quinta-feira, julho 28, 2011

Graciosa está a caminho de ser uma ilha tutelada



Esteve alguns dias na Graciosa, uma das ilhas que atingiram níveis populacionais mínimos históricos nos censos de 2011. O que primeiro ressalta à vista experimentada do cientista numa ilha que pode estar a caminhar para uma espécie de comunidade falhada?
Se assumirmos como postulado que "qualquer sociedade aspira ao desenvolvimento", entendido como um processo dinâmico de melhoria das condições de vida ou do meio, e que isso implica uma mudança, uma evolução, um crescimento ou um avanço, a Graciosa necessita rapidamente de um planeamento estratégico para que se possa desenvolver.
Sem aparente sustentabilidade (sobretudo económica), com que fios se tece a sobrevivência quotidiana na Graciosa?
Eu não falaria apenas de sustentabilidade económica, por ser demasiado redutor. Falaria sim de um sustentabilidade socioeconómica e ambiental, já que todos esses vetores condicionam o desenvolvimento da Graciosa. Não há economia sem pessoas, por isso, a urgente necessidade de fixar população jovem. Não há pessoas numa ilha sem água, daí a necessidade de ter e garantir à população água de qualidade. O desenvolvimento da Graciosa bebe desse trinómio.
As elites (lê-se na História) costumam "respingar" com violência quando os poderes instituídos lhes retiram a "chupeta", mas se mantiverem privilégios são capazes de deixar queimar tudo à sua volta. Neste particular, o que se passa na Graciosa?
Estudando um pouco a Estratégia dos Atores na Graciosa (grupos ou organizações que têm influência no desenvolvimento da ilha), verificamos que os três grandes atores com influência ativa nesse desenvolvimento são o Governo Regional, muito distanciado dos outros atores, os transportes, especialmente a SATA, a Câmara Municipal, e por último, os políticos. Os grupos de cidadãos têm uma reduzidíssima participação nas questões do desenvolvimento.
O cientista é privilegiado na observação, sobretudo se dominar a análise transdisciplinar, por exemplo. Partindo dessa análise, há ainda esperança na Graciosa ou o ponto sem retorno já terá sido atingido?
Quando comparamos as influências ativas dos diversos atores com as influências passivas das diversas organizações locais, só três atores aparecem como preponderantes para o desenvolvimento da ilha: o Governo Regional, os investigadores e os agentes ligados aos transportes marítimos, especialmente aéreo, ou seja, a SATA. Não existe propriamente um tecido empresarial com grande potencial, e dada a reduzida população da ilha, a afirmação económica em qualquer área parece só ser possível com inovação, daí o papel importante dos investigadores (entendidos como atores capazes de inovar).Neste momento a Graciosa é refém do Governo Regional, na medida em que depende quase exclusivamente das suas políticas e investimentos. Sem um plano de desenvolvimento estratégico, a Graciosa tenderá a ser uma ilha tutelada e sem autonomia.

(In Diário Insular)

quarta-feira, julho 27, 2011

Fotobiologia de Discosoma sp. “Efeito de Diferentes Regimes Luminosos na Actividade Fotossintética dos seus Dinoflagelados Endosimbiontes Symbiodinium

Realizam-se no dia 28 de Julho, pelas 11 horas, no Instituto Politécnico de Castelo Branco, as provas de Mestrado em Engenharia Zootécnica, requeridas pela licenciada Nuno André de Oliveira Ribau.
As provas serão avaliadas por um Júri presidido (por designação do Reitor) pela doutora Ana Isabel de Melo Azevedo Neto, professora auxiliar com agregação da Universidade dos Açores, sendo vogais os doutores João Pedro da Silva Ramos Barreiros, professor auxiliar com agregação da Universidade dos Açores, João António de Almeida Serôdio, professor auxiliar da Universidade de Aveiro e Ricardo Jorge Guerra Calado, investigador auxiliar da Universidade de Aveiro.
As provas constarão da discussão pública, com crítica e defesa, de uma dissertação intitulada Fotobiologia de Discosoma sp. “Efeito de Diferentes Regimes Luminosos na Actividade Fotossintética dos seus Dinoflagelados Endosimbiontes Symbiodinium sp.”

terça-feira, julho 26, 2011

O insucesso em matemática será uma questão cultural?

Félix Rodrigues (Opinião)

