sábado, janeiro 30, 2010

Alterações climáticas em debate em Ponta Delgada


As ilhas dos Açores estão mais vulneráveis às alterações climáticas e podem ser mais afectadas pelos ciclones e pelo degelo.
O alerta foi deixado esta sexta-feira pelo investigador da Universidade dos Açores, Félix Rodrigues, na abertura das XVII Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental que decorrem em Ponta Delgada.Perante as implicações das alterações climáticas, o especialista enfatiza na importância da responsabilidade individual.

(in Açoriano Oriental)

Félix Rodrigues aborda o clima em Jornadas : “Alterações climáticas são monstros que nos atormentam nos sonhos do presente”


No âmbito das XVII Jornadas de Educação Ambiental, Félix Rodrigues, do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores, vai apresentar hoje o tema das “Alterações Climáticas e os Novos Desafios”, numa época em que o investigador diz haver novos conceitos científicos e novas ordens sociais, também como novas moralidades. Deste modo, Félix Rodrigues considera que “lidamos com paradigmas (…) que resultaram em novos padrões, novos conceitos, novo conhecimento, e cada dilema, trouxe-nos mais moralidade num sentido próximo do desenvolvimento do raciocínio ou da reflexão moral (…)”. Neste sentido, as alterações climáticas aparecem responsáveis por um novo paradigma científico e social que, segundo explica no seu trabalho Félix Rodrigues, vivemos com o “pesadelo de sermos regidos pela teoria do caos ou da imprevisibilidade mecânica dos eventos naturais, por nos escapar todas as premissas do problema que temos que resolver”. Para além disso, o investigador aborda no seu trabalho, o facto de os desafios do novo paradigma ambiental e os dilemas da sociedade actual, no contexto das alterações climáticas globais, terem componentes científicas, sociais e morais, mas acima de tudo urgência na forma como se atinge um novo equilíbrio neste planeta em mudança rápida”. Para Félix Rodrigues, os novos desafios que advém das alterações climáticas, são “monstros que nos atormentam nos sonhos do presente, onde tornámos virtuais os pesadelos dos estrangeiros. Parece que só eles são atingidos pelas alterações climáticas”. Assim, para dar resposta aos desafios colocados pelas alterações climáticas globais, Félix Rodrigues considera ser necessário que haja uma racionalidade do consumidor; regras claras de ordenamento do território; busca incessante de fontes de energias renováveis; novas lógicas de mercado e, ainda, mudanças colectivas e individuais de atitudes; informação que desencadeie acções e a alteração dos quadros de valores ético-morais. Estes e outros temas vão estar debate ao longo das XVII Jornadas de Educação Ambiental, que se iniciaram ontem, dia 28, e prolongam-se até ao próximo domingo, dia 31 do corrente mês.

(in Correio dos Açores)

Tem hoje início,em Ponta Delgada,as XVII Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental


No ano internacional da Biodiversidade e da celebração da carta da Terra, a Aspea, Associação Portuguesa de Educação Ambiental, promove de hoje a domingo, as XVII Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental, subordinadas ao tema “Alterações Climáticas – Aprender para Agir” que vão ter lugar em Ponta Delgada.
A dinamização de actividades e propostas de educação do ambiente é um dos objectivos essenciais destas jornadas tal como afirma Fátima Matos Almeida, presidente da Aspea.A temática de estudo relaciona-se com aspectos morfológicos, botânicos e culturais. Por isso, a Aspea vai organizar além de conferências, oficinas, visitas guiadas pela ilha de São Miguel, nomeadamente pelo centro histórico de Ponta Delgada.
Em relação ao tema das jornadas, Fátima Matos assume que há ainda falta de reflexão por parte da população sobre este tema.
As XVII jornadas pedagógicas de educação ambiental da ASPEA intituladas “Alterações Climáticas – Aprender para agir” decorrem de hoje a domingo no hotel VIP, em Ponta Delgada e vão contar com a participação do professor Félix Rodrigues da Universidade dos Açores, Professor Pablo Meirada, Universidade de Santiago de Compostela e do director regional do Ambiente, entre outras personalidades.

(In Rádio Atlântida)

MIT, DOP E GOVERNO Estudo sobre consumo energético estuda Famílias Verdes nos Açores


Chama-se projecto Green Families – Famílias Verdes e vai estudar os consumos de energia eléctrica dos lares açorinos.Integrado no projecto Green Islands, desenvolvido pelo MIT-Portugal, Universidade dos Açores e Governo Regional, a iniciativa prevê um inquérito as consumos e o recrutamento de 120 agregados familiares para monitorizar os seus hábitos energéticos e os desempenhos dos aparelhos eléctricos existente numa habitação.
O programa Green Families – Famílias Verdes, enquadrado no projecto Green Islands desenvolvido pelo MIT – Portugal, em colaboração com a Universidade dos Açores e Governo Regional, vai estudar os consumos de energia eléctrica nos lares açorianos.Além de um inquérito aos hábitos dos açorianos no que diz respeito à utilização da electricidade, a iniciativa vai recrutar cem agregados familiares para a monitorização do seu consumo de energia eléctrica e outras 20 famílias para a avaliar o desempenho de equipamentos de micro-geração.Após a selecção de algumas famílias oriundas de todas as ilhas, serão instaladas pequenas caixas nas tomadas dos principais aparelhos eléctricos com o objectivo de serem registados os consumos horários. Estas caixas, segundo referem os promotores, serão totalmente gratuitas para as famílias, tendo ainda a vantagem das famílias seleccionadas “conhecerem exactamente os seus consumos e podendo, deste modo, adaptar os mesmos para reduzir a factura de energia eléctrica mensal”.
Objectivo: renováveis
O programa Famílias Verdes –Green Families visa, numa outra fase a instalação de equipamentos produtores de energia eléctrica a partir de fontes renováveis.O inquérito, actualmente em curso e cuja participação poderá ser feita em http://www.greenfamily.uac.pt, vai “auxiliar o processo de definição dos critérios que suportarão a selecção das famílias que irão participar no projecto”.“Ao preencher este inquérito estará garantida a confidencialidade das informações prestadas, sendo a informação recolhida apenas utilizada para os fins acima mencionados no âmbito do projecto Green Islands”, mencionam.Número de divisões, tipologia de lar, orientação das janelas, tipo de materiais das portas e janelas, isolamento térmico, existência ou não de aquecimento disponível – estas são algumas das questões colocadas no inquérito.De igual forma, a contabilização e a frequência da utilização de equipamentos como televisores, computadores, máquinas de lavar/secar roupa ou de loiça, frigoríficos, arcas congeladoras, desumidificadores, ares condicionados, piscinas, cisternas, sistemas de rega ou lâmpadas são outros dos elementos a avaliar.Os inquiridos indicarão qual a estação do ano que apresenta cuja factura de electricidade apresenta os valores mais elevados, os valores médios e horários de maior utilização.
Rede de monitorização
Este trabalho está englobado no Green Islands Field Energy Monitoring (GIFEM) que pressupõe a construção de uma rede de monitorização, em tempo real, do consumo de energia eléctrica e do desempenho de equipamentos de microgeração nas habitações açorianas.
Recordamos que o projecto Green Islands visa criar estratégias na área da sustentabilidade dos sistemas energéticos dos Açores, desenvolvendo o potencial tecnológico e energético em parceria com empresas nacionais e internacionais, bem como a sua implementação e demonstração nos Açores.
(Humberta Augusto haugusto@auniao.com)

sábado, janeiro 23, 2010

Como o choque tecnológico atrasa a inovação tecnológica

Tomaz Dentinho
A Universidade dos Açores está envolvida numa série de projectos associados às energias renováveis em colaboração com o Governo Regional e com o Programa MIT Portugal. Um desses projectos, no qual estou envolvido, tem a ver com a adopção de sistemas descentralizados de produção energia renovável, como painéis solares ou turbinas eólicas, a instalar em pequenas unidades produtivas distribuídas no território.
O espanto que tivemos com uma primeira análise da situação foi que, embora existam muitos estudos sobre a eficiência energética dos novos sistemas, quase nenhuns se arriscam a avançar para análise de custos de benefícios face aos sistemas tradicionais de abastecimento de energia eléctrica. A razão de ser desta lacuna manifesta na literatura científica sobre energias renováveis descentralizadas parece ser que estes processos estão longe de ser viáveis economicamente, quer do ponto de vista do investidor privado se não tiver subsídios, quer do ponto de vista público, se avaliarmos criteriosamente as externalidades negativas e positivas das várias alternativas. Mas isto dá-se porque o custo dos equipamentos e a sua manutenção é muito caro. Será porque a tecnologia está pouco desenvolvida ou será por outra razão?
O que pode ocorrer é isto. Por um lado, como as energias renováveis estão na moda, são subsidiadas e geram projectos de investigação, os técnicos e investigadores fazem apenas análises multi-critério e análises custo - efectividade que apenas seleccionam as melhores soluções de energia renovável mas não as comparam com as soluções existentes. Por outro lado, como as energias renováveis estão bonitinhas, subsidiadas e correctas do ponto de vista técnico e científico (embora com uma ciência parcial), aqueles que produzem esses equipamentos conseguem manter os preços altos explorando a renda da moda tecnológica; e isto quando, provavelmente, os preços poderiam ser mais baratos permitindo uma maior difusão das novas soluções energéticas. Em suma a política do Choque Tecnológico funciona contra a inovação tecnológica.

