sábado, novembro 28, 2009

Térmitas em Santa Rita conhecidas dos americanos

As térmitas subterrâneas, junto à Base da Lajes, na ilha Terceira, já eram conhecidas pelos norte-americanos, desde os anos 90 do século passado.Uma investigação levada a cabo por peritos da Universidade dos Açores confirma que os norte-americanos tentaram eliminar as térmitas por sua conta e risco, mas falharam, e agora, a praga espalhou-se pelas habitações da zona de Santa Rita.No início do mês, o professor da Universidade dos Açores e especialista em térmitas, Paulo Borges, anunciava a descoberta de uma nova espécie na ilha Terceira, que tinha sido detectada em Outubro no âmbito de uma visita ao antigo bairro americano em Santa Rita.Ontem, em declarações à Antena 1-Açores, Paulo Borges adiantou que, aparentemente, as térmitas estariam alojadas numa só habitação, mas disse acreditar que a praga já se encontra disseminada por outras casas.Segundo o director do Grupo da Biodiversidade dos Açores, que desenvolve investigação sobre este insecto, a possível falta de persistência das autoridades norte-americanas no combate a este foco de infestação terá permitido a expansão da colónia.Paulo Borges admite que, agora, a luta contra esta térmita subterrânea poderá demorar entre 20 a 30 anos.Segundo a Antena 1-Açores, a existência desta térmita subterrânea em Santa Rita nunca foi transmitida pelas autoridades norte-americanas às entidades açorianas, nomeadamente à Câmara Municipal da Praia da Vitória ou à secretaria do Ambiente.Por sua vez, segundo a mesma fonte, o representante da Região Autónoma afirma que, pelo menos, desde 1996, não constam na Comissão Bilateral que acompanha o Acordo das Lajes, registos de qualquer ocorrência de térmitas que envolva a Base das Lajes.Nos Estados Unidos as térmitas subterrâneas são responsáveis por 80 por cento dos 2,2 milhões de dólares gastos todos os anos para o controle da praga.
(In Diário Insular)