A matemática e o português são disciplinas que, desde há várias décadas, atingem níveis recordes de insucesso. Como se explica isso, quando percebemos que afinal falamos todos português, e a matemática, é uma apreciação das regularidades, ou seja, dos padrões que facilmente se apreendem?
Podemos colocar várias hipótese explicativas para o insucesso em matemática e discuti-las com argumentos lógicos ou pseudo-lógicos. Tentarei fazer isso neste pequeno artigo.
1º Hipótese: Trata-se de uma questão genética que afecta a população portuguesa.
Contra-argumento: Geneticamente, os dados científicos existentes apontam para uma fraca diferenciação interna dos portugueses, cuja base é essencialmente continental europeia, e essa base genética, mantêm-se aproximadamente a mesma nos últimos quarenta milénios, apesar da presença de inúmeros povos no território português que também contribuíram para o património genético dos seus habitantes. A explicação para o insucesso, em média, em matemática, não pode ser genética. Por outro lado, a história demonstra que já tivemos dos melhores matemáticos do mundo, aquando da época dos Descobrimentos, o que contradiz o argumento de que o insucesso em matemática é uma questão genética.
2º Hipótese: A matemática é extremamente difícil de compreender e os professores não a explicam bem.
Contra-argumentos: É mais difícil perceber como se usa a Internet, o melhor exemplo de um sistema de grande escala, altamente engenheirizado e ainda muito complexo, do que os passos necessários para a resolução de uma equação do primeiro grau.
É mais difícil perceber como se usa um MP3 do que perceber o que significa uma fracção.
A matemática não é difícil nem complexa, é lógica e por vezes mecânica, competências que os alunos portugueses possuem.
Se os alunos aprendem a usar a Internet, os MP3, os iPOD, etc, sozinhos, também não precisam de grandes explicações para entender o básico da matemática.
Destes argumentos resultam que o problema do insucesso em matemática não se deve exclusivamente à sua dificuldade ou à capacidade de comunicação dos docentes. Talvez se deva à menor motivação dos alunos para a apreender, relativamente às novas tecnologias, e aos processos pedagógicos utilizados pelos professores de matemática.
3º Hipótese: Os alunos chegam mal preparados ao níveis mais elevados de ensino, má preparação essa que não os faz progredir.
Contra-argumento: Através de um raciocínio recorrente, se os alunos chegam mal preparados ao 12º ano, então há culpas a atribuir ao 10º e 11º de escolaridade. Se chegaram mal preparados ao secundário, a culpa é do terceiro ciclo do ensino básico. Se chegam mal preparados ao terceiro ciclo, a culpa é do segundo ciclo de ensino. Se chegaram mal preparados ao segundo ciclo, a culpa é do primeiro ciclo. Se chegaram mal preparados ao primeiro ciclo, a culpa é da educação pré-escolar. Se chegam mal preparados ao jardim de infância a razão é genética. Ora, tínhamos visto na primeira hipótese que a genética não justificaria tais resultados. Por outro lado, as estatísticas mostram que o insucesso em matemática vai crescendo com o aumento dos ciclos de estudos, o que contradiz que a hipótese de que o ciclo anterior não preparou bem os alunos para o ciclo seguinte.
Em todo e qualquer nível de ensino, se os alunos tem competências, não são os conteúdos que não sabem que interessa. Essa lógica resulta da tentativa de pôr a água fora do capote dos vários níveis de ensino e contradiz os argumentos de facilidade avançados na segunda hipótese.
4º Hipótese: O insucesso resulta da falta de preparação dos docentes de matemática para atingirem um adequado nível de exigência.
Contra-argumento: Há cerca de duas décadas atrás, uma grande percentagem dos professores de matemática do ciclo preparatório e ensino liceal não tinham habilitações próprias. Os professores primários tinham como habilitações o equivalente ao 9º ano de escolaridade. Hoje são praticamente todos eles licenciados.
Antes e agora, os níveis de insucesso continuam elevados. É lógico atribuir-se o insucesso a matemática à formação dos docentes? Não há qualquer razão objectiva que justifique esse comportamento médio, o que não quer dizer que não se encontrem excepções.
5ºHipótese: O insucesso em matemática deve-se a factores sócio-culturais.
Argumento/Contra-argumentos: Não há estudos estatísticos sobre o que afirmarei, trata-se apenas de uma percepção.
Desde sempre que escutei, e nunca o deixei de o ouvir, os pais exprimirem aos filhos que nunca entenderam nada de matemática, e que para eles, a matemática é algo muito difícil. Que mensagens estão a transmitir aos filhos? Na primeira dificuldade, os filhos têm argumentos para dizerem que também acham que essa disciplina é difícil, e como tal, são geneticamente parecidos com os seus pais e irmãos que nunca tiveram aptidão para essa área. Por esse meio dá-se credibilidade à questão genética.
Desde os meus tempos de estudante que sempre ouvi os docentes de matemática dizerem aos alunos "Continua assim que vais chumbar" e raramente "Se fizeres um pequeno esforço, aqui e acolá, terás uma excelente nota". Que mensagem se transmite a um aluno que ainda não entendeu as regras de uma operação quando se diz isso? Encaminhamo-lo para o insucesso. Com esses comportamentos fortalece-se a hipótese da matemática ser difícil.
A maioria das vezes, a correcção e avaliação dos testes é pensada numa lógica subtractiva, ou seja, "está tudo certo, mas deixa-me ver onde posso cortar alguma coisa!" e nunca numa lógica aditiva "deixa-me ver o que se aproveita", ou "deixem-me identificar aquilo que o aluno necessita de aprender ou trabalhar". Quantas vezes se alude a uma máxima ridícula: 20 para Deus, 19 para mim e 18 para o melhor aluno, como se Deus e o Professor estivessem a ser avaliados simultaneamente, com uma escala absoluta?
Partir do princípio que todos os alunos tem possibilidade de passar a uma disciplina até ao final do ano lectivo, é completamente diferente de assumir que, logo no primeiro período (com apenas 1/3 do ano lectivo) não conseguirá atingir os objectivos mínimos quando lhe faltam 2/3 do ano escolar para aprender.
Na avaliação do PISA, que avalia as competências em matemática de 29 países da OCDE, afirma-se que se as condições sócio-económicas do nosso país e o nível de educação dos pais dos nossos alunos fossem iguais à média dos países da OCDE, o resultado médio dos portugueses em matemática subiria para valores positivos, colocando os alunos portugueses no 7.° lugar do conjunto dos 29 países da OCDE considerados no estudo, acima dos seus colegas da Alemanha, Áustria, Canadá, Dinamarca, USA, Espanha, França, Hungria, Irlanda, Islândia, Itália, Japão, Noruega, Suécia e Suíça.
Pode-se considerar que as questões sócio-culturais têm grande influência no insucesso em matemática no nosso país. Se assim é, há que combater esse insucesso do seguinte modo:
- Os avós, pais e irmãos devem evitar dizer que não gostam de matemática aos mais novos, e toda a família deveria fazer um esforço conjunto para aprender ou reaprender matemática.
-Proibir os professores de dizerem a um aluno que está reprovado a matemática até metade do ano lectivo, pelo menos, pois na teoria o aluno poderá ter sempre 20 durante meio ano, mesmo que tenha tido zero na primeira metade. No fundo, aplicar a máxima dos campeonatos de futebol: "ainda é tecnicamente possível chegar ao apuramento".
-Aconselhar os professores a corrigirem os testes numa lógica aditiva em vez da lógica de desconto, e não penalizar sucessivamente o aluno pelo mesmo erro em todos os problemas, ou seja, se a falha do aluno é não saber que 9x9=81 e essa conta aparece em todos os problemas, não faz sentido subtrair cotações por esse erro em todos os problemas. No fundo, valorizar mais as competências do que os conteúdos.
As sugestões aqui apontadas parecem ser ridículas, mas tentei fazer uma comparação com o ridículo que é o insucesso em matemática em Portugal. Todos temos obrigações de ajudar a resolvê-lo.
(IN DI XL)

sexta-feira, julho 22, 2011

RECOMENDA CARLOS CÉSAR Universidade dos Açores deve encontrar novos financiamentos