Como diz Paul Krugman, Prémio Nobel da Economia de 2008, para se fazer boa investigação é preciso: i) ouvir os gentios; neste caso os que questionam a viabilidade das energias renováveis); ii) questionar as questões; ou seja não se trata de atingir X% de energia renovável mas de perceber como pode ser adoptada); e iii) não ter medo de dizer disparates, nomeadamente escrevendo nos jornais.
(in A União)

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Zonas Húmidas explicadas na Universidade dos Açores


Com o Dia Mundial das Zonas Húmidas a aproximar-se, no dia 2 de Fevereiro, e com a crescente importância que estes ecossistemas têm vindo a revelar para os Açores, acentuado pela entrada próxima no Ano Internacional da Biodiversidade e a necessidade de sensibilizar para os serviços que eles nos prestam, o Gabinete de Ecologia Vegetal e Aplicada (GEVA) da Universidade dos Açores decidiu, com o apoio da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar, organizar um Workshop sobre as Turfeiras dos Açores e o seu restauro.
Para tal, pretende-se reunir, para discussão, troca de ideias e divulgação, alguns dos responsáveis pelas áreas de investigação do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores que mais se debruçam sobre este tema, bem como Técnicos da Área de Administração Ambiental do Governo e Autarquias e a sociedade em geral.Na apresentação deste workshop, Eduardo Dias, responsável pelo GEVA e pela organização do evento, referiu que “há que explicar em detalhe como funcionam estes ecossistemas e que serviços nos prestam porque, como sempre lá estiveram, podemos não dar o devido valor até ser tarde demais. Nos Açores, a disponibilidade da água e a sua qualidade e os níveis de biodiversidade estão intimamente ligados à existência de turfeiras. Há que preservá-las e o primeiro passo é conhece-las e entende-las.”Reconhecendo que estes ecossistemas são ainda largamente ignorados, decidiu-se, como um contributo para a sua promoção nos diferentes sectores de actividades ligadas ao Ambiente, associar ao workshop um Curso de Formação livre sobre a Ecologia e a Caracterização de Turfeiras. Este terá inicio na semana anterior e utilizará também a informação disponibilizada durante o workshop.O workshop servirá de oportunidade, igualmente, para o lançamento da Colecção de livros e relatórios editado pelo Herbário da Universidade dos Açores, "CADERNOS DE BOTÂNICA", com diversos volumes associados à temática do encontro.Nos Açores há 12 Sítios classificados pela Convenção Ramsar dada a sua importância para a preservação da vida selvagem associada às Zonas Húmidas. Entre estes, há diversos que têm como habitat central as turfeiras o que, segundo o director regional do Ambiente, Frederico Cardigos, “ao estarem classificadas por uma Convenção Internacional, dão-nos ainda mais uma responsabilidade e, para podermos corresponder, temos de criar regras de gestão assertivas, mas compatíveis com a utilização tradicional do património natural” acrescentando que “por diversas razões, há que recuperar algumas turfeiras nos Açores e, para isso, a informação inerente à componente de restauro deste workshop será fundamental.” Por iniciativa da Secretaria Regional do Ambiente e do Mar Rede de Ecotecas da, irão ser realizadas actividades em todas as ilhas do Arquipélago. Com estas actividades pretende-se dar a conhecer em maior detalhe as áreas Ramsar e a sua fulcral importância para o desenvolvimento sustentável da Região.Para mais informação, programa e inscrições, consulte o Portal do Governo ou a página do GEVA em http://www.angra.uac.pt/geva/Workshop_GEVA/index.htm

(in Canal de Notícias dos Açores)

quarta-feira, janeiro 20, 2010

Ano Internacional da Biodiversidade comemorado em Angra do Heroísmo


Cerca de 30 cientistas estrangeiros e nacionais vão estar presentes no ciclo de palestras que o CITAA- O Grupo da Biodiversidade dos Açores e o RCE AÇORES vão organizar, entre os meses de Abril e Novembro, em Angra do Heroísmo, para assinalar o Ano Internacional da Biodiversidade.
O programa, que inclui o lançamento de livros, oficinas temáticas e exposição, quer criar uma dinâmica na região que promova a sustentabilidade da biodiversidade.
O CITA-A – Grupo da Biodiversidade dos Açores e o RCE AÇORES (Centro Regional de Peritos em Educação para o Desenvolvimento Sustentável) vão organizar diversas iniciativas entre os meses de Abril e Novembro para assinalar o Ano Internacional da Biodiversidade, comemorado em 2010.
Os eventos, concentrados em Angra do Heroísmo, estão subordinados à temática: “Conhecer e proteger a natureza: 2010 Ano Internacional da Biodiversidade”.
Prevê-se a vinda de cerca de 20 cientistas estrangeiros, 11 cientistas nacionais e ainda dez alunos de doutoramento do CITA-A.
Entre as principais iniciativas está a realização de um ciclo de conferências, com entradas gratuitas, a decorrer no Campus da Universidade dos Açores no Pico da Urze, entre as 17H30 e as 19H30, de preferência às sextas-feiras, que abordarão temáticas como a conservação, agroecologia, biogeografia, gestão de pragas, ecofisiologia, entre outras.
Segundo o responsável pelo o CITAA, o docente Paulo Borges, a iniciativa “reveste-se da maior importância para a promoção da Biodiversidade dos Açores localmente e no exterior”.
“Os Açores estão a promover um turismo de qualidade virado para a Biodiversidade do arquipélago, pelo que se reveste da maior importância dar a conhecer a estudantes e professores de vários níveis de ensino aspectos relacionados com a gestão dos ecossistemas insulares”, referiu.
O responsável espera-se que este evento crie “uma dinâmica nos Açores promovendo a Biodiversidade e a Sustentabilidade”, estando previsto o lançamento de publicações, realização de oficinas temáticas e de uma exposição (ver coluna).
Palestras sobre os mais recentes estudos
“Os cientistas convidados são investigadores de reconhecido mérito nas suas áreas de saber e participar nas suas palestras será uma maneira de aprender acerca dos avanços mais recentes da ciência sobre a biodiversidade em ilhas e conservação”, refere o comité organizador.
Além destes cientistas, alguns investigadores pós-graduados também apresentarão os resultados dos seus mais recentes estudos relacionados com a biodiversidade dos Açores.
“As palestras interessarão a uma audiência bastante diversificada, incluindo estudantes, educadores, gestores da conservação, operadores turísticos, ambientalistas, investigadores e o público em geral”, referem.
Para o CITA-A “esta oportunidade é reforçada pela responsabilidade de fazermos parte do RCE AÇORES (Centro Regional de Peritos em Educação para o Desenvolvimento Sustentável) e pelas políticas publicamente expressas pelo Governo Regional dos Açores”.
Possibilitar a discussão e a promover o interesse da comunidade pela biodiversidade é, denotam, o principal desiderato.
Biodiversidade das ilhas galardoada
Segundo informou o professor universitário, a equipa organizadora liderada por investigadores do Grupo da Biodiversidade dos Açores do CITA-A recebeu nos últimos dois anos dois galardões relacionados com a promoção da Biodiversidade dos Açores, respectivamente o prémio BES - Biodiversidade 2008 com o projecto: “Predicting extinctions on oceanic islands: arthropods and bryophytes, do qual resultou uma publicação (Borges P.A.V. & Gabriel, R.G. (2009). Predicting extinctions on oceanic islands: arthropods and bryophytes. Universidade dos Açores.) e a atribuição pela UNESCO do RCE Açores – Centro Regional de Peritos em Desenvolvimento Sustentável nos Açores que tem como missão apoiar uma rede de organizações e indivíduos comprometidos com a educação para o desenvolvimento regional sustentável, dentro e entre as várias ilhas do arquipélago dos Açores.
O RCE Açores apoia projectos que permitam aos cidadãos reflectir sobre as suas relações com o ambiente natural e social e procura disseminar o seu conhecimento e experiência de sustentabilidade a todos os sectores da população.
(in Humberta Augusto - A União)

domingo, janeiro 17, 2010

XVII Jornadas Pedagógicas da ASPEA


Alterações Climáticas – Aprender para Agir
no Ano Internacional da Biodiversidade e da Celebração da Carta da Terra +10integrando a II Jornada Internacional do Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global
LOCAL: Ponta Delgada, AçoresDATA: 28 a 31 de Janeiro de 2010DESTINATÁRIOS: Educadores, Professores, Técnicos de Educação Ambiental, ONG, Autarquias, Universidades•Acreditação das Jornadas - 0,8 créditos (em processo de acreditação)PRINCIPAIS OBJECTIVOS:• Alargar o conhecimento sobre as questões sócio-ambientais actuais• Promover a divulgação de estudos e investigações sobre os novos desenvolvimentos da Educação Ambiental• Realçar o papel das Instituições, empresas, ONG e sociedade civil nas preocupações ambientais actuais• Participar na formação de educadores em Educação Ambiental• Promover experiências de aprendizagem activa em temas transversais• Reflectir sobre as implicações das Alterações Climáticas na BiodiversidadeTÓPICOS:• Que saberes para a educação do futuro?• Estabelecendo pontes entre Educação Ambiental e Educação para o Desenvolvimento• O papel dos educadores no presente e no futuro da Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis• Comunicar e ensinar sobre as Alterações Climáticas• Aprender para a Sustentabilidade – Para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio• Alterações Climáticas – implicações para a Educação• Biodiversidade e Alterações Climáticas• A Educação Ambiental – do acto isolado à partilha com outrosAs Jornadas irão ainda proporcionar aos participantes oportunidade de partilhar experiências e reflexões sobre as questões em análise, bem como estabelecer redes de cooperação entre si.
O programa é aliciante, vamos contar com a participação do Professor Dr Fernando Nobre da AMI, do Professor Dr António Félix Rodrigues da Universidade dos Açores e do Professor Dr Pablo Meira da Universidade de Santiago de Compostela, entre outros ilustres comunicadores.Tal como em anos anteriores, os professores poderão aproveitar ainda esta oportunidade para obter 0,8 créditos, eventualmente necessários para a progressão na carreira.Não deixe de participar!Ajude-nos a divulgar este evento!Fátima Matos AlmeidaASPEA - Associação Portuguesa de Educação AmbientalCaretakers of the Environment International/PortugalAffiliate of the Earth Charterhttp://www.aspea.org/.

sábado, janeiro 16, 2010

EM ANGRA DO HEROÍSMO Exposição fotográfica exibe fenómenos da astronomia


Composta por vinte imagens ordenadas desde o corpo mais próximo da terra ao mais longínquo está a exposição “Hubble” no Centro de Ciência de Angra do Heroísmo, com fotografias que variam entre os anos de 1995 e 2009, tiradas pelo telescópio espacial.

