Projecto Barqueira foi uma iniciativa desenvolvida em Área de Projecto no ano lectivo em Área de Projecto no ano lectivo 2008/2009 pelo grupo Forças Ondulatórias Com Aplicações Marítimas (F.O.C.A.M.), constituído por Ana Rocha, Cláudia Ávila, Diogo Brandão e Rui Ormonde, alunos da Escola Secundária Jerónimo Emiliano de Andrade de Angra do Heroísmo (ilha Terceira, Açores).

A iniciativa consistia na tentativa empírica de aproveitar o potencial energético associado às ondas para, armazenando-o sob a forma de energia potencial elástico, fazer locomover uma embarcação. Um dos produtos finais foi, portanto, uma maqueta funcional que tentasse demonstrar este princípio, sendo o outro um manual descritivo da sua estrutura e funcionamento (disponível, juntamente com esta apresentação, em http://cid-cbbc13fc6f2f7609.skydrive....

Esta apresentação contextualiza e explica o projecto, nomeadamente a nível das aplicações que uma embarcação de porte real, inspirada na nossa maqueta, poderia ter na sociedade, do perfil ecológico da mesma, do impacto negativo que as ondas sempre tiveram na navegação, dos materiais usados (essencialmente reutilizados) para a construção do protótipo e, por fim, da construção da maqueta, com os diversos desafios técnicos, testes e subsequentes aprimoramentos.

Esperamos que gostem!

Grupo F.O.C.A.M.

Agradecimentos:
Professora Tânia Fonseca
Professora Margarida Alves
Universidade dos Açores Professor Félix Rodrigues
EDA Engenheiro Miguel Aires
LAMTec Engenheiro Emanuel Barcelos
Ecoteca Hélder Xavier e Ricardo Ávila
Câmara Municipal de Angra do Heroísmo Dra. Andreia Cardoso
PSP de Angra do Heroísmo
Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo
Casa Cristal
Auto Simosa
Ananias Contente
Carlos Ormonde
Fábio Lemos
Família Brandão
Família Ávila - Emanuel e Marcelo Ávila
Categoria: Ciência e tecnologia

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Aloconota sulcifrons (Stephens, 1832)

Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Coleoptera
Família: Staphylinidae
Género: Aloconota
Nome comum: Escaravelho
Nome da espécie: Aloconota sulcifrons (Stephens, 1832)
Endémica dos Açores: Não

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terça-feira, agosto 25, 2009

Banco de ideias para estimular empreendedorismo jovem

O candidato à presidência da câmara de Angra do Heroísmo pelo PSD, António Ventura, propôs esta manhã a criação “de um banco de ideias para o concelho”, uma iniciativa que representa “um estímulo à inovação e à criatividade, funcionando como força para a existência de emprego, e assumindo-se também, como um contributo no âmbito do ano europeu da criatividade e da inovação”, explicouFalando esta manhã, em conferência de imprensa, Ventura disse querer “proporcionar condições para aqueles que não têm emprego, condições financeiras ou tempo para implementar uma boa ideia de negócio, ajudando-os a encontrar um meio para divulgar essas ideias e alguém que se interesse por elas”, o que passará “pelo banco de ideias de Angra que, fundamentalmente, fará face ao drama do desemprego, pois são cada vez mais os jovens licenciados à procura de primeiro emprego, os desempregados de longa duração, as situações de emprego precário e os que querem trabalho e não o conseguem”, adiantou.“Pretende-se criar um sistema de registo de projectos inovadores, capazes de provocar interesse junto a possíveis investidores, proporcionando o encontro entre os promotores das ideias e esses investidores. Assim será facilitado o contacto entre quem tem ideias de negócio, mas não possui disponibilidade financeira para a sua implementação”, revelou.“O banco de ideias visa recolher as boas ideias dos jovens do concelho e encontrar parceiros para elas, promovendo assim o empreendedorismo local, e dando a conhecer esses projectos inovadores, no âmbito de intercâmbios com outras cidades e no âmbito de fóruns de debate”, disse o candidato, que acredita poder assim “promover uma dinâmica de participação regional, nacional e europeia para a informação dos projectos e a respectiva captação de investidores”. Recordando que este ano se comemora “o ano europeu da criatividade e da inovação, que pretende sensibilizar os cidadãos para a importância da criatividade e da inovação enquanto competências chave do desenvolvimento pessoal, social e económico”, o social-democrata candidato à autarquia angrense quer a câmara como “mediadora entre os interessados, promovendo o diálogo para conhecimento dos negócios entre as partes”. Segundo António Ventura, a proposta agora lançada, vem juntar-se “a um leque de iniciativas que a nossa candidatura dedicou aos jovens do concelho, desde logo o programa “Viver Aqui”, que designa um conjunto de incentivos para a fixação de Jovens no Concelho”, o Programa “Ciência”, que determina “uma colaboração directa com a universidade dos Açores para a devida assessoria técnica e científica, ao nível do empreendedorismo”, assim como a criação “de um centro empresarial jovem”, baseado numa nova vertente de âmbito estrutural, proporcionando uma casa comum capaz de oferecer determinados serviços administrativos e libertando o jovem empreendedor de alguns encargos”, explicou.O social-democrata avançou ainda que “uma das formas de proporcionar um ponto de encontro entre as ideias e os investidores, será a divulgação junto das associações de “Business Angels” - grupos de capitalistas que cobrem as necessidades de financiamento e acompanham os projectos com a sua experiência –“, sendo que, em Portugal “existe a Associação Portuguesa Business Angels (APBA), com vários clubes pelo país, cuja principal missão é desenvolver o espírito do empreendedorismo e contribuir para o crescimento de uma economia vibrante e inovadora”.Para o candidato, será com o mote da referida associação “que considera ser esta a melhor oportunidade para investidores experientes poderem apoiar novos empresários na perseguição dos seus sonhos”, que será estabelecido “um regulamento municipal para o banco de ideias do concelho de Angra do Heroísmo, numa iniciativa que será fulcral para desenvolver a nossa terra e para nela fixar mais jovens”, concluiu.

(In http://www.acores.net/)

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Estudantes da Universidade dos Açores vão poder recorrer ao Provedor

A Política também é para nós?