O presidente do Governo açoriano, Carlos César, garantiu ontem apoio à Universidade dos Açores (UAç), mas sublinhou que a academia tem de reforçar a atenção ao “meio envolvente para encontrar fontes de financiamento para assegurar a sua actividade”.
“As empresas têm que se adaptar ao mercado, o Governo tem que se adaptar às dificuldades e aos desafios emergentes no plano social e no plano económico e as universidades têm também de ter em consideração o mercado, a realidade envolvente, sem prejuízo da sua vocação universal exercida na área do saber, da investigação do conhecimento”, considerou.
Em declarações aos jornalistas depois de um encontro em Ponta Delgada com o novo reitor da UAç, Jorge Medeiros, Carlos César admitiu que a academia vai enfrentar dificuldades devido aos anunciados cortes no financiamento à educação, mas assegurou que o seu Governo continuará a colaborar com a instituição.
A Universidade dos Açores é “uma instituição nuclear do desenvolvimento regional”, dando suporte, nomeadamente, às políticas regionais nas áreas da economia do mar e da agricultura, referiu.
Jorge Medeiros, empossado no princípio do mês como reitor de uma academia com cerca de 4.500 alunos e departamentos dispersos pelas ilhas de S. Miguel, Terceira e Faial, afirmou o propósito de uma maior interligação da universidade com as empresas e com as instituições açorianas.Declarou-se, também, “preocupado” com a perspectiva de redução dos financiamentos do Estado à UAç, alegando que as verbas que lhe têm sido atribuídas garantem condições “mínimas” de funcionamento.



(in A União)

NA ESCOLA DE ENFERMAGEM DE ANGRA Saúde Respiratória na Criança em reflexão multidisciplinar



Os diversos profissionais das áreas de Saúde e Educação terão oportunidade de reunir num encontro dedicado à temática “Promoção da Saúde Respiratória na Criança” promovido pelas equipas de enfermagem que exercem funções nas Unidades de Pediatria, Neonatologia e Reabilitação Respiratória no Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo.Realizar-se-á nos dias 17 e 18 de Outubro do corrente ano, no auditório da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo, e prevê deslocar à ilha Terceira especialistas do continente e Madeira.
As equipas de enfermagem que exercem funções nas Unidades de Pediatria, Neonatologia e Reabilitação Respiratória no Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo (HSEAH) decidiram avançar com a I Reunião Conjunta de Reabilitação e Pediatria do HSEAH-EPE.
O tema central é o impacto negativo da doença respiratória na criança e sua família, e consequente organização de intervenções que sejam promotoras da saúde respiratória da comunidade infantil.
Segundo a responsável pela comissão organizadora, a ideia surgiu no decurso do desenvolvimento profissional dos elementos das referidas Unidades.
“Constataram que se assiste a um elevado número de crianças internadas com o diagnóstico clínico de Síndrome de Dificuldade Respiratória”, revela Etelvina Freitas, em declarações ao nosso jornal, adiantando que poderá afectar “quer ao nível das perturbações que provoca no desenvolvimento da criança, assim como alteração na dinâmica e equilíbrio familiar devido aos múltiplos internamentos”.
Considerando fundamental a reflexão multidisciplinar, continua, o evento pretende reflectir quais as patologias respiratórias mais frequentes – do diagnóstico à prevenção de complicações e da avaliação dessa mesma multidisciplinaridade contando para isso com a presença de diversos profissionais das áreas de Saúde e Educação locais, bem como do continente e da Madeira.
Não menos importante, diz, é a presença de pais, encarregados de educação e membros da sociedade civil “que se sintam implicados e desejam dar o seu contributo”.
“Há aqui uma vertente pedagógica de forma a profissionais de saúde e pais poderem actuar de modo mais eficiente e autonomizado”, salienta Etelvina Freitas.
Assim durante dois dias, 17 e 18 de Outubro próximo, no auditório da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo (ESEnfAH-UAç), médicos pediatras, nutricionistas, psicólogos, enfermeiros e investigadores de patologias como Asma/Rinite colocarão em cima da mesa trabalhos de estudo científico orientados para a idade infantil.
Dois simpósios