Comemorando o vigésimo aniversário da existência do telescópio espacial Hubble, a exposição conta com variadas imagens captadas pelo mesmo onde são aplicados diferentes filtros de modo a apresentar diversas observações astronómicas.
Acolhida pelo Centro de Ciência de Angra mas com a parceria de Miguel Ferreira, astrofísico da Universidade dos Açores e da Direcção Regional de Ciência, Tecnologia e Comunicações (DRCTC), as imagens na apresentação, para além de educativas, pretendem cativar o público, de forma a que possam encantar-se com os mais belos e variados fenómenos universais.
Formada por um conjunto que vai desde a fotografia à pura física, a exposição apresenta desde as mais distantes galáxias gigantescas, quer ao pormenor como interagindo umas com as outras, a enxames de milhões de estrelas, assim como alguns dos planetas da nossa galáxia em momentos excepcionais e sortidas nebulosas, mostrando desta forma o contributo do Hubble para o conhecimento universal actual que temos.
Os responsáveis pelo Centro de Ciência de Angra do Heroísmo pretendem que a exposição percorra várias ilhas dos Açores a fim de dar a conhecer a exuberância astronómica captada pelo telescópio Hubble.
(in Ana Isa Cabral anaisa@auniao.com em A União)

sexta-feira, janeiro 15, 2010

Turfeiras cada vez mais degradadas nos Açores


O desconhecimento, por parte da população em geral, da importância que as turfeiras têm para os Açores está a provocar a destruição e alteração destes ecossistemas.Estudos efectuados nos Açores mostram que uma parte relevante das turfeiras estão degradadas e uma parcela considerável das mesmas foi já transformada.Na ilha Terceira, apenas 25% das turfeiras Sphagnum se encontra em estado selvagem sem sinais de distúrbio por acção humana.“Em 2008, quando tivemos os problemas de falta de água, falou-se muito em turfeiras. Contudo, ainda existe um grande desconhecimento sobre a importância destes ecossistemas”, afirma Cândida Mendes, oradora no “Workshop em turfeiras e o seu restauro” que decorre de 28 de Janeiro a 5 de Fevereiro.“Estas formações têm um papel fulcral na retenção e promoção da qualidade da água”, explica a especialista.De facto, a água armazenada e libertada pelas turfeiras contribui para o aumento dos níveis freáticos, prevenindo assim a seca durante as estações quentes.Por outro lado, “estes ecossistemas funcionam como “esponjas” que promovem a limpeza da água, salvaguardando a sua qualidade”, disse Cândida Mendes.As turfeiras funcionam ainda como um dos maiores reservatório de carbono do planeta. Assim, o reconhecimento dos Açores como sumidouros de carbono poderá diminuir a quantidade de créditos que o país tem vindo a comprar.As turfeiras estão amplamente distribuídas pela Região, menos nas ilhas Graciosa e Sta. Maria. Na Terceira, a Serra de Sta. Bárbara é um dos locais onde se encontram estes ecossistemas em estado natural.
WORKSHOP NA UACÉ a necessidade de preservação das turfeiras e a promoção de um maior conhecimento sobre estes ecossistemas que leva à realização do curso de formação e workshop em restauro de turfeiras.No evento discutem-se temas como ecologia e distribuição das turfeiras dos Açores; identificação, espécies e dinâmicas; importância e serviços na paisagem dos Açores; restauro: técnicas e princípios; e partilha de experiências: caso dos Açores, Canadá e Reino Unido.O workshop conta assim com a presença de Line Rochefort, que apresenta os casos estudados no Canadá, e de Alona Armstrong, que expõe os casos do País de Gales.

(In Diário Insular)

Câmara de Angra ajuda a “Limpar Portugal”

A Câmara Municipal de Angra do Heroísmo vai aderir ao “Limpar Portugal”, um projecto cívico que tem por objectivo promover a educação ambiental através da limpeza, no dia 20 de Março, por voluntários, das lixeiras ilegais existentes no país.A presidente da edilidade angrense informou a coordenadora local do projecto “Limpar Portugal”, a docente universitária Cândida Mendes, que a Câmara de Angra vai disponibilizar o aterro intermunicipal para o depósito de lixo permitido em aterro, camiões, uma retroescavadora, um camião grua, assim como luvas e sacos. Andreia Cardoso disponibilizou ainda o Serviço Municipal de Protecção Civil para acompanhar a iniciativa.A Câmara de Angra adere à iniciativa com o objectivo de “contribuir para a limpeza do concelho e para a melhoria da qualidade de vida dos munícipes” .
(in Diário Insular)

quinta-feira, janeiro 14, 2010

Governo apoia projecto sobre análise de solos e aconselhamento de fertilização


A Secretaria Regional da Agricultura e Flores atribuiu à Universidade dos Açores um subsídio a fundo perdido, no montante de 62.468 euros, destinado a financiar um projecto de análise de solos e aconselhamento de fertilização.
O estudo da academia açoriana está a ser realizado pela Secção de Solos do Departamento de Ciências Agrárias, sedeado na ilha Terceira.Por portaria do secretário regional da Agricultura e Florestas, hoje publicada em Jornal Oficial, foi igualmente atribuída à Federação Agrícola dos Açores um subsídio de 50.000 euros para comparticipar nos custos relativos à promoção das suas associadas, informação e divulgação agrária junto do sector.A comparticipação governamental visa ainda fazer face a despesas daquela federação com a assistência técnica e com o processo de acompanhamento, certificação e controlo do regime da “Carne dos Açores – IGP”.

(in Canal de Notícias dos Açores)

Exploração de furo na Vinha Brava reduzida para parar salinização


Os Serviços Municipalizados de Angra do Heroísmo reduziram a extracção de água do furo da Vinha Brava para travar o processo de salinização, “bastante acelerado” nos últimos meses.“Os processos de salinização ocorrem normalmente nos sistemas aquíferos mais profundos, onde a água doce contacta com infiltrações da água do mar, sobretudo quando a exploração através de furos se prolonga por vários meses”, justificam os serviços, em nota à comunicação social.Assim, ao longo deste Inverno a água do furo da Vinha Brava será parcial ou totalmente substituída por água proveniente das nascentes da Nasce Água, consoante o valor dos caudais disponíveis.“Após a instalação de equipamento de bombagem no furo da Via Rápida, cuja produtividade ultrapassa os 1500 m3/dia, pretende-se dar continuidade a este processo de mistura de água, salvaguardando padrões elevados de qualidade da água fornecida aos munícipes”, avançam.Contactado por DI, Félix Rodrigues, da Universidade dos Açores, considerou que esta se trata de uma medida acertada. “É algo que se deve fazer quando um furo atinge um ponto crítico. Se for atingido o ponto de não retorno o furo não é recuperável em prazo aceitável”, lembra.Félix Rodrigues avança que, segundo a informação de que dispõe, não existem outros furos em perigo de salinização no concelho de Angra do Heroísmo.