Celina Miguel
Sou professora do primeiro ciclo do ensino básico e este ano, na minha escola, foi-nos sugerido que organizássemos o trabalho da turma em torno dos interesses e necessidades dos alunos, mas procurando desenvolver um valor humano. Optei por abordar o valor da “diferença”, porque entendo que a diferença é um valor a respeitar e a promover!
Posteriormente, Félix Rodrigues, pediu-me que, de forma desapaixonada, discorresse sobre o tema “como a política é importante para nós”. Aceitei o desafio e centrei-me na minha experiência educativa. Neste artigo procurarei ressalvar o valor da diferença que existe na política e que se plasma, nomeadamente, na variedade de ideais, partidos e pessoas – especialmente aquelas que manifestam publicamente discordância face a uma posição do governo ou do respectivo partido.O político, em particular, deve, a meu ver, marcar a diferença na forma como defende os direitos e deveres do nosso País, mas é aos adultos, em geral, que cabe a tarefa de “politizar”, ou seja, trabalhar pela formação política dos indivíduos e pela sua consciencialização relativamente à realidade política que os cerca.Enquanto cidadã, em geral, e professora, em particular, procuro que os meus alunos percebam que quando ouvem um qualquer vizinho comentar – “Eu não voto porque os políticos são todos iguais!” – devem saber discernir se aquela generalização extremista é merecedora de atenção. Isto é, se reflecte insatisfação de alguém que se sente “lesado” porque penalizado por uma determinada lei ou se é apenas uma frase-feita ao “sabor da onda” usada para camuflar ignorância política. Qualquer que seja o caso importa reter que é possível manifestarmo-nos a favor ou contra uma determinada decisão política em locais e momentos apropriados para esse efeito. Uma definição de “política” dada pelos meus alunos classifica-a como “a habilidade de alcançar objectivos através de relações humanas” pois é isso que mais observam nas campanhas eleitorais: políticos a cumprimentar “o povo” e o povo a enunciar as suas angústias e preocupações, muito embora não possamos afirmar se essas relações em concreto irão surtir os efeitos desejados.É por isso que acho que a política também é para nós, para que saibamos ler nas entrelinhas destes cenários, perceber o que se pretende com eles, se contribuem de alguma forma para a política que há-de ser seguida daí em diante ou se são meros espectáculos de ilusionismo dissimulado. Não obstante a finalidade das campanhas eleitorais o que importa reter é que nesses momentos também nós – “o povo” – podemos e devemos dar, como os políticos, a cara pelos nossos ideais. Num País como o nosso qualquer cidadão (político ou eleitor) tem o direito – se não o dever – de manifestar conscientemente o seu agrado ou descontentamento relativamente a uma decisão sobre qualquer questão, mas sobremaneira naquelas que se repercutem no futuro do seu país – e a isso chamamos Democracia!Os actores deste palco que é a política são tão necessários quanto os dos restantes palcos da vida, pois todos nós, para vivermos em sociedade temos de representar um determinado papel! Contudo, se formos capazes de reclamar, também temos de ser capazes de reconhecer a coragem e perseverança com que alguns políticos se dedicam a determinadas causas que defendem com unhas e dentes. Para que nos tornemos cidadãos conscientes é preciso ouvir notícias do nosso País e do Mundo, assistir a debates entre candidatos, oposição e aspirantes a qualquer um destes cargos, tomar conhecimento das suas intenções, interpretar discursos de modo a perceber se as promessas que eles veiculam são pura demagogia, ou antes anseios de algum sonhador (que merece ou não o benefício da dúvida já que alguém disse que “o sonho comanda a vida”!)… ou se são puras trocas de benesses (e neste caso para o conseguirmos interpretar temos de dominar termos como astúcia/ardil/lobby/complô/corrupção, entre tantos outros…). Só então estaremos aptos a formar opinião, com base em argumentos concretos e não “ao sabor da onda”. É por isso que penso que a política também é para nós, porque são os políticos que elegemos que vão representar a nossa vontade nas tomadas de decisão que determinam o futuro do nosso País e, por conseguinte, a qualidade da vida que nele poderemos ter. Ora se a política do País em que vivemos define a forma como viveremos, então precisa da nossa intervenção activa, como políticos ou como eleitores! Na minha opinião o valor da diferença na política reside precisamente na quantidade de pareceres que possam garantir a qualidade das decisões que contribuem para o desenvolvimento do nosso País… e quantos mais pensadores houver melhor organizo o meu próprio pensamento.Um cidadão consciente toma parte em cada acto político da sociedade em que se integra: vota a favor ou contra, ou em branco, mas não deixa de manifestar a sua opinião, demitindo-se deliberadamente da abstenção porque a assumi-la seria a ausência total ou a inexistência de consciência. Dubito, ergo cogito, ergo sum: "Eu duvido, logo penso, logo existo" era já a conclusão do filósofo e matemático francês Descartes, pelo que, se tanto duvida, aquele cidadão nosso vizinho, como todos nós, deve votar!

(In Diário Insular)

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segunda-feira, agosto 24, 2009

Interesse pelo ensino superior aumenta na Região

O programa de acesso a maiores de 23 anos permite que quem não tenha concluído o 12º ano possa candidatar-se ao ensino superior. Os resultados têm sido surpreendentemente positivos.

Desde que abriu o programa de Acesso ao Ensino Superior para Maiores de 23 Anos, na Universidade dos Açores, o número de candidatos a entrar na academia açoriana tem vindo a aumentar. Este sistema permite que pessoas que não tenham concluído o ensino secundário possam concorrer ao ensino superior, não que sem antes tenham de efectuar provas avaliativas dos seus conhecimentos.Só este ano, candidataram-se a este programa de acesso 448 pessoas, sendo que todas elas tiveram, depois, de passar por várias provas até obterem o resultado final que lhes permitiu, ou não, candidatarem-se ao ensino superior.Destas provas, consta um exame - numa determinada disciplina que permite a entrada no curso pretendido - e uma entrevista, para além da análise que é feita ao currículo do candidato. Em termos de avaliação, o exame vale 60%, enquanto a entrevista conta 40% da nota final. Mas, se à partida a tarefa parece fácil, na prática a exigência é bastante maior. Os exames, em algumas disciplinas, estão longe de serem fáceis, principalmente para pessoas que já não estudam há largos anos.Em relação às entrevistas, estas são efectuadas pelos directores dos cursos em que o candidato pretende entrar, revelando-se, por vezes, também bastante exigentes.Ainda no que toca aos exames, estes são realizados nas disciplinas de Sociologia, Português, Psicologia, Matemática, História, Física, Economia, Desenho e Biologia, devendo o candidato realizar o teste correspondente ao curso em que quer entrar.Ao nível de cursos, o oferta formativa é bastante abrangente, podendo os candidatos escolher qual deles quer frequentar.Desta forma, quem realizar o exame de Biologia poderá candidatar-se aos cursos de Ciências da Nutrição (Preparatórios), Enfermagem, Ciências Farmacêuticas (Preparatórios), Biologia, Ciências Agrárias, Engenharia e Gestão do Ambiente, Psicologia, Guias da Natureza, Informática - Redes e Multimédia, Ciências Biológicas e da Saúde, Educação Básica, Ciências de Engenharia - Engenharia Informática e de Computadores (Preparatórios) e de Energias Renováveis.O exame de português, um dos mais procurados, este ano, (principalmente pela saída que tem ao nível cursos), dá a possibilidade do candidato entrar num dos seguintes cursos: Enfermagem, Psicologia, Serviço Social, Turismo, Comunicação Social e Cultura, Estudos Europeus e Política Internacional, Património Cultural, Relações Públicas e Comunicação, Educação Básica e, também, Sociologia.A oferta formativa é ainda mais abrangente, podendo a mesma ser consultada na página que a Universidade dos Açores tem disponível na Internet, em http://www.acesso23.uac.pt.Sendo os candidatos obrigados a obter uma nota entre os dez e os 20 valores para serem aprovados, refira-se que, caso reprovem, poderão sempre solicitar uma reapreciação da nota obtida, tendo para isso de pagar as despesas relativas ao pedido.
Academia promove cursos de preparação
Para auxiliar todos aqueles que pretendem concorrer ao ensino superior através do programa de Acesso a Maiores de 23, a Universidade dos Açores realiza, no período que antecede a realização dos exames, alguns cursos preparatórios.Este ano, realizaram-se cursos de preparação nas disciplinas de Matemática e Português. Com um número mínimo de dez alunos, os cursos têm um custo de 200 euros e uma duração de 60 horas, sendo os mesmos realizados em horário pós-laboral, para que os interessados possam frequentá-los sem prejuízo das suas vidas profissionais.