O programa científico – provisório – da I Reunião Conjunta de Reabilitação e Pediatria para Promoção da Saúde Respiratória da Criança, arrancará oficialmente dia 17 de Outubro, às 9h30, com a presença de um representante governamental, seguindo-se a primeira conferência “Do sopro de vida à respiração”, cuja conferencista ainda está por confirmar, e que será presidida por Francisco Gomes HSEAH, EPERC.
Às 11h15, o simpósio 1 denominado ao tema “Pulmão amigo deixa-me respirar – Patologia Respiratória na Criança”, abordará Patologia respiratória: Recém-nascido –, Adriana Pinheiro, HSEAH, EPER; Patologia respiratória: Lactente/Criança – Paula Gonçalves, HSEAH, EPER; Asma/Rinite: Do diagnóstico ao tratamento – Rodrigo Alves, HDES; e Da prática à Investigação – Ângelo Andrade, HSEAH, EPER, o qual será moderado por Luísa Silveira, HSEAH, EPER.
Após o almoço, a partir das 14h30, as atenções do Simpósio 2 “Ajuda-me a respirar melhor – Cuidados de Enfermagem na Patologia Respiratória” estarão centradas na intervenção de enfermagem na comunidade – Manuela Silva, CSAH; Patrícia Vargas, CSPV; intervenção de enfermagem na UCIN – Nisa Souto, HCF (Funchal); e intervenção de enfermagem na Pediatria – Carla Pereira, HSEAH, EPER.
A moderação estará a cargo de António Borges, CSPV.
Já ás 16h15, o programa prevê a realização de uma mesa redonda “O meu pulmão quer muitos amigos – Abordagem multidisciplinar da doença respiratória na criança”, que contará com um representante dos Pais – a definir –, enfermeira – Ana Marcos, Creche/Jardim de Infância SCMAH; nutricionista – Cláudia Meneses, HSEAH, EPER; psicólogo – Ricardo Brasil, ISJD, CSSR; e pediatra – Patrícia Galo, HSEAH, EPER.
Estará a moderar a mesma mesa redonda, a título de encerramento dos trabalhos do dia, Jesuína Varela, ESEnfAH-UAç.

(In Sónia Bettencourt sonia@auniao.com)

quinta-feira, julho 21, 2011

ESPECIALISTA JOSÉ MENDES CONSIDERA QUE JORNALISTAS PRECISAM DE FORMAÇÃO



Especialista em comunicação de risco, José Manuel Mendes considera que os jornalistas têm de ser preparados para comunicar em caso de catástrofe.



Não há ainda uma conveniente adequação do discurso jornalístico às situações de catástrofe, considera José Manuel Mendes, especialista em comunicação de risco, que defende que os jornalistas devem ser preparados para este tipo de situações. O professor da Universidade de Coimbra que hoje se desloca a Angra do Heroísmo no âmbito do workshop "Do envolvimento à participação: o papel da comunicação na gestão de riscos", disse a DI que tem havido, em Portugal, uma maior atenção ao discurso jornalístico em caso de catástrofe. No entanto, lamenta que em alguns jornais de renome existam profissionais especialistas em economia ou cenários de guerra e não em tragédias naturais ou tecnológicas. "Normalmente os jornalistas destacados para este tipo de situações são os que estão habituados a cenários de guerra e não há uma adequação do discurso, que não é, naturalmente, o mesmo", diz o especialista adiantando que "a cobertura, a relação com a população e o ritmo são totalmente diferentes". Para uma comunicação de risco eficaz, José Manuel Mendes defende uma articulação com as entidades e um bom enquadramento oficial, bem como informação rigorosa e verdadeira. Ainda assim, garante o investigador, os serviços regionais nos Açores têm feito um bom trabalho no que toca a este tipo de informação. No entanto, o envolvimento, diz, tem de ser maior. "É importante conhecer as zonas vulneráveis, desenvolver cartografia percetível e conversar com as populações. É que as pessoas quando veem e compreendem a cartografia dos perigos integram esses conhecimentos no seu quotidiano. Note-se que temos em Portugal índices muito grandes de resposta aos apelos da Protecção Civil, pelo que a adotar este tipo de estratégia também seríamos bem sucedidos", sustenta. COMUNICAR O RISCO A comunicação de risco, explica o professor universitário, prende-se com um conjunto de estratégias científicas em que se procura dar às populações instrumentos que possam ser aplicados em caso de catástrofe. "Estas estratégias passam pela comunicação social ou por reuniões informais em que as pessoas têm oportunidade de analisar a cartografia e questionar os especialistas", adianta José Manuel Mendes. Segundo o professor da Universidade de Coimbra, importa fazer a aproximação daquilo que são os riscos reais para aquilo que as pessoas, subjetivamente, consideram que são os riscos mais importantes. "Há uma corrente mais moderna nesta área da comunicação de risco que considera que o conhecimento leigo é tão importante como o conhecimento científico na mitigação de problemas e preparação eficaz de planos de emergência", afirma. É por isso que José Manuel Mendes considera essencial adequar a linguagem ao universo cultural da população. "Há várias formas de comunicar e, para as pessoas com menos escolaridade, as televisão e as rádios são essenciais. No entanto, é aos jornais que se recorre quando se quer saber pormenores como mapas ou percursos. É preciso é que as pessoas compreendam", conclui.
Compreender a vulnerabilidade socialé a base dos programas de emergência
José Manuel Mendes apresenta hoje na UAç, campus de Angra do Heroísmo, dois projetos que realizou no âmbito da compreensão da vulnerabilidade social de todos os concelhos do país, fora regiões autónomas. Para o professor universitário, o conhecimento deste tipo de vulnerabilidade - número de idosos, crianças e pessoas com deficiência - constitui a base da preparação dos programas de emergência. Neste sentido, o especialista em comunicação de risco frisou, por exemplo, que ao longo desta investigação denotou-se que muitos autarcas não tinham noção da percentagem de pessoas com deficiência existentes no concelho, pelo que foi necessário adequar os planos de resposta. De acordo com o investigador, os estudos agora apresentados revelam ainda tempos de resposta, formas de liderança e percepção do risco. José Manuel Mendes revelou a DI que uma das maiores conclusões têm que ver com a mudança da "lógica de familiaridade" para a "percepção de escala". "Nos primeiros momentos, em caso de acidente ou catástrofe, as pessoas tendem a chamar pelos seus vizinhos e não pelos familiares. Só depois recorrem às instituições oficiais, sobretudo aos bombeiros", frisa.