(in Diário Insular)

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Universidade dos Açores sem “garrote financeiro”


A Universidade dos Açores vai receber dois milhões de euros no âmbito do contrato de financiamento para 2010 assinado ontem entre o Governo da República e as universidades e politécnicos.O reitor da Universidade dos Açores, Avelino Meneses, disse ontem ao DI que o problema foi resolvido “após uma luta de quatro anos”.Avelino Meneses referiu que a universidade poderá agora encarar o futuro “com mais confiança” destacando o facto de a questão ser sido desbloqueada graças “às virtualidades da maioria relativa”.As transferências do Orçamento de Estado para a Universidade dos Açores destinadas a suportar os custos de financiamento foram nos últimos anos inferiores aos montantes necessários nos últimos anos.A situação provocou problemas de tesouraria da Universidade dos Açores para fazer face às despesas de funcionamento como o pagamento de salários e aquisição de bens e serviços.Durante o ano passado, a Universidade dos Açores foi uma das quatro do país em pior situação financeira.A resolução do problema do passivo da Universidade dos Açores surge após o ministro da Ciência e Ensino Superior, Mariano Gago, ter participado, na passada sexta-feira, na inauguração das novas instalações do Departamento de Oceanografia e Pescas, na Horta.Durante a cerimónia, Mariano Gago sugeriu que a Universidade dos Açores invista mais em níveis de pós-graduações do que em licenciaturas, para compensar o défice de alunos.Nesse sentido, salientou o que tem feito a Universidade da Madeira, que apostou nas pós-graduações para ultrapassar o problema do reduzido números de alunos que habitualmente caracterizam as instituições de ensino superior insulares.Mariano Gago referiu que as universidades de menor dimensão, como as dos Açores e Madeira, mas também outras no continente português, sempre se debateram com o fenómeno de os seus habitantes preferirem “mandar os filhos estudar para Lisboa”.“O investimento nas pós-graduações internacionais poderá ajudar a combater esse fenómeno e atrair professores e alunos de todo o mundo”, afirmou.A sugestão de Mariano Gago surgiu em resposta às críticas do reitor da Universidade dos Açores que lamentou os problemas de sub-financiamento com que se debatem a maioria das universidades do país e defendeu um financiamento das universidades assente num plano de actividades que garanta mais estabilidade às instituições, “em vez de receberem as verbas a conta-gotas”.Por outro lado, Avelino Meneses disse que a Universidade dos Açores se debate com dificuldades acrescidas, que resultam da tripolaridade com, os pólos em São Miguel, Terceira e Faial.
MAIS ACTIVOSO acordo entre o Governo República e as universidades e politécnicos pretende qualificar com ensino superior mais de 100 mil activos, em quatro anos, aumentando uma percentagem que é baixa, a nível internacional.O reitor da Universidade Aberta, Carlos Reis disse ontem à Agência Lusa que o contrato de confiança, que ontem assinado em Lisboa, especifica objectivos relacionados com “o aumento da percentagem de portugueses com formação superior”.O Conselho de Reitores solicitou a semana passada um reforço de verbas para as universidades de cerca de 200 milhões de euros, dos quais 100 milhões para compensar a perda de receitas nos últimos anos e os restantes 100 milhões a título de reforço de investimento.

(in Diário Insular)

segunda-feira, janeiro 11, 2010

MARIANO GAGO PROPÕE Universidade dos Açores a apostar em pós-graduações


O ministro da Ciência e Ensino Superior, Mariano Gago, sugeriu sábado que a Universidade dos Açores invista mais em níveis de pós-graduações do que em licenciaturas, para compensar o défice de alunos.
No discurso que proferiu na sessão solene comemorativa dos 34.º aniversário da Universidade dos Açores, na cidade da Horta, Mariano Gago frisou que a aposta nas pós-graduações internacionais “é um fenómeno cada vez mais emergente em toda a Europa”.
Nesse sentido, salientou o que tem feito a Universidade da Madeira, que apostou nas pós-graduações para ultrapassar o problema do reduzido números de alunos que habitualmente caracterizam as instituições de ensino superior insulares.
Mariano Gago referiu que as universidades de menor dimensão, como as dos Açores e Madeira, mas também outras no continente português, sempre se debateram com o fenómeno de os seus habitantes preferirem “mandar os filhos estudar para Lisboa”.
“O investimento nas pós-graduações internacionais poderá ajudar a combater esse fenómeno e atrair professores e alunos de todo o mundo”, afirmou.
A sugestão de Mariano Gago surgiu em resposta às críticas do reitor da Universidade dos Açores, Avelino Meneses, que lamentou os problemas de sub-financiamento com que se debatem a maioria das universidades do país.
Avelino Meneses defendeu um financiamento das universidades assente num plano de actividades que garanta mais estabilidade às instituições, “em vez de receberem as verbas a conta-gotas”.
O reitor da academia açoriana lembrou que a Universidade dos Açores se debate com dificuldades acrescidas, que resultam da tripolaridade (pólos em S. Miguel, Terceira e Faial) e necessita, por isso, de um reforço de verbas superior ao das restantes instituições de ensino superior do país.
Durante a cerimónia, Ana Martins, biólogo marinha do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores, apresentou uma oração de sapiência contestando a influência dos gases com efeito de estufa no aquecimento global.
Para a investigadora, o clima nos Açores e no continente português é muito mais influenciado pela OAN (Oscilação do Atlântico Norte), um fenómeno que provoca alterações no nível da água do mar e que chega a afectar “colheitas agrícolas e os recursos da água, energia e pescas”.

Investigação do mar profundo

O ministro da Ciência e do Ensino Superior, Mariano Gago, anunciou sábado, na Horta, o lançamento de um projecto nacional de ciências do mar profundo, especialmente vocacionado para a investigação dos recursos biológicos e minerais.

Mariano Gago, que falava na inauguração das novas instalações do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores, salientou que este novo projecto pretende ser também um desafio aos investigadores deste pólo universitário, que se dedicam ao estudo dos recursos biológicos marinhos.
“O potencial das profundezas é tal que justifica um programa específico desta natureza”, afirmou, salientando que se trata de um projecto que se pretende “aberto e competitivo” para atrair investigadores de todo o mundo.
Mariano Gago admitiu que este programa possa trazer para Portugal escolas e laboratórios internacionais ligados à investigação do mar profundo e ainda residências internacionais para jovens cientistas de diferentes países.
Para o ministro, este programa será um primeiro passo para que o país aproveite os recursos biológicos e minerais que estão “escondidos” nas profundezas do Atlântico.
Na sua intervenção, Mariano Gago destacou o “invulgar” esforço que tem sido desenvolvido pelos investigadores do DOP, que tiveram “capacidade de chamar colegas, recursos nacionais e comunitários importantíssimos e realizar parcerias com outras instituições”.
Por seu lado, o presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, defendeu a criação na cidade da Horta de um “pólo de excelência ligado às tecnologias do mar profundo”, que permita aliar “o saber e o prestígio já consolidado do DOP ao empreendedorismo dos seus docentes e bolseiros”.
Para Carlos César, além das fontes hidrotermais (recentemente classificadas pela União Europeia como Sítio de Interesse Comunitário), o mar dos Açores “é repositório de uma assombrosa riqueza em recursos com potencial valor económico, científico e cultural, que vão desde os recursos haliêuticos aos recursos minerais, passando pelo rico património arqueológico submerso e pela diversidade dos genomas dos organismos que povoam o mar”.
Para o presidente do executivo açoriano, o potencial de desenvolvimento que estes recursos representam precisa de ser “rapidamente apropriado pelos açorianos, sob pena de outros o fazerem”.
Já o reitor da Universidade dos Açores, Avelino Menezes, considerou que a inauguração das novas instalações do DOP constitui “motivo de júbilo” para toda a academia açoriana e dá finalmente corpo à “tripolaridade” consagrada desde a criação da academia, em 1976, mas posta em causa durante mais de 30 anos.
Avelino Meneses manifestou o desejo de que a Horta se mantenha como um “pólo de investigação científica” e que possa a vir a ter uma Escola de Pós-Graduação Internacional em Ciências do Mar.
As novas instalações do DOP, no antigo Hospital Valter Bensaúde, envolveram um investimento de 6,2 milhões de euros, financiado pelo Governo da República, pelo Governo dos Açores e por fundos comunitários, ao abrigo do programa Pro-Convergência.

(In A União)

domingo, janeiro 10, 2010

DEFENDE RICARDO SERRÃO SANTOS Investigação em Oceanografia e Pescas "orgulha a Europa"

Um dos locais de investigação que “orgulha a Europa” é o Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) da Universidade dos Açores, frisou Ricardo Serrão Santos, responsável por este departamento, que inaugura hoje novas instalações.

“Estamos com as pessoas que fazem investigação de ponta na Europa”, assegurou o biólogo em declarações à agência Lusa, numa referência aos inúmeros projectos de investigação em curso.
O DOP, que é o maior centro de investigação registado na Fundação para a Ciência e Tecnologia, tem sede na Horta, Faial, dedicando-se à investigação relacionada com a conservação da vida marinha e o uso sustentável do oceano, especialmente na região dos Açores.
Com créditos firmados internacionalmente, o DOP orgulha-se de ter uma “taxa de sucesso de 80 por cento” nas candidaturas que apresenta para financiamento pela União Europeia.
“Este é um dos locais de investigação que orgulha a Europa”, salientou Ricardo Serrão Santos, destacando o projecto HERMIONE (Hotspot Ecosystem Research and Man’s Impacto n European Seas), que abrange todo o Nordeste do Oceano Atlântico e o Mediterrâneo.
O HERMIONE visa o estudo dos efeitos das mudanças climáticas na exploração do mar profundo, sendo o DOP responsável pelo estudo dos montes submarinos.
Os investigadores da Universidade dos Açores estão também envolvidos, entre muitos outros, no projecto ESONET (European Seas Observatory Network), que tem como objectivo a criação de uma rede europeia de observatórios dos fundos marinhos.
“O objectivo é criar cinco observatórios nos mares europeus e uma das zonas mais importantes é nos Açores”, salientou o responsável do DOP.
Este departamento integra cerca de uma centena de pessoas, das quais 28 são doutorandos, estando envolvido em inúmeros projectos de investigação ligados ao mar.
Ricardo Serrão Santos espera que a situação possa ainda melhorar com a mudança para as novas instalações, no antigo Hospital Valter Bensaúde, um edifício histórico da cidade da Horta, com mais de um século.
“Há mais de 20 anos que estamos a trabalhar em instalações provisórias, com laboratórios que funcionam em pré-fabricados e não podem ser certificados”, salientou.
Este problema não se coloca nas novas instalações, que foram concebidas para cumprir os requisitos de certificação nacionais e internacionais e vão também permitir que as aulas decorram em “espaços mais dignos”.
“É um salto qualitativo muito importante, temos uma grande expectativa”, frisou Ricardo Serrão Santos, acrescentando que as novas instalações permitirão uma “aposta maior no ensino e na pós-graduação”.
O DOP é o 14.º departamento universitário a nível mundial na investigação dos ecossistemas hidrotermais quimossintéticos de grande profundidade, contribuindo de forma decisiva para que Portugal seja o oitavo país do mundo nesta difícil área de investigação.