(in PEDRO BOTELHOpedrobotelho9@hotmail.com, Expresso das Nove)

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Schrankia costaestrigalis (Stephens, 1834)


Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Noctuidae
Género: Schrankia
Nome comum: Traça
Nome da espécie: Schrankia costaestrigalis (Stephens, 1834)
Endémica dos Açores: Não

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Estudantes da Universidade dos Açores vão poder recorrer ao Provedor

Reclamações sobre notas ou bolsas de estudo passam a ser feitas ao Provedor do Estudante, cargo recém-criado na Universidade dos Açores.
João Madruga, o primeiro Provedor nomeado pelo reitor, será uma espécie de mediador entre o estudante e a universidade.Terá a seu cargo 4000 alunos.

(in RTP-Açores)

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domingo, agosto 23, 2009

Haplodrassus signifer (C.L. Koch, 1839)

Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Arachnida
Ordem: Araneae
Família: Gnaphosidae
Género: Haplodrassus
Nome comum: Aranha
Nome da espécie: Haplodrassus signifer (C.L. Koch, 1839)
Endémica dos Açores: Não

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PROIBIÇÃO DA CAÇA AO CACHALOTE

Passados mais de 20 anos da proibição da caça ao cachalote nos Açores, Adolfo Lima, Secretário Regional da Agricultura e Pescas de então, relembra a forma abrupta como a situação se desenrolou. Adolfo Lima acusa mesmo o Governo da República da altura de traição. A Região defendia a continuação da caça tradicional, no entanto, numa atitude com uma certa soberanceria, o Governo central ignorou os pedidos dos líderes açorianos.“Fomos atraiçoados pelo Governo central, uma vez que a nossa posição era frontalmente a favor da continuação da caça ao cachalote”, frisa.Foi por volta de 1986 que a Comissão Baleeira Internacional se reuniu na Islândia para debater o assunto. Na altura os Açores eram a única região do país em que se praticava a caça à baleia, neste caso ao cachalote. Ainda assim, o Governo Regional não teve voto na matéria. Na altura, um representante do Secretário Regional da Agricultura e Pescas teve direito a assistir ao encontro, mas apenas como observador. Era o Governo central que representava os interesses de Portugal. Ignorando as justificações da Região, o Governo da República assinou a moratória que proíbe a caça de qualquer tipo de baleias. “Eu nessa altura manifestei-me contra a proibição. Nas reuniões que tive demonstrei que não havia nenhum perigo de carácter biológico para o cachalote”, lembra Adolfo Lima. Países como a Noruega, por exemplo, contestaram as medidas impostas pela Convenção Internacional para a Regulação da Actividade Baleeira. O país nórdico retomou a sua actividade comercial em 1993, alegando que a decisão não foi baseada num parecer fundamentado do Comité Científico da Comissão Baleeira Internacional.Para o antigo secretário regional, o Governo central agiu mal. “Nessa altura o Governo da República não se portou bem nessa matéria, não ouviu as razões técnicas e científicas que justificavam a continuação da caça”, acusa.Adolfo Lima queixa-se ainda da falta de justificações por parte do Governo da República. “As justificações foram não existentes, digamos assim”, aponta.Mesmo passadas mais de duas décadas do sucedido, o antigo secretário regional continua a afirmar a sua posição. Adolfo Lima garante que não havia nenhuma razão biológica para o fim da baleação nos Açores. Mais grave do que isso, o antigo responsável pelas pescas dos Açores considera que a decisão “trouxe perdas irreparáveis para a cultura açoriana”. “A Região ficou amputada de um património cultural único no mundo”, reforça. O fim da caça à baleia aconteceu de forma abrupta. Era sobretudo na ilha do Pico que a actividade ainda estava vincada. Os caçadores foram apanhados de surpresa. Naquela épocaLaura Serpa realizou uma tese de mestrado sobre a baleação na ilha. “Baleia – Sustento e Prazer”, datado de 2000 fala sobre a forma como os baleeiros reagiram à proibição. Para a técnica superior do Museu do Pico foi a pressão dos órgão de comunicação social que mais pesou na decisão. “No início dos anos 80 começam os primeiros sinais. Revistas internacionais condenam a prática, dita ‘assassina’, porque fazia sofrer o animal ‘cachalote’, durante horas a fio até à morte”, assinala na tese.No entanto, já nessa altura a baleação se assumia mais como um movimento cultural do que como fonte de subsistência. O óleo da baleia foi substituído e perdendo cada vez mais o seu valor comercial. “Quando a caça ao cachalote foi proibida nos Açores já se caçavam poucos animais, porque a caça à baleia nessa época tinha perdido algum interesse económico”, aponta Adolfo Lima. Ainda assim, o processo decorreu em várias etapas. De acordo com o antigo Secretário Regional da Agricultura e Pescas, houve primeiro uma moratória que permitia a caça nos Açores, por se tratar de uma caça artesanal, que recorria apenas ao arpão. No entanto, esta moratória teve fim dentro de pouco tempo. Os governantes regionais ainda tentaram conseguir uma licença com justificação científica, para que se pudesse caçar cachalotes apenas com fins científicos. No entanto, a autorização não foi concedida. Associado à proibição da caça, houve ainda um boicote à comercialização de óleos provenientes de cetáceos, que agravou ainda mais a situação fragilizada da indústria baleeira.
ARGUMENTOS PRÓ E CONTRA A REACTIVAÇÃO DA ACTIVIDADE
Recuperação da caça ao cachalotecontinua a gerar debate nos Açores
Nos últimos tempos tem-se debatido cada vez mais a possibilidade de reactivar a caça à baleia nos Açores. O tema é polémico e reúne opiniões diversas. Se por um lado há quem acredita na recuperação da tradição, outros mais pessimistas dizem que hoje seria impossível retomar os velhos costumes. Adolfo Lima mostra-se a favor do regresso da tradição, embora reconheça que tal só seria possível com uma escola, que tivesse antigos baleeiros a supervisionar a actividade. Já o biólogo marinho João Pedro Barreiros apresenta uma visão mais pessimista. Para o professor da Universidade dos Açores a tradição é irrecuperável. Quem também se mostra favorável ao retorno da caça são os antigos baleeiros. Já são poucos os que ainda se recordam dos tempos em que caçavam cachalotes, mas dizem-se aptos a transmitir conhecimentos às gerações mais novas, desde que a arte fosse rigorosamente igual à desenvolvida antigamente. Os que defendem a recuperação da actividade apresentam como principal argumento o facto de não existirem quaisquer entraves de ordem biológica. O próprio João Pedro Barreiros admite que a está em perigo, nem a nível mundial, nem nos Açores. “O cachalote é uma espécie com distribuição cosmopolita, ocorre em todos os oceanos do mundo. A população mundial está calculada entre 300 mil e 600 mil indivíduos”, afirma. O segundo argumento é de ordem cultural. “Acho que se ainda fosse possível retomar a tradição era uma coisa de facto maravilhosa, em termos das nossas particularidades culturais”, defende Adolfo Lima.Já os do lado oposto, dizem que, hoje, seria difícil encontrar pessoas que estivessem aptas para praticar caça ao cachalote na Região. No entanto, o principal factor é mesmo a pressão política. “Os obstáculos imensos que uma tentativa de voltar a caçar cachalotes ira causar seriam imensos. Não vejo que haja essa hipótese”, defende João Pedro Barreiros. “Acho que a questão de voltar à baleação é completamente utópica neste momento”, reafirma. Num ponto os dois estão em sintonia. O whale whacthing não vem substituir a caça ao cachalote. Segundo João Pedro Barreiros é possível mesmo coordenar as duas, como acontece noutros países. “A Noruega continua a fazer baleação dirigida à baleia anã e tem uma indústria pujante de observação de cetáceos”, exemplifica. João Pedro Barreiros defende que o assunto deveria ser discutido num debate com todos os interessados na matéria, em que fossem apresentados todos os argumentos. Segundo o professor da Universidade dos Açores, deveriam ser ouvido “biólogos, responsáveis políticos da época em que a caça foi proibida e actuais, historiadores, sociólogos”, entre outros e acentua que o tema deveria ser abordado com seriedade.