(in Diário Insular)

quarta-feira, julho 20, 2011

Workshop realiza-se no âmbito do programa África Annes



"Do envolvimento à participação: o papel da comunicação na gestão de riscos" é o tema de uma worshop que terá lugar amanhã e sexta-feira, no Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores.Trata-se de uma iniciativa organizada no âmbito do projeto África Annes e que conta com a participação de especialistas em diversas áreas como Manuel Calheiros, Isabel Carvalho Guerra, Luísa Pedroso Lima, José Manuel Mendes, Álamo Meneses, José Parreira, Isabel Abreu dos Santos, Marta Silva, Lia Vasconcelos, Sofia Guedes Vaz e João Vieira.Durante dois dias, os especialistas convidados e a equipa do projeto África Annes, constituída por Ana Moura Arroz, Paulo Borges, Rosalina Gabriel, Ana Cristina Palos, Isabel Estrela Rego, Félix Rodrigues e Emiliana Silva vão debater temas como "A cidadania e governança do risco", "Riscos ambientais, comunicação científica, media e cidadãos" e "Estratégias de promoção do envolvimento e participação dos cidadãos". No âmbito dos trabalhos do workshop serão também apresentadas algumas das ações desenvolvidas no projeto África Annes.
Projeto multidisciplinarFélix Rodrigues, investigador da Universidade dos Açores, disse ontem ao DI que o workshop vem na sequência do trabalho de quatro anos desenvolvido no projeto apoiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.Segundo referiu, a iniciativa a realizar em Angra do Heroísmo "será uma oportunidade para debater as diferentes situações de risco de natureza ambiental e a forma como deve ser feita a gestão da comunicação para que as pessoas tenham acesso à informação sem ficarem alarmadas".Entre as atividades desenvolvidas com o projeto África Annes estão as relacionadas com as pragas urbanas com destaque para as térmitas.Por outro lado, Félix Rodrigues realçou a realização de outras ações em áreas como a obesidade infantil, alterações climáticas globais, sismos e vulcões, implicações culturais e ambientais das touradas e qualidade e gestão dos recursos hídricos."Temos equipas com especialistas em diversas áreas que no âmbito do programa África Annes estão desenvolver diversas iniciativas como, por exemplo, um plano familiar de emergência para a ocorrência de sismos ou crises vulcânicas ou então ações que se destinam a sensibilizar as pessoas para o problema da obesidade infantil", afirmou.

(In Diário Insular)

terça-feira, julho 19, 2011

EM OUTUBRO Espécies invasoras dos Açores em discussão para controlo local



A “Prevenção e o Controlo de Espécies Invasoras” e “Do Envolvimento à Participação: o Papel da Comunicação na Gestão de Riscos” são as temáticas das próximas iniciativas das equipas de trabalho de investigação ambiental e biodiversidade do campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores.Enquanto a primeira tem como destinatários especialistas na matéria, a segunda estende-se a todos os estudantes interessados.
O auditório do Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores vai acolher um workshop sobre Prevenção e Controlo de Espécies Invasoras no arquipélago, no próximo mês de Outubro.
Trata-se de uma iniciativa do CITA-A – Centro de Investigação e Tecnologias Agrárias dos Açores que visa apresentar e discutir temas relacionados com espécies invasoras, nomeadamente a descrição das principais espécies invasoras dos Açores e discussão da sua importância em termos de impacte nos ecossistemas naturais; análise de casos estudados, com especial ênfase para os Açores; dinamização do envolvimento público e das entidades oficiais na prevenção e controlo de espécies invasoras; e análise e discussão de estratégias para a prevenção e controlo de espécies invasoras.
Fazem ainda parte dos objectivos desse evento, a dinamização, com o contributo de especialistas, entidades oficiais e público em geral, do Observatório Regional da Biologia das Invasões (ORBI); e a elaboração estratégias de curto, médio e longo prazo para a prevenção e controlo de espécies invasoras na Região.
De 27 a 29 Outubro

O programa prevê três dias divididos em quatro grandes partes – cenário actual, casos de estudo, envolvimento público e estratégias –, a realizar de 27 a 29 do mês de Outubro.
Após a recepção dos participantes e convidados, entrega de documentação, e cumprimentos de boas vindas do reitor da UAç e do secretário regional do Ambiente e Mar, a partir das 9h00, os trabalhos terão o seu início uma hora depois.
Os painéis irão abordar vários projectos, por dia, desde plantas invasoras no arquipélago dos Açores; animais invasores no arquipélago dos Açores; espécies exóticas e invasoras em meios aquáticos dos Açores; restauro de ecossistemas costeiros invadidos por Acacia longifolia; Laurissilva Sustentável: Controlo de espécies invasoras na Tronqueira/Planalto dos Graminhais; Controlo e erradicação de térmitas nos Açores.
Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies da Flora Invasora em Áreas Sensíveis (PRECEFIAS); Controvérsias em torno da Hortênsia e da Marsilia: o contributo dos modelos psicossociais para a compreensão da relação com a natureza.
Destaque ainda para os projectos programa SOS Térmitas: entre a persuasão e a mediação na comunicação de risco; Observatório Regional da Biologia das Invasões (ORBI); Estratégia da União Europeia para as espécies invasoras; Estratégia Canárias para a prevenção e controlo de espécies exóticas invasoras; Early detection and rapid response strategies for controlling incipient weeds and pests on Hawai Island: successes and failures; e Detecção Remota de Plantas Exóticas Invasoras em Áreas Protegidas da RAA.
Oradores de Canárias e Havai