Reitor destaca contributo para o desenvolvimento da região


O reitor da Universidade dos Açores, Avelino Meneses, destacou ontem o papel que a instituição tem desempenhado na promoção do desenvolvimento no arquipélago, com uma oferta de ensino adaptada às necessidades regionais.
“A Universidade dos Açores é um dos principais instrumentos indutores de desenvolvimento, nas últimas três décadas ajudou muito na transformação das ilhas”, afirmou o reitor, em declarações à agência Lusa.
Avelino Menezes salientou o contributo que a instituição, que completa 34 anos no sábado, tem dado ao nível da qualificação dos recursos humanos, área que considerou “fundamental para a região ganhar competitividade”.
Para o futuro, “com meios humanos mais qualificados e meios materiais mais adequados”, o reitor garantiu que a universidade açoriana “vai continuar a ser um instrumento de desenvolvimento”.
A concretização deste objectivo exige, no entanto, meios financeiros adequados, recordando Avelino Meneses que “as universidades portuguesas têm passado por uma situação de sub-financiamento, carecendo de meios para cumprir a sua missão”.
A Universidade dos Açores, criada em 1976, tem actualmente cerca de 4000 alunos, distribuídos pelos pólos de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta.
“A universidade não pode perder de vista o arquipélago, pelo que a sua oferta de ensino tem em atenção as necessidades e expectativas da sociedade regional”, frisou o reitor.
Apesar dessa aposta na região, a Universidade dos Açores não deixa de estar também aberta ao exterior, sendo um quinto dos seus estudantes oriundos de fora do arquipélago.
“Somos uma das universidades portuguesas com mais estudantes do exterior”, destacou Avelino Meneses.
Ao longo das últimas três décadas, a Universidade dos Açores tem também vindo a destacar-se na investigação científica, especialmente ao nível das Ciências do Mar e das Ciências Agrárias, duas áreas de grande importância no arquipélago.
“A investigação é a actividade basilar de qualquer universidade, até porque a investigação e o ensino estão intimamente relacionados”, afirmou o reitor da instituição.A Universidade dos Açores desenvolve-se num modelo tripolar, com instalações em três ilhas, que têm vindo a ser progressivamente melhoradas.

Depois de resolvido o problema em Ponta Delgada e enquanto aguarda a inauguração das novas instalações em Angra do Heroísmo, onde está instalado o Departamento de Ciências Agrárias, a universidade inaugura hoje o novo espaço do Departamento de Oceanografia e Pescas, na Horta.
“Há alguns anos (devido à falta de instalações adequadas) chegou a ser questionado o modelo tripolar, mas as coisas mudaram e hoje está garantida a tripolaridade”, afirmou Avelino Meneses.
A Universidade dos Açores não vai criar infra-estruturas em todas as ilhas, mas o reitor assegurou que, “com recurso às novas tecnologias, será possível levar as suas acções até mais perto dos açorianos”.
(in A União)

Da engenharia agrícola à biomedicina


Ana Rita Rendeiro licenciou-se em Engenharia Agrícola mas é hoje doutorada em Ciências Biomédicas, uma área recente e com grande potencial. O projecto da sua vida é identificar as causas genéticas dos problemas reumáticos que afectam um grande número de terceirenses.
Não existem decisões inultrapassáveis. O percurso de Ana Rita Rendeiro, do Serviço Especializado de Epidemiologia e Biologia Molecular do Hospital de Santo Espírito (SEEBMO), começou com uma licenciatura em Engenharia Agrícola, na Universidade dos Açores. Hoje, a angrense com 35 anos terminou o doutoramento em Ciências Biomédicas, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, da Universidade do Porto. A tese debruçou-se sobre a genética e epidemiologia das calcificações ectópicas, ou seja, os problemas de reumatismo que, na Terceira, afectam muitas pessoas.Acredita que há um tempo certo para todos os projectos e que com trabalho não existem limitações. “Não sabia bem o que queria tirar. Sabia que existia o curso de Engenharia Agrícola aqui e, na altura, queria ficar por cá. Então decidi, já desde o liceu, fazer a especialização em técnicas agrárias. Gostei e fui para a universidade só que quando tirei o curso as minhas cadeiras base, a matemática, a bioquímica, a genética, foram as que gostei mais. Das específicas, nem tanto…”, confessa.No quinto ano da licenciatura fez o estágio curricular na Bélgica. Esse era já o tempo de sair da ilha e contactar com uma nova disciplina de trabalho. “Fiz o estágio em poluição de solos e águas. Achei que era uma área interessante. Mas também não me agradou em demasia”. O próximo passo foi começar a trabalhar no laboratório de genética do pólo da Terra Chã da Universidade dos Açores. Gostou da área e decidiu enveredar pela biotecnologia. Fez um mestrado internacional, dividido por Inglaterra e Holanda. No mestrado contactou com áreas relacionadas com a medicina. Decidiu falar com o director do SEEBMO, Jácome Armas, com vista a ingressar no laboratório. “Tive uma grande sorte em ser aceite porque ele é uma pessoa que para além dos testes de rotina que faz para o hospital valoriza muito a investigação”. Encontrou no laboratório uma família. “Não seria nada justo da minha parte deixar de referir o importante papel que todos os meus colegas do SEEBMO tiveram no decorrer da minha tese de doutoramento. Sem eles não teria sido possível fazê-lo. É uma equipa jovem, cientificamente ambiciosa e com muito potencial”, diz.Embora Ana Rita Rendeiro tenha um percurso não convencional, afirma que sempre soube, “desde muito nova”, que pretendia alcançar o doutoramento. Do estrangeiro trouxe a disciplina de trabalho. “Tive de trabalhar bastante. Vinha de uma licenciatura base com algumas lacunas em determinados níveis. Quando fui para a Inglaterra e Holanda tive de trabalhar muito. Muito mesmo, para ultrapassar essas dificuldades. Tudo correu bem, à custa de muito esforço e dedicação”.
Reumatismo nos genes
A biomedicina é uma área de ponta. “Há muito potencial, principalmente a nível da terapêutica. Do que andamos todos á procura é de uma molécula fantástica que cure uma doença”, diz, com entusiasmo, Ana Rita Rendeiro, num dos gabinetes do SEEBMO, laboratório localizado na Vinha Brava, Angra do Heroísmo.No caso da terceirense a doença alvo da tese de doutoramento na Universidade do Porto, intitulada “Genetics and Epidemiology os Ectopic Calcification”, foi o reumatismo, muito presente na população da Terceira, em especial no Norte da ilha. Pensa-se que a causa seja genética. “Estudei famílias identificadas pelo doutor Jácome Armas. Trata-se de pessoas que apresentam grandes limitações na sua vida devido ao aparecimento desta doença, que provoca calcificações de ligamentos e de articulações. Verificam-se muitas dores e problemas de movimento. A diferença é que as limitações começam a sentir-se muito cedo, à terceira década de vida, em muitos casos”, explica.O grande objectivo é identificar a causa genética, o que não se afigura tarefa fácil. “São doenças que não são muito estudadas a nível mundial. São um pouco órfãs. Isto talvez porque não estão associadas a uma elevada taxa de mortalidade mas sim de morbilidade”. Porém, a investigadora do SEEBMO acredita que se está no bom caminho. “Identifiquei já uma área interessante de um cromossoma e neste momento estou já a sequenciar alguns genes que estão nessa zona e que são genes ‘candidatos’ a um papel preponderante na doença”, avança.Quando estudou em Oxford conheceu o orientador, australiano, que agora a ajuda neste projecto. “Ele neste momento já não está em Oxford a tempo inteiro mas na Universidade Queensland, na Austrália. Está a fazer alguma parte do trabalho lá. Enviei os DNAs e, como eles têm uma tecnologia mais evoluída, conseguem andar mais depressa. Neste momento estão já a analisar alguns resultados e estamos a chegar a alguns que são interessantes, embora ainda não tenham sido publicados”.Ana Rita Rendeiro tem a consciência de que uma descoberta nesta área será pioneira, provavelmente, a nível mundial. “Pode também ser o projecto de uma vida inteira, mas vou trabalhar nisso o tempo que for necessário”, diz, determinada.Foi essa mesma determinação que aplicou a toda a sua vida académica e profissional. “Penso que vivemos, cada vez mais, num tempo em que as pessoas precisam de ser flexíveis. Precisam de obter o conhecimento base para a seguir se especializarem. Mas especializarem-se ao longo de um tempo que por vezes será bastante longo. Tive a sorte de ter muitos bons professores, tanto no liceu como na universidade ou no estrangeiro, que me deram as ferramentas necessárias para querer ir mais além”, conta.Mas talvez a insatisfação e curiosidade tenham nascido ainda mais cedo, com a família. “Os meus pais são pessoas muito interessadas. A minha mãe é professora primária, o meu pai bancário. Sempre conversámos à mesa sobre coisas interessantes, sempre tivemos um dicionário onde íamos ver as palavras que não sabíamos. Íamos sempre descobrindo um pouco mais”.