(in Diário Insular)

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sábado, agosto 22, 2009

Finalistas dos cursos profissionais são poucos para a crescente procura

O Director Regional do Trabalho, Qualificação Profissional e Defesa do Consumidor aconselha empresas a repensarem estratégias de recrutamento e adaptarem-se às leis do mercado.
Há empresas nos Açores que não foram a tempo de recrutar estagiários, embora os anúncios proliferem nos jornais e não existam dados oficiais que confirmem este fenómeno que começa a ganhar alguma dimensão na Região. “São cerca de 2000 aqueles que terminam, por ano, os cursos técnico- profissionais e apenas 200 estão a fazer Estagiar T, uma vez que os restantes já foram recrutados pelas empresas onde fizeram os estágios, ao longo do curso, através das Escolas Profissionais”, explica Rui Bettencourt, ao ser confrontado com esta realidade, adiantando que até ao final deste mês ainda estão a receber candidaturas, neste sentido. “O número de estagiários de cursos profissionais situa-se na casa dos 200, no entanto, tem-se vindo a verificar uma diminuição de candidatos, porque o recrutamento começa, mesmo antes de terem terminado o curso, pelo facto das empresas já conhecerem o seu trabalho, através de pequenos estágios que decorrem ao longo do curso”, acrescenta ainda o Director Regional, mostrando estar a par da situação. Rui Bettencourt refere ainda que, “só abrimos cursos, após sabermos quais são as verdadeiras necessidades do tipo de profissionais que as empresas mais necessitam”, deixando o conselho aos empresários, que agora se encontram sem resposta deste tipo de profissionais a “contratarem esses finalistas dos cursos técnico-profissionais, uma vez que uma grande parte já nem passa pelos estágios, sendo directamente contratada, pelas escolas profissionais, através das empresas.
Tradutores para congressos ainda vêm do Continente, lembra Director Regional
Quanto aos finalistas licenciados, que somam um total de 300 por ano, nos Açores, de acordo com o Rui Bettencourt, “50 por cento demonstra vontade em seguir para Mestrado de Bolonha”. Quisemos saber o que se passa com os estagiários após concluírem a seu estágio e constatamos que “após 6 meses, em média, 87 por cento está a trabalhar”, sem contudo ser possível precisar, se o fazem na sua área de formação, esclareceu. A este respeito, ficamos a saber que não existem dados que confirmem a situação dos licenciados no mercado de trabalho açoriano, uma vez que “as empresas nos seus quadros, não são obrigadas a colocar as áreas de formação profissional”, explica o Director, acrescentando que isto só seria possível se as universidades fizessem esse acompanhamento, por um lado, e ou por outro, os licenciados respondessem aos inquéritos que lhe são enviados via correio, através da Direcção Regional Trabalho, Qualificação Profissional e Defesa do Consumidor. Relativamente aos licenciados, adiantou ainda Rui Bettencourt que “35 por cento estão em áreas que não é a sua, como é o caso de Professores e Biólogos, que estão na área do turismo, a desempenhar funções de Guias ou em empresas de Whale Watching”, sublinhando a necessidade que existe de reconversão de certas licenciaturas e alertando para o facto de, ainda ser preciso mandar vir de fora tradutores para dar resposta à necessidades dos congressos que têm lugar, por exemplo, na Universidade dos Açores.

(in Diário dos Açores)

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Myathropa florea (Linnaeus, 1758)


Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Diptera
Família: Syrphidae
Género: Myathropa
Nome comum: Mosca
Nome da espécie: Myathropa florea (Linnaeus, 1758)
Endémica dos Açores: Não

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sexta-feira, agosto 21, 2009

Gene Expression Programming in Problem Solving

Cândida Ferreira

Departamento de Ciências Agrárias
Universidade dos Açores
9701-851, Angra do Heroísmo, Portugal
candidaf@gene-expression-programming.com
http://www.gene-expression-programming.com/

In this work, the recently invented learning algorithm, gene expression programming, will be introduced focusing mainly on problem solving. Besides a simple introductory example, I chose two relatively complex test problems of symbolic regression. One of these problems was chosen in an attempt to shed some light on the question of constant creation in models discovered with learning algorithms and to provide a palpable measure of the accuracy of the evolved models and the efficiency of the algorithms. The chosen problems also show how gene expression programming is capable of modeling complex realities with great accuracy, allowing, at the same time, the extraction of knowledge from the evolved models.