Estarão presentes como oradores especialistas, investigadores e docentes de reconhecimento a nível nacional e internacional como Luís Dias e Silva, doutorado em Biologia, docente da Universidade dos Açores (UAç), coordenador do mestrado em Biodiversidade e Biotecnologia Vegetal; Paulo Borges, doutorado em Biologia, docente com agregação da UAç e coordenador do Grupo da Biodiversidade dos Açores (CITAA); Ana Ricardo da Costa, docente da UAç, coordenadora do mestrado em Biodiversidade e Ecologia Insular; Elizabete Canas Marchante, doutorada em Biologia, investigadora do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra e membro do Working Group on Invasive Alien Species da Comissão Europeia; Joaquim Teodósio, biólogo, coordenador da SPEA Açores e do Projecto LIFE Laurissilva Sustentável; João de Lemos Bettencourt, licenciado em Gestão e Administração Pública, director regional do Ambiente; Ana Moura Arroz, doutorada em Psicologia, docente da UAç, coordenadora do Programa SOS Térmitas; e Rosalina Gabriel, doutorada em Biologia, docente da UAç, coordenadora do mestrado em Educação Ambiental.
Serão também oradores Juan Rodríguez Luengo, biólogo do Serviço de Biodiversidade do Governo das Canárias, coordenador da Conservação da Fauna das Ilhas Ocidentais; Gerrit Jan Schipper III, doutorado em Gestão de Recursos Naturais, coordenador do Comité para as Espécies Invasoras da ilha de Hawai; e Artur Gil, engenheiro Biofísico, mestre em Ordenamento do Território e Planeamento Ambiental, doutorando do Grupo da Biodiversidade dos Açores.
Gestão de riscos aberta a estudantes

Entretanto, o CITA-A promove a partir de amanhã e até dia 22 de Julho uma acção de formação designada “Do Envolvimento à Participação: o Papel da Comunicação na Gestão de Riscos, no Campus do Pico da Urze da UAç.
Trata-se de uma iniciativa integrada no Projecto África Annes – Incorporação da percepção social na comunicação de risco ambiental, cujos objectivos são contribuir para reflectir acerca do papel estratégico da comunicação na gestão integrada de riscos; discutir processos de facilitação no envolvimento dos cidadãos na gestão de riscos; e promover a partilha de experiências entre os participantes no âmbito da intervenção e avaliação de programas de acção.
Para além da equipa do Projecto África Annes, o evento está aberto à comunidade académica da UAç.
Amanhã, pelas 20h00, os trabalhos arrancam com a exibição comentada do filme “O Arquitecto e a Cidade Velha”, sendo que, no dia seguinte, às 9h15, o painel de convidados abordará o tema Cidadania e Governança do Risco: o papel do investigador na peritagem de riscos: monitorização da infestação por térmitas nos Açores; Planeamento e preparedness: riscos ambientais e vulnerabilidade social; Percepção de riscos ambientais; e integração das perspectivas leigas nos sistemas de gestão integrada.
Ainda no mesmo dia, pelas 11h30, a sessão de posters concentrará as atenções no Projecto África Annes I e II, tendo início, às 14h30, o masterclass “Intervenção Social: da concepção à Avaliação de Programas.
Já a 22 de Julho, com início às 9h00, o debate terá como assunto central Riscos Ambientais, Comunicação Científica, Media e Cidadãos: Interfaces entre ciência, risco e sociedade; Entre a persuasão e a mediação: a complexidade das agendas da Comunicação de Risco; Risco e responsabilidade social dos media enquanto ‘opinion makers’; participação na gestão das paisagens; Integração das perspectivas leigas nos sistemas de gestão integrada; e Comunicação de risco e sustentabilidade.
Haverá ainda um masterclasse, a partir das 14h30, dedicado às Estratégias de Promoção do Envolvimento e Participação dos Cidadãos.
Essa acção de formação conta com uma lista de convidados de actividades profissionais nas áreas do Ambiente e da Arquitectura, a saber: Álamo Meneses; Isabel Abreu dos Santos; Isabel Carvalho Guerra; José Manuel Mendes; José Parreira; José Vieira; Lia Vasconcelos; Luísa Pedroso Lima; Manuela Calheiros; Marta Silva e Sofia Guedes Vaz.
(In Sónia Bettencourt sonia@auniao.com)

Workshop - Do envolvimento à participação: o papel da comunicação na gestão de riscos



Mestrado em Engenharia Agronómica



segunda-feira, julho 18, 2011

Finalistas de engenharia e gestão do ambiente da UAc habilitados a entrar na Ordem

Os estudantes do último ano do curso de engenharia e gestão do ambiente da Universidade dos Açores vão passar a poder integrar como membros estudantes a Ordem dos Engenheiros Técnicos, criada por diploma de junho, anunciou hoje a academia açoriana.
A nova ordem profissional, que ficará instalada até final do ano com a eleição dos seus primeiros dirigentes, foi criada a partir da Associação Nacional de Engenheiros Técnicos (ANET).
Com a passagem a membros efetivos da Ordem dos Engenheiros Técnicos, o que ocorrerá depois de um período de estágio realizado no fim do curso, os licenciados em engenharia e gestão do ambiente da Universidade dos Açores ficarão habilitados à prática de atos relacionados com a elaboração, execução, finalização ou direção técnica de estudos e projetos na área ambiental.
Segundo a academia açoriana, entre os atos que passarão a poder ser realizados pelos profissionais admitidos como membros efetivos da Ordem dos Engenheiros Técnicos figuram a realização de estudos de impacte ambiental, ordenamento do território, planeamento regional e urbano, controlo da poluição, recolha e tratamento de resíduos, sistemas de tratamento de águas, reabilitação de espaços degradados, gestão de recursos naturais e conservação da natureza.
Com vinte vagas disponíveis para o próximo ano letivo, o curso de engenharia do ambiente da Universidade dos Açores tem a duração de três anos, funcionando no Departamento de Ciências Agrárias, em Angra do Heroísmo.