(In DI-Revista)

sábado, janeiro 09, 2010

Combate às térmitas está no bom caminho


O regime jurídico de combate às térmitas aprovado pelo Governo regional, aliado ao combate por temperatura, constitui um passo significativo para a diminuição das colónias desta espécie existentes na Região.A opinião é do professor e especialista em térmitas, Paulo Borges. “São avanços fantásticos na gestão do problema”, afirma.O diploma aprovado em Conselho de Governo prevê a definição de um mapa de risco de infestação e várias medidas de controlo para a praga.Entre essas medidas encontra-se o novo regime para o transporte de resíduos contendo térmitas vivas, nomeadamente os resíduos de construção e demolição de imóveis infestados e de restos de lenha provenientes de zonas infestadas.Por outro lado, será criado também o Sistema de Certificação de Infestação por Térmitas (SCIT), cuja finalidade passa por assegurar a aplicação e conformidade das inspecções dos edifícios relativamente à existência de térmitas, à vulnerabilidade do edifício e à eficácia das operações de desinfestação.O montante dos apoios a conceder e as situações que podem ser apoiadas vão ser alargadas.Até agora, os apoios eram dados em função da situação financeira das famílias, sendo que agora se estendem a outros beneficiários. Simultaneamente, passa também a existir um valor máximo de apoio por unidade de área edificada e não por habitação. De acordo com Paulo Borges, a aplicação destas medidas “por si só não seria suficiente”.No entanto, “a articulação entre o novo regime jurídico com o combate às térmitas por temperatura será, certamente, positiva”, adianta.Os testes do combate às térmitas por temperatura deverão ser iniciados em Março ou Abril, segundo Paulo Borges.Neste momento, já foram entregues às empresas dados relativos ao volume de edifícios, detalhes sobre os materiais e os tipos de madeiros. Agora, espera-se o orçamento dos equipamentos.O sistema consiste em lançar ar quente com humidade a uma temperatura de 50 graus, o que mata as térmitas incrustadas nas madeiras será testado em dois edifícios em Angra, onde o problema é mais grave.

(in Diário Insular)

DOP inaugura instalações depois de 20 anos de espera


A Universidade dos Açores comemora hoje 34 anos de existência. A efeméride é celebrada na Horta com um conjunto de actividades, que tiveram início durante o dia de ontem.Pelas 15h30, de hoje, serão inauguradas as novas instalações do Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP), num acto que reforça a tripolaridade da universidade. O pólo da Horta está agora instalado no edifício do antigo Hospital Walter Bensaúde. Para Ricardo Serrão Santo, responsável do DOP, o departamento é um dos locais de investigação que “orgulha a Europa”. “Estamos com as pessoas que fazem investigação de ponta na Europa”, assegurou o biólogo em declarações à agência Lusa, numa referência aos inúmeros projectos de investigação em curso.O departamento integra cerca de uma centena de pessoas, das quais 28 são doutorandos, estando envolvido em inúmeros projectos de investigação ligados ao mar.Ricardo Serrão Santos espera que a situação possa ainda melhorar com a mudança para as novas instalações. “Há mais de 20 anos que estamos a trabalhar em instalações provisórias, com laboratórios que funcionam em pré-fabricados e não podem ser certificados”, salientou. “É um salto qualitativo muito importante, temos uma grande expectativa”, frisou Ricardo Serrão Santos, acrescentando que as novas instalações permitirão uma “aposta maior no ensino e na pós-graduação”.O DOP é o maior centro de investigação registado na Fundação para a Ciência e Tecnologia, dedicando-se à investigação relacionada com a conservação da vida marinha e o uso sustentável do oceano, especialmente na região dos Açores.Com créditos firmados internacionalmente, o DOP orgulha-se de ter uma “taxa de sucesso de 80 por cento” nas candidaturas que apresenta para financiamento pela União Europeia. “Este é um dos locais de investigação que orgulha a Europa”, salientou Ricardo Serrão Santos, destacando o projecto HERMIONE (Hotspot Ecosystem Research and Man’s Impacto n European Seas), que abrange todo o Nordeste do Oceano Atlântico e o Mediterrâneo.O HERMIONE visa o estudo dos efeitos das mudanças climáticas na exploração do mar profundo, sendo o DOP responsável pelo estudo dos montes submarinos.Os investigadores da Universidade dos Açores estão também envolvidos, entre muitos outros, no projecto ESONET (European Seas Observatory Network), que tem como objectivo a criação de uma rede europeia de observatórios dos fundos marinhos.“O objectivo é criar cinco observatórios nos mares europeus e uma das zonas mais importantes é nos Açores”, salientou o responsável do DOP.O DOP é o 14.º departamento universitário a nível mundial na investigação dos ecossistemas hidrotermais quimossintéticos de grande profundidade, contribuindo de forma decisiva para que Portugal seja o oitavo país do mundo nesta difícil área de investigação.Ainda hoje, por volta das 17h30, o Reitor da Universidade dos Açores, preside a uma Sessão Solene no Teatro Faialense, em que a Oração de Sapiência, sobre o tema “A influência da Oscilação do Atlântico Norte (OAN) na variabilidade climática inter-anual do Oceano Atlântico Nordeste” , a cargo da investigadora do DOP, Ana Martins.Pelas 16h30, no mesmo local, as Universidades dos Açores e de Coimbra procederão à assinatura de uma adenda ao protocolo do Ciclo Básico de Medicina, que acresce a duração do curso para três anos na universidade açoriana.
REITOR DA ACADEMIA AÇORIANA DESTACA CONTRIBUTO DA INSTITUIÇÃO NO DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO
Avelino Meneses apela à investigaçãoe reafirma tripolaridade da universidade
Criada em 1976, a Universidade dos Açores, é de acordo com o actual reitor, Avelino Meneses, “um dos principais instrumentos indutores de desenvolvimento” dos Açores. “Nas últimas três décadas (a universidade) ajudou muito na transformação das ilhas”, afirmou o reitor, em declarações à agência Lusa, a propósito das comemorações dos 34 anos da instituição. Avelino Menezes salientou o contributo que a universidade tem dado ao nível da qualificação dos recursos humanos, área que considerou “fundamental para a região ganhar competitividade”.Depois de resolvido o problema em Ponta Delgada e de inaugurado o Departamento de Oceanografia e Pescas, resta inaugurar as instalações de Angra do Heroísmo.Para o futuro, “com meios humanos mais qualificados e meios materiais mais adequados”, o reitor garantiu que a universidade “vai continuar a ser um instrumento de desenvolvimento”.A concretização deste objectivo exige, no entanto, meios financeiros adequados. Por isso Avelino Meneses relembrou que “as universidades portuguesas têm passado por uma situação de sub-financiamento, carecendo de meios para cumprir a sua missão”.A Universidade dos Açores tem actualmente cerca de 4000 alunos, distribuídos pelos pólos de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta.“A universidade não pode perder de vista o arquipélago, pelo que a sua oferta de ensino tem em atenção as necessidades e expectativas da sociedade regional”, frisou o reitor.Apesar dessa aposta na região, a Universidade dos Açores não deixa de estar também aberta ao exterior, sendo um quinto dos seus estudantes oriundos de fora do arquipélago. “Somos uma das universidades portuguesas com mais estudantes do exterior”, destacou.Ao longo das últimas três décadas, a Universidade dos Açores tem também vindo a destacar-se na investigação científica, especialmente ao nível das Ciências do Mar e das Ciências Agrárias, duas áreas de grande importância no arquipélago.“A investigação é a actividade basilar de qualquer universidade, até porque a investigação e o ensino estão intimamente relacionados”, afirmou o reitor da instituição.Avelino Meneses reafirmou a opção pela tripolaridade. “Há alguns anos (devido à falta de instalações adequadas) chegou a ser questionado o modelo tripolar, mas as coisas mudaram e hoje está garantida a tripolaridade”, afirmou Avelino Meneses.É certo que a Universidade dos Açores não vai criar infra-estruturas em todas as ilhas, mas o reitor assegurou que, “com recurso às novas tecnologias, será possível levar as suas acções até mais perto dos açorianos”.
MÁRIO RUIVO foi distinguido pela UAç
Mário Ruivo
Doutorhonoris causa
As comemorações dos 34 anos da Universidade dos Açores tiveram início com a cerimónia de atribuição do título de Doutor Honoris Causa ao investigador Mário Ruivo. Com cerca de 50 anos de carreira, o especialista em Ciências do Mar é distinguido pela universidade, pelo trabalho desenvolvido na área. O novo doutor Honoris Causa pela Universidade dos Açores realçou o desenvolvimento que a investigação marinha registou ao longo dos anos, recordando que, quando começou a estudar biologia marinha, “se julgava que não havia vida para além dos 200 metros de profundidade”.Mário Ruivo salientou alguns pormenores da sua longa carreira de investigador marinho, realçando aquele que terá sido o seu projecto mais marcante, a proposta de extensão da plataforma continental marítima, que liga o território nacional à Madeira e aos Açores.A apadrinhar o doutoramento esteve “um velho amigo” do professor universitário, o ex-Presidente da República, Mário Soares. Conheceram-se nos tempos da ditadura. “Estivemos presos em Caxias alguns meses”, lembrou Mário Soares, recordando a luta de ambos, quando eram estudantes universitários, contra o regime salazarista.O ex-Chefe de Estado elogiou Mário Ruivo, que considerou ser “um dos biólogos e oceanógrafos mais reputados científica e internacionalmente”. Durante a cerimónia Soares deixou algumas críticas à atitude dos portugueses.O ex-Presidente da República lamentou o “derrotismo” demonstrado pelos portugueses, que, em tempo de crise, optam por criticar em vez de aproveitarem as potencialidades dos recursos do País.“Quando nos dizem que Portugal é um país pequeno, que Portugal não tem possibilidades de vencer a crise, que Portugal está nas piores situações, isso é completamente desmentido por aquilo que é o nosso espaço marítimo, as nossas potencialidades marítimas e a nossa posição estratégica”, frisou.