(In 6th Online World Conference on Soft Computing in Industrial Applications)

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Até as crianças percebem: Uma opinião Ilustrada

Félix Rodrigues


Há falta de esclarecimento político na nossa sociedade, tendo-se, por vezes, uma visão estereotipada da política, dos partidos políticos e dos políticos.A diversidade de pensamento, os distintos graus de ingenuidade, os diferentes graus de distracção e a divergente capacidade crítica, tornam a população portuguesa dissemelhante, tendo, como é sabido, influências pré-indo-europeias da Ibéria (como tartessos e outras anteriores) e seus descendentes (como os cónios, posteriormente “celtizados”); protoceltas e celtas (tais como os lusitanos, gallaici, celtici); alguns fenícios e cartagineses; romanos; suevos, búrios e visigodos, bem como alguns vândalos e alanos; bizantinos; berberes com alguns árabes e saqaliba (escravos eslavos); judeus sefarditas, africanos subsarianos e asiáticos. Politicamente, somos muito homogéneos, apesar de na hora do voto, anuirmos pela concordância das ideias, pela roupa que se usa, pela cara do candidato, pelo mérito do candidato, pela família dos candidatos e pela venda do voto, entre outras razões.Conclui-se que é importante a diversidade de opiniões e de éticas, pois só assim se tem uma correcta representatividade da população portuguesa.Uma menina do 4º ano de escolaridade consegue ter essa percepção e consegue captar também os diferentes estereótipos de políticos que existem na sociedade portuguesa.
Percebe-se, na ideia gráfica apresentada que a função da política é promover o bem-estar da população através de abaixamento de preços, aumento dos ordenados, aumento do emprego, políticas sociais de não marginalização de cidadãos, melhor saúde, melhor habitação, entre outras, mas também se percebe que é impossível cumprir em simultâneo todos esses objectivos. Assim, prometer o que se quer ouvir, não custa, o que custa é fazê-lo correctamente. A descrença ou o descontentamento com a política e com os políticos resulta da não correlação entre as expectativas criadas pelos cidadãos que elegeram determinados políticos e as políticas por eles implementadas.Há necessidade de tornar o discurso político realista e não contraditório. A crítica serve para o encontro da razão e de soluções que optimizem as estratégias. Se nenhum partido político está contra o abaixamento dos preços, porque razão não o fazem ou discordam entre si? Tal está relacionado com os impactos directos ou indirectos que uma política pode ter, uma vez que o abaixamento dos preços, por exemplo, leva a uma perda de rendimento dos produtores e comerciantes e como tal, a uma diminuição do emprego, a uma perda de rendimento de algumas famílias e a uma diminuição da qualidade dos produtos distribuídos. A solução passa pelo ponto óptimo dessa questão onde se equilibram distintas visões. Exige-se assim abertura de espírito, debate e capacidade de diálogo para encontrar esse ponto de equilíbrio. As oposições deveriam ser mais construtivas, se o executivo do momento for capaz de integrar diferentes perspectivas. O que verificamos é que nem sempre as oposições são construtivas, ou seja, não apresentam soluções credíveis, e quando o fazem, os governos não as aceitam. Tal tipo de acção política até é percebido por crianças de dez anos. O “carneirismo” ou “seguidismo” surge com o partidarismo, mas nem todo o “partidarista” é “carneirista”. Os estereótipos políticos resultam de cópias dos líderes e o que vemos, por vezes, é que as cabeças pensantes são actuantes, muitas outras, nem com chapéus ou turbantes. A política interessa-nos a todos, pois dela depende o nosso dia a dia, a nossa qualidade de vida, o nosso desenvolvimento. Não há desenvolvimento, sem envolvimento da sociedade. Compete a cada um de nós escolher modelos e actores políticos, distinguir a verdade da mentira ou o ilusionista do transparente.Votar é fácil, o que é difícil é escolher, e isso, até as crianças percebem. Os adultos devem utilizar a sua capacidade de decidir, pois já estão habituados a escolher entre os dilemas da sua vida.
(In Diário Insular)

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quinta-feira, agosto 20, 2009

Decisões importantes

Tomaz Dentinho

Aproximam-se duas eleições cruciais para a vida dos portugueses. As eleições nacionais importam porque têm a ver com a saída de duas crises: - a que o país atravessa há uma década fruto da crença nos subsídios internos e externos; - e a crise que nos foi trazida de fora, resultado das utopias da sociedade de informação, da mobilidade de baixos custos energéticos e das virtudes ilimitadas dos mercados financeiros globais. As eleições municipais são também fundamentais pois verificam-se na passagem de paradigma em que o desenvolvimento local era feito com o apoio externo para um conceito segundo o qual o desenvolvimento local depende da competitividade que cada município conseguir enraizar em si para concorrer no espaço nacional, europeu e internacional. A questão política não é tanto de saber como gastar as verbas públicas captadas pelos impostos para afectar na saúde, na educação, nas infra-estruturas, no ambiente ou no condicionamento das actividades. Na verdade essas verbas estão actualmente consignadas a gastos fixos não sobrando grande espaço de manobra para a afectar a outros gastos. A questão é outra e é fundamental que sejam abordadas durante as campanhas. Aliás, a cada promessa nos domínios da saúde, da educação, das infra-estruturas, do ambiente ou da regulação, os jornalistas e eleitores deveriam perguntar quais são os seus custos e quem é que vai pagar.
As questões que importa abordar são: a) Como é que as cadeias de valor enraizadas ou a enraizar em Portugal se querem situar na recuperação da crise global, em que a China, o Brasil, a Índia e Angola vão passar a ter um papel crescente, relativizando os nossos posicionamentos face à Europa e aos Estados Unidos? Será possível agregar investigadores, militares, santos e comerciantes nesses novos serviços ao mundo? b) Qual o papel dos municípios da Angra Universitária, da Praia Logística, de Ponta Delgada Agrícola, da Horta Marítima, da Graciosa Turística, de Santa Maria Aeroespacial ou do Corvo Cavaleiro nesta dinâmica global e local?
A certeza que temos é que a escolha consciente de cada um há-de resultar na melhor combinação de representações na Assembleia da República, nas Assembleias Municipais, nas Assembleias de Freguesia e nas Assembleias Camarárias.
(in A União)

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ATÉ 27 DE NOVEMBRO Angra comemora 475 anos de elevação a cidade

No ano em que se comemoram 475 anos da elevação de Angra do Heroísmo a cidade, autarquia vai levar a cabo um programa de celebrações até Novembro com actividades desportivas, exposições, espectáculos musicais, lançamento de Cd´s comemorativos entre outras actividades.
As celebrações têm o seu início no próximo dia 21 de Agosto e estendem-se até 27 de Novembro.
Na conferência de imprensa de apresentação das comemorações da elevação a cidade, Andreia Cardoso, presidente da Câmara de Angra do Heroísmo realçou que o programa pretende destacar “ o papel histórico da cidade e algumas das suas características culturais e naturais mais distintivas no contexto regional e nacional”. Potenciar recursos naturais

Questionada sobre o que entende ser o papel actual de Angra no contexto regional e nacional, a autarca afirmou não concordar com os que dizem que a cidade perdeu peso, defendendo que “ se transformou em função da realidade económica e da própria sociedade, não podemos é continuar a olhar para a Angra do século XVI”. Andreia Cardoso foi mais longe, dizendo que a cidade “”apresenta características únicas no contexto da região e do país”.
Assim, a presidente defende que Angra do Heroísmo deve apostar em explorar o seu património arquitectónico e natura, argumentando que o futuro do turismo no concelho não pode passar apenas pela zona classificada como Património da Humanidade no centro da cidade, mas necessariamente, por divulgar a riqueza natural do concelho.
“ Angra tem características ideias para a prática de mergulho, não só na baia da cidade mas ao largo do concelho, pelo que temos que potenciar a nossa zona costeira”, afirmou Andreia Cardoso.