(In Açoriano Oriental)

domingo, julho 17, 2011

Pós-graduação em Energia na Terceira

O Polo de Angra do Heroísmo apresenta este ano uma nova pós-graduação, em Energias renováveis.
A nova pós-graduação, que este ano estará disponível no polo da Universidade dos Açores, em Angra do Heroísmo, tem no seu plano curricular disciplinas como Políticas Energéticas, Contexto Internacional, Clima, Energia e Edifícios, Regulamentação do Sector Energético e Eficiência Energética, entre outros, e destina-se essencialmente aos licenciados em engenharia, arquitectura, economia, gestão, ciências do ambiente, ciências geológicas e outras áreas afins.
Esta pós-graduação tem a duração de dois semestres lectivos num total de 300 horas presenciais.
Os interessados deverão contactar o Campus Universitário de Angra do Heroísmo Departamento de Ciências Agrárias, mais especificamente o Doutor Mário Alves, pelos telefones 295 542 200 / 295 402 420.

(In Jornal Diário)

Ensino Superior: Mais 82 vagas no novo ano lectivo

As vagas serão distribuídas por 1.181 cursos, dos quais 176 em regime pós-laboral e 10 no sistema de ensino a distância.A primeira fase de candidatura ao Ensino Superior começa na quinta-feira e prolonga-se até 17 de Agosto.No ano lectivo 2011-2012, as universidades oferecem 27.037 vagas em regime normal, 1.753 pós-laboral e 30 de ensino a distância.Nos institutos politécnicos, abrem 20.974 vagas em regime normal, 3.994 em pós-laboral e 280 para ensino à distância.As áreas que mais vagas oferecem são as de Ciências Sociais, Comércio e Direito (28 por cento), Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção (23 pc) e Saúde e Serviço Social (15 pc).Segundo o MEC, 75 das novas vagas serão “financiadas pelas próprias instituições” de Ensino Superior.Estão abrangidas por esta modalidade 10 vagas em Ciências Agrárias na Universidade dos Açores, 25 em Estatística Aplicada na Universidade do Minho, 20 vagas em Educação Artística no Instituto Politécnico de Portalegre e outras tantas em Informação Turística no Instituto Politécnico de Viseu.A informação hoje divulgada pelo ministério dá ainda conta de 217 vagas de ingresso no curso de Medicina para licenciados, “mais 133 por cento”.O MEC aponta o início de funcionamento do curso de Medicina, “com abertura de vagas exclusivamente para licenciados através de concurso especial, na Universidade de Aveiro”, com 40 vagas, “às quais acrescem 32 vagas do curso de Medicina da Universidade do Algarve”, em moldes idênticos.Pela primeira vez desde a adopção do sistema de candidaturas via Internet, em 2007, a candidatura é apresentada “exclusivamente desta forma”, no sítio da Direcção-Geral do Ensino Superior.No ano lectivo transacto, houve 53.986 vagas para os alunos candidatos ao Ensino Superior, mais 2.068 do que em 2009, nas instituições públicas.

(in Público)

Curso de Engenharia e Gestão do Ambiente registada na Ordem DOS ENGENHEIROS TÉCNICOS

O Curso de Engenharia e Gestão do Ambiente (do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade dos Açores), após acreditação pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES), foi registado na Ordem dos Engenheiros Técnicos (antiga Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos) (criada pela Lei Nº 47/2011 de 27 de Junho), no colégio de especialidade de Engenharia do Ambiente.
Os estudantes do último ano do Curso podem já integrar a Ordem como membros estudantes, passando depois a membros estagiários.
Os membros efectivos desta Ordem estão habilitados a realizar um vasto conjunto de actos de Engenharia do Ambiente relacionados com a elaboração, execução, fiscalização ou direcção Técnica de estudos e projectos.
Um Engenheiro Técnico é um profissional habilitado nos termos da Lei n.º 46/86, de 14 de Outubro, e da Lei n.º 115/97, de 19 de Setembro, com o grau académico de bacharel e após a implementação do Processo de Bolonha com o grau académico atribuído ao 1º ciclo (curso de engenharia com pelo menos 180 ECTS) que, sendo possuidor de uma sólida formação de base (matemática, física, etc.) e de capacidade para aplicação das ciências de engenharia, possui conhecimentos para a prática dos actos de engenharia, os quais assentam na capacidade de concepção de soluções, de gerir, planear, executar e fiscalizar, de interface com outras especialidades e profissionais (coordenação) e de elaboração de projectos.
Um Engenheiro Técnico é, assim, um profissional dotado de competências e conhecimentos técnicos e científicos e de um sentido prático elevado que o habilitam para o desempenho de actos de engenharia da sua especialidade.
Exemplos de actos de Engenharia do Ambiente: estudos de impacte ambiental, ordenamento do território, planeamento regional e urbano, controlo de poluição, recolha e tratamento de resíduos, sistemas de abastecimento e tratamento de águas e saneamento de águas residuais, reabilitação de espaços degradados, laboratórios de análise de águas e de águas residuais, gestão de recursos naturais e conservação da natureza.


(In A União)

sábado, julho 16, 2011

Mestrado em Gestão e Conservação da Natureza vai estar disponível em e-learnig

Distribuídas nos Açores 24 mil armadilhas para térmitas



Já foram distribuídas nos Açores 24 mil armadilhas para térmitas, de acordo com o professor da Universidade dos Açores Paulo Borges. As armadilhas chegaram às ilhas Terceira, São Miguel, Faial e Santa Maria. São Jorge não se quis envolver no estudo, alegando falta de meios financeiros e na altura em que as armadilhas começaram a ser distribuídas ainda não haviam sido identificadas térmitas nas Lajes do Pico. Só em outubro ou novembro é que a equipa da Universidade dos Açores que coordena o estudo poderá disponibilizar mapas das zonas em que existe maior concentração de térmitas. Neste momento, ainda é cedo para se avançar com números, de acordo com Paulo Borges. "É muito difícil nesta fase dar um panorama, porque estamos no decorrer do próprio processo", alega. Só nessa altura também é que os investigadores poderão fazer um balanço da participação da população neste estudo. É que apesar da equipa ter feito chegar a todas as casas as armadilhas, é preciso agora que as pessoas se envolvam ativamente e façam chegar as armadilhas às juntas de freguesia, assim que estas se encontrem preenchidas. Ainda que sem números concretos, o professor da Universidade dos Açores adianta que este ano o enxameamento das térmitas foi tardio, devido às baixas temperaturas registas em março. "Agora é que está a haver o pico do enxameamento", frisa.