(in Diário Insular)

Reitor destaca contributo da UA para desenvolvimento autonómico


O reitor da Universidade dos Açores, Avelino Meneses, destacou hoje o papel que a instituição tem desempenhado na promoção do desenvolvimento no arquipélago, com uma oferta de ensino adaptada às necessidades regionais.
“A Universidade dos Açores é um dos principais instrumentos indutores de desenvolvimento, nas últimas três décadas ajudou muito na transformação das ilhas”, afirmou o reitor, em declarações à agência Lusa.
Avelino Menezes salientou o contributo que a instituição, que completa 34 anos no sábado, tem dado ao nível da qualificação dos recursos humanos, área que considerou “fundamental para a região ganhar competitividade”.
Para o futuro, “com meios humanos mais qualificados e meios materiais mais adequados”, o reitor garantiu que a universidade açoriana “vai continuar a ser um instrumento de desenvolvimento”.
A concretização deste objectivo exige, no entanto, meios financeiros adequados, recordando Avelino Meneses que “as universidades portuguesas têm passado por uma situação de sub-financiamento, carecendo de meios para cumprir a sua missão”.
A Universidade dos Açores, criada em 1976, tem actualmente cerca de 4000 alunos, distribuídos pelos pólos de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta.
“A universidade não pode perder de vista o arquipélago, pelo que a sua oferta de ensino tem em atenção as necessidades e expectativas da sociedade regional”, frisou o reitor.
Apesar dessa aposta na região, a Universidade dos Açores não deixa de estar também aberta ao exterior, sendo um quinto dos seus estudantes oriundos de fora do arquipélago.
“Somos uma das universidades portuguesas com mais estudantes do exterior”, destacou Avelino Meneses.
Ao longo das últimas três décadas, a Universidade dos Açores tem também vindo a destacar-se na investigação científica, especialmente ao nível das Ciências do Mar e das Ciências Agrárias, duas áreas de grande importância no arquipélago.
“A investigação é a actividade basilar de qualquer universidade, até porque a investigação e o ensino estão intimamente relacionados”, afirmou o reitor da instituição.
A Universidade dos Açores desenvolve-se num modelo tripolar, com instalações em três ilhas, que têm vindo a ser progressivamente melhoradas.
Depois de resolvido o problema em Ponta Delgada e enquanto aguarda a inauguração das novas instalações em Angra do Heroísmo, onde está instalado o Departamento de Ciências Agrárias, a universidade inaugura sábado o novo espaço do Departamento de Oceanografia e Pescas, na Horta.
“Há alguns anos (devido à falta de instalações adequadas) chegou a ser questionado o modelo tripolar, mas as coisas mudaram e hoje está garantida a tripolaridade”, afirmou Avelino Meneses.
A Universidade dos Açores não vai criar infra-estruturas em todas as ilhas, mas o reitor assegurou que, “com recurso às novas tecnologias, será possível levar as suas acções até mais perto dos açorianos”.

(in Açoriano Oriental)

sexta-feira, janeiro 08, 2010

Comércio tradicional amealhou 2,5 milhões de euros no Natal


Segundo dados apurados pela Associação Empresarial, os cerca de 170 estabelecimentos das Ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa, que aderiram à campanha de Natal de 2009 da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo (CCAH), tiveram um volume de vendas superior a 2 milhões e 500 mil euros. Sandro Paim faz um balanço positivo do resultado da campanha. Para o presidente da Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo o número é “muito significativo”. Ainda assim, Sandro Paim frisa que os valores apontados estão abaixo da realidade, já que a contabilização feita inclui apenas empresas aderentes à campanha promovida pela Câmara do Comércio. De fora ficaram também as vendas com montantes mais baixos, já que foi contabilizado apenas o número de cupões e cada cliente só recebia um cupão por cada 20 euros em compras.Contudo, para o presidente da Câmara de Comércio, os números não significam que a crise tenha acabado nos Açores. De acordo com Sandro Paim, a época de natal reflecte sempre vendas altas, “nem que para isso se retraia o comércio noutros meses do ano”. O presidente da Câmara de Comércio acredita que a solução para a crise no sector do comércio passa por este tipo de campanhas. “Para nós é bastante revelador da necessidade da dinamização do comércio tradicional”, alega.
CAMPANHAA campanha da Câmara de Comércio tinha por base um sorteio de 10.000 euros, para quem fizesse compras no comércio tradicional das ilhas Terceira, Graciosa e São Jorge.Os associados da Câmara de Comércio recebiam cadernetas com cupões que foram distribuídos pelos clientes. Por cada 20 euros de compras, o cliente recebia um cupão. Durante o mês de Dezembro, a CCAH contabilizou a entrega de mais de 125.000 cupões aos clientes, o que significa que, o total de vendas ultrapassou os 2 milhões e 500 mil euros durante aquele mês de campanha.No sorteio realizado na passada terça-feira, os premiados foram Maria Rocha, Jorge Martins e Diogo Melo, com compras feitas nas lojas Camisaria Ávila, Essência Perfumes e Meta do Desporto. Os premiados recebem cheques compra no valor de 5.000 euros, 3.000 euros e 2.000 euros, respectivamente, que poderão ser utilizados apenas nas Lojas associadas da CCAH.De acordo com a Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo, só neste campanha de Natal, cerca de 170 estabelecimentos das Ilhas Terceira, São Jorge e Graciosa tiveram um volume de vendas superior a 2 milhões e 500 mil euros.
CRISE À ESPREITASegundo o economista Tomaz Dentinho, o facto do rendimento disponível da maior parte das famílias açorianas ter aumentado pode estar na base destes números.“50% da Economia dos Açores depende do apoio público externo, que não reduziu em 2009. Por outro lado 35% da economia dos Açores depende da venda de leite, que aumentou muito em 2009. Como houve redução de custos financeiros associados à redução das taxas de juro reais e houve também uma inflação reduzida é natural que o rendimento disponível das famílias dos Açores em 2009 tenha subido possibilitando uma boa safra natalícia por parte dos comerciantes”, explica.O economista acredita que a crise poderá afectar os açorianos se não forem tomadas medidas que o evitem.“A crise dos Açores está para vir se não se tomarem as medidas necessárias para a evitar de forma estrutural. A crise virá quando o Estado Português se vir obrigado a reduzir as despesas e portanto também as transferências para os Açores”, adianta.A “Liberalização dos transportes aéreos para São Miguel e para a Terceira, a privatização gradual do ensino com a atribuição de subsídios e bolsas por aluno e a ligação das indemnizações compensatórias aos bens e serviços ambientais e sociais, produzidos pelos agricultores” são algumas das sugestões do economista Tomaz Dentinho propõe ainda a “regulação do mercado de energia eléctrica, a construção do teleférico para a Caldeira do Pico, que faça com que aquela Ilha e o Faial tenham tanta atractividade como São Miguel e a liberalização dos transportes marítimos para São Miguel, para a Terceira e para o Faial”. Segundo o economista, é preciso investir para evitar a crise económica no arquipélago.“Dito de outra forma os Governos têm obrigação de assumirem riscos em favor das gerações vindouras mais do que se acomodarem à satisfação das clientelas presentes”, critica.