Programa

As comemorações começam a dia 21 de Agosto pelas 18h15 com a cerimónia de abertura da III Taça das Nações de Futsal- Angra 475 anos no Pavilhão Municipal. Este torneio, que junta Sporting Clube de Portugal, KMF Dínamo de Moscovo, FC Southern Maryland, Futbol Sala Cartagena, GDB BIC e UFC Munster decorre até ao próximo domingo.
Dia 21 de Agosto abre também ao público a exposição “ Património Subaquático da baía de Angra do Heroísmo” de Luís Quinta, patente na galeria do Palácio dos Capitães Generais, até 30 de Setembro.
Neste dia, nos Paços do Concelho, tem lugar a abertura do posto filatélico com o selo comemorativo da elevação a cidade (20h30) e meia hora depois tem inicio a sessão solene dos 475 anos em que serão entregues medalhas de mérito municipal a Luís Brito de Azevedo, Marcelo Bettencourt e José Ribeiro Pinto. O primeiro dia encerra com um concerto na Praça Velha da Orquestra Angrajazz com a convidada especial Paula Oliveira, a partir das 22h30.
No sábado, 22, pelas dez da manhã tem lugar a cerimónia de atribuição do nome de Luís Bretão ao Pavilhão Multiusos e pelas 18h00 são distribuídos os prémios do concurso escolar “ Angra do Heroísmo – 475 anos de História” nos Paços do Concelho.
Dia 3 de Setembro pelas 18h00 é lançado o CD “ Pezinho dos bezerros da Terceira”, de Paulo Henrique da Silva, às 21h30 no edifico da Câmara Municipal. No mesmo local e à mesma hora, a 11 de Setembro, é apresentado o CD multimédia “ Ícones Ambientais do Concelho de Angra do Heroísmo”, de Paulo Henrique Silva e Félix Rodrigues e uma conferência do professor António Frias Martins.
A 18 de Setembro é a vez do lançamento do livro “ Angra do Heroísmo: Arquitectura do Século XX e Memória Colectiva”, da autoria de Paulo Duarte Melo Gouveia.
Já em Novembro, no dia 6 abre ao público a 1ª Mostra Filatélica “ Pérolas do Atlântico”, em exposição no Centro Cultural e de Congressos, até 15 do mesmo mês. No domingo seguinte, 8 de Novembro, a Sé de Angra recebe pelas 21h00 o concerto comemorativo dos 475 anos de Angra Cidade e Diocese e no dia seguinte tem lugar a conferência “ A música na corte do Rio de Janeiro – Memória de D. Pedro IV em Angra”, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Do programa fazem ainda parte as aulas abertas sobre História, a cargo de Mário Cabral, dia 25 de Setembro, Mário Rodrigues a 30 de Outubro e Avelino Meneses a 27 de Novembro, sempre no pequeno auditório do Centro Cultural e de Congresso a partir das 20h30.
(in A União)

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quarta-feira, agosto 19, 2009

INE vai criar 1726 ‘empregos’

O Instituto Nacional de Estatística vai criar 1726 postos de trabalho, durante seis meses, para conseguir levar a cabo o Recenseamento Agrícola de 2009.
São 186 os técnicos locais e 1540 os entrevistadores necessários em todo o País para a realização do inquérito, obrigatório em todos os países da União Europeia. O trabalho tem por objectivo traçar o panorama da agricultura nacional, fazendo uma ‘radiografia’ às suas características. A recolha da informação será feita durante cerca de seis meses, entre Novembro deste ano e Maio de 2010. Para o lugar de técnico, o INE exige aos candidatos habilitações, preferencialmente superiores, na área das Ciências Agrárias e carta de condução, oferecendo-lhes um contrato de trabalho a termo. O salário será pago de acordo com a tabela em vigor no instituto. Em termos de distribuição, 35 técnicos seriam contratados para a região de Entre Douro e Minho, 34 para Trás-os-Montes, 38 para a Beira Litoral, 22 para a Beira Interior, 27 para as áreas do Ribatejo e Oeste, 16 para o Alentejo, oito para o Algarve e seis para os Açores.
Quanto aos entrevistadores, o trabalho funciona em regime de part-time e é prestado a recibo verde, sendo exigido o 11º ano. Cada entrevista vale 15 euros. Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes e Beira Litoral são as zonas onde há mais vagas.
(in Diana Ramos - Correio da Manhã)

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Xantholinus longiventris Heer, 1839

Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Coleoptera
Família: Staphylinidae
Género: Xantholinus
Nome comum: Escaravelho
Nome da espécie: Xantholinus longiventris Heer, 1839
Endémica dos Açores: Não

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CANDIDATOS DO BE Guerreiro em Angra e Mendes na Praia

Orlando Guerreiro (32 anos), Engenheiro do Ambiente, e mestrando no Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, é o candidato do Bloco de Esquerda para a Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, enquanto que Paulo Sousa Mendes (30 anos), Psicólogo, é o cabeça-de-lista à autarquia da Praia da Vitória.
A lista para a Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo e Assembleia de Freguesia de São Pedro é encabeçada por Ricardo Toste, que é Mecânico de Manutenção e tem 38 anos de idade.
A lista para a Assembleia de Freguesia de Santa Luzia, Angra do Heroísmo, é liderada por Eulália Bendito, que é Ajudante de Creche e Jardim-de-Infância e tem 48 anos de idade.
A lista para a Assembleia de freguesia da Terra-Chã é encabeçada por Dário Silva que é trabalhador/estudante e tem 23 anos de idade.
A apresentação das listas para a Câmara de Angra do Heroísmo realizou-se, no dia 25 de Agosto.

(In A União)

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terça-feira, agosto 18, 2009

20ª Reunião de Universitários dos Açores

Ponta Delgada, 28, 29 e 30 de Agosto de 2009.


28 de Agosto
14h- 1ª concentração (Campo de S. Francisco) e passeio pela cidade na Lagarta e pelos arredores em autocarro aberto da Geo Fun;
17h- 2ª concentração (Portas do Mar – Baía dos Anjos);
19h- Missa por intenção dos antigos alunos já falecidos (Igreja de S. Pedro);
20h- Jantar convívio com Tunídeos e Tunalhos (Cantina da Universidade dos Açores);
29 de Agosto
10h- Concentração e partida para as Furnas;
13h- Almoço (Cozido das Furnas no Restaurante do Parque Campismo);
18h- Visita à Fabrica de Chá do Porto Formoso;
20h- Rali da Tasca;
30 de Agosto
14.30 e 15.30 - Visita à Gruta do Carvão

A INSCRIÇÃO É OBRIGATÓRIA
ruacores@gmail.com
http://ruac.blogs.sapo.pt/

APOIOS:
UNIVERSIDADE DOS AÇORES,
SATA-INTERNACIONAL,
Câmara Municipal de Ribeira Grande,
Câmara Municipal de Ponta Delgada,
Direcção Regional do Turismo
(in http://ruac.blogs.sapo.pt/)

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Ruralidade terceirense

A ruralidade terceirense foi alvo de um estudo por parte de professores da Universidade dos Açores. " A Ruralidade em Contexto Insular: a sustentabilidade edificada ao ritmo dos afectos" deu nome à tese de mestrado de Eva Vidal, em Educação Ambiental. O trabalho centrou-se na freguesia do Raminho, uma das mais rurais da ilha, de acordo com os investigadores. Eva Vidal admite que o facto de ser professora no Raminho também pesou na escolha da freguesia, mas foram as características da população local que a chamaram à atenção. O estudo, que contou com a orientação de Félix Rodrigues, do departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores e de Cristina Palos, do departamento de Ciências da Educação, foi apresentado no 2º Congresso Lusófono de Ciência Regional, em Cabo Verde, com o nome “Desenvolvimento sustentável no mundo rural insular - Caso de estudo de uma comunidade da ilha Terceira”. O objectivo foi perceber como é que se reconfigurava a ruralidade na actualidade. Eva Vidal confessa, no entanto, que partiu de uma matriz errada quando começou a realizar o estudo. Cedo a investigadora se apercebeu que teria de a adaptar ao contexto rural insular. “A matriz de desenvolvimento que se preconizava para esta comunidade, numa fase inicial, inscrevia-se na linha de alguns modelos de análise utilizados na descrição de interpretação das transformações does espaços rurais”, revela.De acordo com a investigadora, a matriz inicial apelava a uma noção de desenvolvimento, baseada num modelo urbano, que defendia que a transformação dos meios rurais deveria ser feita segundo uma lógica de modernização, recorrendo à industrialização da agricultura e provocando a metamorfose da cultura local, por via da difusão tecnológica e dos valores urbanos. “Colocámos ênfase na dimensão económica do desenvolvimento”, explica.
OUTROS VALORESFoi no contacto com a população da freguesia, que Eva Vidal se apercebeu que para os raminhenses o desenvolvimento económico não se apresentava como uma prioridade. As crenças religiosas, o convívio inter-geracional e a preservação do ambiente são exemplos do que a população valoriza, acima dos bens materiais. Numa primeira análise, os investigadores interpretaram algumas das características do local de forma pejorativa. De acordo com a análise feita, o Raminho apresentava “ausência de emprego local, numa estrutura económica predominantemente baseada na agro-pecuária e na exploração leiteira”. A população apresentava também uma “elevada taxa de analfabetismo” e “baixos níveis de qualificação ou formação”, assim como uma “tendência demográfica recessiva”. Os investigadores registaram ainda uma “alteração da estrutura de emprego sinalizada pela importância que os sectores secundário e terciário assumem em detrimento do sector primário”. Estas características de “desvalorização dos problemas económicos e sociais locais” foram interpretadas como um sinal de “inércia, passividade, alheamento”, associados a “subdesenvolvimento e resistência à mudança”.No entanto, um conjunto de outros factores dava uma leitura contraditória da freguesia. Os habitantes defendiam, por exemplo, a “preservação do património natural, geomorfológico e cultural” e apresentavam “uma manifesta capacidade de mobilização dos movimentos associativos locais de cariz social e cultural”, assim como a “persistência de traços comunitários ancestrais, códigos de conduta e de valores marcados pela entreajuda, a união e a solidariedade inter-geracional”. Perante os dados contraditórios, os investigadores chegaram à conclusão de que era necessário adoptar um modelo que tivesse em consideração as singularidades do meio rural. “A sustentabilidade do espaço rural insular açoriano deve perspectivar-se nas dimensões temporais do presente e do futuro, em que a intervenção esteja conectada com a realidade de cada território. Devem procurar-se políticas de reconversão e não de ajustamento”, defende. Félix Rodrigues resume a constatação a uma frase. “A gente procurava uma lógica de desenvolvimento, mas eles procuravam uma lógica de envolvimento”, salienta. De acordo com o professor, a população não quer que o seu meio seja “artificializado”. O que os raminhenses querem é sentir-se mais “envolvidos” e “comprometidos” com a sua terra. SOLUÇÃOO estudo concluiu que o desenvolvimento da freguesia deve ser feito, tendo em conta a opinião dos seus moradores. “A abordagem tem de ser feita de modo informal, face a face, ombro a ombro com os habitantes, para percepcionar os sentidos e os significados que atribuem ao seu território”, defende a autora. É por isso que os raminhenses dão mais importância ao poder local. Em muitos casos, os populares sentem que existe falta de diálogo com outros decisores políticos, o que não lhes permite participar como desejam na tomada de decisões sobre a sua terra. Eva Vidal salienta também a existência de “líderes” na freguesia, pessoas admiradas e respeitadas por outras, que assumem essa posição de uma forma natural. “As orientações estratégicas comunitárias de desenvolvimento rural, através de alguns programas, introduzem possibilidades de governação inovadoras, baseadas em planos de desenvolvimento local, a partir de abordagens do tipo ‘bottom-up’, no desenvolvimento de parcerias, numa aproximação multi-sectorial, na implementação de cooperação e no desenvolvimento de redes inter-locais”, reforça.Os habitantes do Raminho têm ideias bem definidas sobre o que não querem ver implementado na sua freguesia. Para eles o desenvolvimento local não pode desestruturar as relações interpessoais nem as características típicas do local, como a paisagem e a tranquilidade, o ambiente e a liberdade, a harmonia e qualidade de vida ou a segurança.Félix Rodrigues salienta mesmo que muitos dos habitantes sugerem serem eles próprios a proporcionar visitas guiadas ao Raminho, serem guias turísticos de uma terra que conhecem melhor do que ninguém. Está vincada na população da freguesia a intenção de dar a conhecer a sua terra a quem passa por lá de visita. Fazem questão que os turistas guardem boas recordações do Raminho. “É necessário reforçar legitimidades, valorizar a capacidade interventiva, de mobilização e de decisão da população local, em quem reside a oportunidade de perseguir e acreditar na transformação e revitalização do seu espaço, com a vontade e as iniciativas locais, daqueles actores que melhor conhecem o seu território e o sentem como espaço de afectos. É necessário e inadiável unirem-se esforços, criarem-se compromissos com o poder público e incentivos externos para decidir a realização de projectos sustentáveis e indutores do progresso”, adianta a autora.O estudo centrou-se apenas numa freguesia do concelho de Angra, no entanto, os autores estão convencidos que tirariam conclusões semelhantes em outras freguesias rurais dos Açores, especialmente em ilhas de menor dimensão. A FREGUESIAOutrora Raminho dos Folhadais, a freguesia que serviu de base ao estudo, situa-se na costa noroeste da ilha Terceira, entre os Altares e a Serreta. O nome foi-lhe atribuído por ser uma terra fértil, mas de pequena dimensão, por oposição à fertilidade do Ramo Grande. Apesar dos transportes tornarem, hoje em dia, qualquer freguesia da Terceira próxima do centro urbano, noutros tempos, o Raminho estava isolado de Angra do Heroísmo. Foi esse isolamento que a tornou na freguesia mais rural da ilha. No entanto, o que distingue o Raminho de outras freguesias rurais é o facto de ter conseguido manter os mesmos valores e costumes ao longo dos anos. Eva Vidal salienta que hoje os raminhenses não vivem na terra por falta de opções. Fazem-no por escolha própria. Muitos dos que hoje habitam no Raminho, já passaram por cidades internacionais. A maior parte emigrou para os Estados Unidos da América. No entanto, apesar de lhes ter sido dada a hipótese de viver noutro sítio, voltaram à sua terra natal. Álamo de Oliveira é um desses habitantes. Natural do Raminho, o escritor já viveu fora da freguesia, mas optou por voltar. Vive no Raminho por escolha própria e não por obrigação. É a povo que lá vive que o cativa.“A terra tem sobretudo a sua gente, que é uma gente trabalhadora, afável, não são propriamente exploradores de intrigas, antes pelo contrário e isso quer a gente queira quer não, independentemente dos afectos que vamos criando com as pessoas, acaba por nos atrair”, revela.Álamo de Oliveira confirma que o Raminho soube trazer até aos dias de hoje as tradições de antigamente. “Já houve épocas de entusiasmos maiores, mas de qualquer maneira continuam a manter as suas tradições de forma quase exaustiva, mas ao mesmo tempo introduzindo algumas inovações, que vêm não só fazer com que essa tradição se perpetue e continue, como também vêm a melhorá-las em termos de qualidade”, salienta.“Quando eu falo em tradições estou a falar sobretudo da forma como eles ainda festejam o carnaval, há sempre um ou dois grupos a fazer bailinhos de carnaval, a maneira com ainda festejam as suas festas de verão, a maneira como realizam ainda os seus bodos…”, enumera.O escritor raminhense realça, no entanto, as capacidades intelectuais da população da freguesia. “Há outra particularidade extremamente interessante. É que o Raminho apesar de ser uma freguesia iminentemente rural, é uma freguesia com uma grande apetência cultural e intelectual. É talvez das freguesias da ilha, embora sendo pequena, que maior percentagem tem de gente formada nas áreas mais variadas das ciências e das letras”, reforça.Uma das tradições mais vincadas na sociedade do raminho é a procissão dos abalos. O evento decorre todos os anos a 31 de Maio, desde 1967, de forma a assinalar a crise sísmica decorrida nesse ano.“A procissão dos abalos mantém-se com a mesma força que tinha. Vai gente de todas as idades, crianças, jovens…Continua a ser uma procissão altamente participada. Trata-se de facto de uma promessa feita por pessoas do Raminho, há mais de 100 anos, que quer chova quer faça vento, continua a ser realizada naquele dia”, afirma Álamo de Oliveira.A procissão tem no entanto um cariz diferente das comuns manifestações religiosas da ilha. As diferenças são evidentes desde já no horário A procissão ocorre por volta das 6h00. Mas também vestuário é invulgar. Ao contrário do que é habitual, a população não se veste de forma mais requintada para celebrar o acontecimento. Vestem as roupas de trabalho, até porque mal acaba a procissão retornam às suas casas, ou em muitos casos, hoje em dia, às paragens de transportes públicos. Ninguém sai da Igreja e ninguém volta à Igreja. “Mudaram a hora inicial exactamente para que os jovens que tinham vontade de ir pudessem ir, porque aquela ruralidade que o Raminho já possuiu e já viveu está um pouco mais diluída, evidentemente. Há menos gente a trabalhar no campo, porque há muito mais gente a trabalhar fora. E portanto teve que se olhar aos horários dessas pessoas”, acentua.Esta passagem do testemunho de geração em geração ocorre de uma forma natural. A juventude mantém um diálogo aberto com os mais velhos, sem que seja necessário existir uma imposição. Para Eva Vidal, a Escola Primária do Raminho assume um papel fundamental, na continuidade desses valores.