(in Diário Insular)

quinta-feira, janeiro 07, 2010

“Enfermeiro de família” aumenta ganhos em saúde

NORBERTO MESSIAS: “É natural que em breve venham a surgir formações específicas na área da enfermagem de família”
Vai arrancar na Região o projecto do “Enfermeiro de família”. Que ideia tem sobre esta figura?
O Enfermeiro de família vai ajudar a construir melhores respostas de saúde na comunidade e a aumentar os ganhos em saúde da população dos Açores. Estes ganhos ficam a dever-se à maior proximidade das populações, o que possibilita um acompanhamento ao longo do percurso de desenvolvimento individual e familiar. É um contributo da Enfermagem no quadro conceptual da política de saúde para todos da região Europeia da OMS. Esta participação enquadra-se no desenvolvimento da rede de Cuidados de Saúde Primários. Esta etapa é apenas mais uma etapa nos cuidados de proximidade que se têm vindo a afirmar nos Açores nas últimas décadas.
Há quem tema que o poder político possa ser tentado a transformar o “enfermeiro de família” numa espécie de “médico de família” mais barato… Teme que isso possa acontecer?
De modo nenhum, as actividades são total e completamente distintas. Sendo que todos os profissionais de saúde contribuem para os ganhos em saúde, cada profissão tem as suas áreas claramente identificadas e nestes dois casos reguladas por ordens profissionais que têm desenvolvido um grande trabalho de clarificação as áreas de intervenção especificas.
A formação de enfermeiros nos Açores é suficiente para a vertente “enfermeiro de família” ou serão necessárias alterações à formação, eventualmente ao nível pós-graduado?
A formação dos enfermeiros nos Açores é em tudo semelhante à formação no contexto nacional, e todos os enfermeiros estão aptos a exercer a profissão nas diferentes áreas profissionais e em diferentes contextos locais. No entanto, como em muitas outras áreas do saber é natural que em breve venham a surgir formações específicas na área da enfermagem de família no âmbito da melhoria contínua que se pretende para as profissões da saúde em geral e que a Enfermagem tem desenvolvido em particular, quer com áreas de especialização quer com formação continua.
Há enfermeiros formados nos Açores que procuram colocação fora das ilhas, até no estrangeiro, por falta de emprego local… Estaremos perante um caso (típico, aliás, dos Açores…) de desperdício de mão-de-obra qualificada?
Sim, de facto. Se por um lado não é exigível ao poder político que crie empregos para todos os profissionais de enfermagem, por outro lado é exigível que as respostas de cuidados de saúde se adaptem ao aumento contínuo das necessidades, desde logo pelo progressivo envelhecimento da população da maioria das ilhas dos Açores. Por outro lado, não podemos impedir que alguém que se formou nos Açores procure melhores condições de vida pessoal e profissional fora da Região.Nos últimos anos muitos dos nossos alunos são oriundos do território continental e até de outros países, e que naturalmente, no final da sua formação regressão às suas terras de origem.Alguns dos nossos alunos, no seu processo de formação, têm oportunidade de fazer experiências formativas fora da região e mesmo fora do país e no final do curso procuram dar continuidade a essas experiências com períodos mais ou menos longos nesses locais.

(in Diário Insular)

Combate à infestação de térmitas vai ter novas medidas e mais apoios


O Governo Regional dos Açores pretende intensificar o combate contra a infestação de térmitas que já afecta quatro ilhas do arquipélago, definindo novas medidas de controlo e alargando os apoios financeiros à desinfestação e reparação de imóveis afectados.
Destak/Lusa destak@destak.pt
“Já temos um sistema de apoio ao combate especialmente voltado para as habitações no centro histórico, mas a prática e os estudos realizados levam-nos a concluir que devemos passar à fase seguinte”, afirmou hoje André Bradford, secretário regional da Presidência.
As térmitas são uma espécie que se alimenta das madeiras, corroendo completamente as estruturas das habitações.
André Bradford falava na apresentação do comunicado final da reunião do Conselho de Governo, onde foi aprovada uma proposta de Decreto Legislativo Regional que institui o novo regime jurídico de combate à infestação por térmitas.
O diploma prevê a definição de um mapa de risco de infestação e várias medidas de controlo para uma “praga com tendência a alastrar”.
Entre essas medidas encontra-se o novo regime para o transporte de resíduos contendo térmitas vivas, nomeadamente os resíduos de construção e demolição de imóveis infestados e de restos de lenha provenientes de zonas infestadas.
O novo sistema também alarga o montante dos apoios a conceder e as situações que podem ser apoiadas, passando a existir um valor máximo de apoio por unidade de área edificada e por habitação.
Nesse sentido será criado o Sistema de Certificação de Infestação por Térmitas (SCIT), para assegurar a conformidade das inspecções quanto à confirmação da existência de térmitas, à vulnerabilidade dos edifícios e à eficácia das operações de desinfestação.
O executivo optou ainda por não condicionar no tempo a vigência do regime de apoio aos proprietários de imóveis infestados, admitindo que “a distribuição e prevalência da infestação não permite antever a sua erradicação a curto prazo”.
Em finais de Novembro, um relatório elaborado por cientistas da Universidade dos Açores alertava que a praga das térmitas estava a “alastrar de forma inexorável” na cidade de Angra do Heroísmo, na Terceira.
O relatório, elaborado por uma equipa de investigadores do Grupo de Biodiversidade do Departamento de Ciências Agrárias, liderado por Paulo Borges, concluiu que “é no centro histórico da cidade de Angra do Heroísmo [classificada como Património Mundial] que se localiza o maior nível de infestação”.
Os estudos mais recentes indicam que a infestação atinge especialmente quatro ilhas dos Açores, sendo que Santa Maria, S. Miguel, Terceira e Faial são afectadas pela térmita da madeira seca (Cryptotermes brevis), S. Miguel, Terceira e Faial pela térmita das árvores de pescoço amarelo (Kalotermes flavicollis) e o Faial pela térmita subterrânea (Reticulitermes grassei).
No início de Novembro, os investigadores do Grupo da Biodiversidade da Universidade dos Açores detectaram no antigo bairro americano, no concelho da Praia da Vitória, na Terceira, a presença de uma nova espécie de térmita subterrânea, que se supõe ser a ‘Reticulitermes flavipes’, predominante na costa leste dos EUA.
(in Destak)

quarta-feira, janeiro 06, 2010

Reitores reuniram ontem com o primeiro-ministro


O reitor da Universidade dos Açores, Avelino Meneses, espera que o Governo da República tenha em conta os custos da insularidade no financiamento das actividades da instituição de ensino superior em 2010.Uma delegação do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas reuniu ontem, em Lisboa, com o primeiro-ministro, José Sócrates para debater o financiamento dos estabelecimentos de ensino superior.As universidades pretendem um aumento de 10 por cento nos montantes que foram atribuídos para o seu funcionamento o ano passado.A Universidade dos Açores regista um défice no que se refere ao orçamento para despesas correntes estimado em cerca de dois milhões de euros.Avelino Meneses considera que o aumento de 10 por cento proposto a nível nacional não é suficiente para assegurar o pagamento das despesas correntes da Universidade dos Açores previstas no orçamento para este ano.“É necessário ter em conta que a Universidade dos Açores tem que ter uma discriminação positiva tendo em conta os custos acrescidos que resultam da insularidade”, afirmou.
34º ANIVERSÁRIOPor outro lado, a Universidade dos Açores assinala o seu 34º aniversário na Horta.O Teatro Faialense será palco, no próximo sábado, da sessão solene, que se realiza pelas 17h30 e que será presidida por Avelino Meneses.Também no dia 9, pelas 15h30, terá lugar a cerimónia de inauguração das novas instalações do Departamento de Oceanografia e Pescas, resultantes da remodelação do antigo Hospital Walter Bensaúde. No mesmo dia, pelas 16h30, a Universidade dos Açores procede à assinatura de uma adenda ao protocolo do Ciclo Básico de Medicina com a Universidade de Coimbra. A duração desse curso na universidade da Região passará assim a ter a duração de três anos.Ainda no âmbito das comemorações será efectuada uma cerimónia de outorga das insígnias de Doutor Honoris Causa a Mário Ruivo, investigador na área das Ciências do Mar, que será apadrinhada pelo antigo Presidente da República, Mário Soares.

(In Diário Insular)

terça-feira, janeiro 05, 2010

NA UNIVERSIDADE DOS AÇORES Provedor do Estudante recebeu 12 solicitações

A Associação Académica da Universidade dos Açores desvalorizou ontem as funções do Provedor do Estudante, a quem recorreram apenas 12 alunos desde o início do ano lectivo, considerando que "não traz nada de novo" aos estudantes.
"Entendemos que o Provedor do Estudante, que arrancou no início deste ano lectivo, não é uma figura necessária, porque a Associação Académica representa bem os estudantes, fazendo a ponte com serviços da universidade", afirmou Fernando Moreira, presidente da associação, em declarações à Lusa.
O Provedor do Estudante da Universidade dos Açores iniciou a sua actividade em Setembro, na sequência da aprovação dos novos estatutos desta instituição de ensino superior, uma imposição da legislação nacional.
Segundo Fernando Moreira, a criação do provedor não implicou uma menor intervenção da associação académica em assuntos relacionados com "matrículas, inscrições em cadeiras ou lançamento de notas".
"Quando existe algum tipo de reclamação, os estudantes continuam a vir ter connosco. E, em casos mais complexos, podemos apresentar um pedido de explicação junto da reitoria", frisou o dirigente estudantil.
Fernando Moreira adiantou que a associação "intervêm em cerca de 10 casos por semestre".
Contactado pela Lusa, o Provedor do Estudante, João da Silva Madruga, revelou que, no primeiro trimestre deste ano lectivo, recorreram aos seus serviços 12 alunos dos pólos de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta.
As questões levantadas por estes alunos estavam relacionadas com bolsas de estudo, processos de transferências e lançamento de notas de mestrado, existindo ainda um caso de lapso na inscrição na disciplina para exame para maiores de 23 anos.
"Até à data não existiu nenhum caso que não se tentasse resolver", assegurou João da Silva Madruga, frisando que "o provedor dá um cunho institucional, tentando zelar pelos estudantes".
O Provedor do Estudante é "uma figura de apoio, que tem o poder de sugerir e aconselhar os órgãos da universidade", salientou.
A Provedoria do Estudante funcionar no horário normal de expediente no 'campus universitário' de Angra do Heroísmo, mas todos os estudantes da Universidade dos Açores podem enviar as suas questões para o endereço electrónico provedor@uac.pt.
(In A UNião)