(in DI-Revista)

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segunda-feira, agosto 17, 2009

Fala quem sabe (edição de 3 de Agosto)

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Fala quem sabe (edição de 10 de Agosto)

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domingo, agosto 16, 2009

Significant enhancements of nitrogen oxides, black carbon, and ozone in the North Atlantic lower free troposphere resulting from North American boreal

Martín M Val Department of Civil and Environmental Engineering, Michigan Technological University, Houghton, Mich
Honrath R E Department of Civil and Environmental Engineering, Michigan Technological University, Houghton, Mich
Owen R C Department of Civil and Environmental Engineering, Michigan Technological University, Houghton, Mich
Pfister G Atmospheric Chemistry Division, National Center for Atmospheric Research, Boulder, Colorado, USA
Fialho P Group of Chemistry and Physics of the Atmosphere, University of the Azores, Terra Chã, Portugal
Barata F Group of Chemistry and Physics of the Atmosphere, University of the Azores, Terra Chã, Portugal.

Extensive wildfires burned in northern North America during summer 2004, releasing large amounts of trace gases and aerosols into the atmosphere. Emissions from these wildfires frequently impacted the PICO-NARE station, a mountaintop site situated 6–15 days downwind from the fires in the Azores Islands. To assess the impacts of the boreal wildfire emissions on the levels of aerosol black carbon (BC), nitrogen oxides and O3 downwind from North America, we analyzed measurements of CO, BC, total reactive nitrogen oxides (NO y ), NO x (NO + NO2) and O3 made from June to September 2004 in combination with MOZART chemical transport model simulations. Long-range transport of boreal wildfire emissions resulted in large enhancements of CO, BC, NO y and NO x , with levels up to 250 ppbv, 665 ng m?3, 1100 pptv and 135 pptv, respectively. Enhancement ratios relative to CO were variable in the plumes sampled, most likely because of variations in wildfire emissions and removal processes during transport. Analyses of ΔBC/ΔCO, ΔNO y /ΔCO and ΔNO x /ΔCO ratios indicate that NO y and BC were on average efficiently exported in these plumes and suggest that decomposition of PAN to NO x was a significant source of NO x . High levels of NO x suggest continuing formation of O3 in these well-aged plumes. O3 levels were also significantly enhanced in the plumes, reaching up to 75 ppbv. Analysis of ΔO3/ΔCO ratios showed distinct behaviors of O3 in the plumes, which varied from significant to lower O3 production.

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