(In Diário Insular)

quinta-feira, julho 14, 2011

Caracterização Molecular do Cão Barbado da Terceira

Realizam-se no dia 18 de Julho, pelas 10 horas, no campus do Pico da Urze, as provas de Mestrado em Engenharia Zootécnica, requeridas pela licenciada Lisandra Raquel Vieira Ferraz Monteiro.
As provas serão avaliadas por um Júri presidido (por designação do Reitor) pela doutora Maria Manuela de Medeiros Lima, professora associada com agregação da Universidade dos Açores, sendo vogais os doutores Artur da Câmara Machado, professor auxiliar com agregação da Universidade dos Açores, Duarte Manuel da Silva Mendonça e Erica Elias Baron, especialistas em Genética.
As provas constarão da discussão pública, com crítica e defesa, de uma dissertação intitulada Caracterização Molecular do Cão Barbado da Terceira

Implementation of Immature Oocytes by Cryopreservation Technique and Subsquent in Vitro Maturation and Fertilization Post-Thawing.

Realizam-se no dia 15 de Julho, pelas 10 horas, no campus do Pico da Urze, as provas de Mestrado em Engenharia Zootécnica, requeridas pela licenciada Sofia Margarida Pontes Teixeira.
As provas serão avaliadas por um Júri presidido (por designação do Reitor) pelo doutor Joaquim Fernando Moreira da Silva, professor auxiliar com agregação da Universidade dos Açores, sendo vogais os doutores Célia Costa Gomes da Silva, Fernando Jorge da Rocha Pires, ambos professores auxiliares da Universidade dos Açores e António Eduardo Nobre Chaveiro, especialista em Reprodução Animal.
As provas constarão da discussão pública, com crítica e defesa, de uma dissertação intitulada Implementation of Immature Oocytes by Cryopreservation Technique and Subsquent in Vitro Maturation and Fertilization Post-Thawing.

Contagens de Células Somáticas em Leite de Ovelha Serra da Estrela.

Realizam-se no dia 15 de Julho, pelas 10 horas, na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, as provas de Mestrado em Engenharia Zootécnica, requeridas pelo licenciado Rui Manuel Cabral Rodrigues.
As provas serão avaliadas por um Júri presidido (por designação do Reitor) pelo doutor José Estevam da Silveira Matos, professor catedrático da Universidade dos Açores, sendo vogais os doutores António Manuel Moitinho Nogueira Rodrigues, professor coordenador da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, Manuel Vicente de Freitas Martins, professor adjunto da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco e Fernando José dos Santos Delgado, professor adjunto da Escola Superior Agrária de Coimbra.
As provas constarão da discussão pública, com crítica e defesa, de uma dissertação intitulada Contagens de Células Somáticas em Leite de Ovelha Serra da Estrela.

quarta-feira, julho 13, 2011

2.ª Edição do Mestrado em Tecnologia e Segurança Alimentar

Candidaturas
De 15 de Junho a 5 deSetembro de 2011


Objectivos
O presente curso destina-se a conferir competências a um nível avançado nos domínios emergentes tanto da Tecnologia como da Segurança Alimentar, que permitirão uma intervenção competente no sector alimentar.
O curso de mestrado pretende ainda estimular nos futuros profissionais a capacidade de aplicar novos conceitos a tecnologias de fabrico tradicionais, nomeadamente na área dos produtos lácteos e da transformação da carne e do pescado, sectores de especial importância tanto regional como nacional.
O exercício da prática profissional no domínio da segurança alimentar é uma actividade bastante complexa uma vez que implica tomadas de decisão em áreas muito diversificadas cujos interesses ainda tendem a ser conflituosos. Neste contexto é determinante um desempenho marcado pelo rigor técnico e científico, que se pretende conferir no presente curso de mestrado.


Condições de Acesso
São admitidos a concurso os candidatos que tenham concluído, com aproveitamento, o 1º ciclo de estudos ou titulares do grau de licenciado ou de habilitação legalmente equivalente, em Ciências dos Alimentos, Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Biotecnologia, Ciências da Nutrição, ou áreas afins.


Informações Adicionais
www.mtsa.uac.pt


Contacto
gsilveira@uac.pt

Estatísticas: Números que por vezes só confundem e enganam

Félix Rodrigues (Opinião)


Vem este artigo a propósito de uma notícia divulgada recentemente no vosso jornal sobre gastos, salários, etc, nas Universidades Portuguesas, usando os dados divulgados pela Direcção Geral do Ensino Superior. Olhando para os números, sem contexto, temos uma leitura completamente diferente daquela que teríamos se os contextualizássemos. Esses números são deveras enganadores.
Diz-se que a Universidade dos Açores é a segunda universidade mais cara do país e só a Universidade Técnica de Lisboa consegue ser mais cara. Ora, qualquer instituição de Ensino Superior é financiada de acordo com a “Lei de Bases de Financiamento do Ensino Superior Público que lhe define os objectivos e os princípios gerais e determina as diferentes componentes: o orçamento de funcionamento, o orçamento de investimento (definido em função dos Planos de Desenvolvimento e formalizado mediante a celebração de contratos de desenvolvimento), e o financiamento contratualizado através de Contratos-Programa, com vista à prossecução de objectivos concretos, a que acrescem as Receitas Próprias que provêm, na sua maioria, das propinas e da celebração de contratos de investigação ou de prestação de serviços”. Sendo assim, como se pode afirmar que uma Universidade é mais cara do que outra tendo em conta as regras de financiamento?
Por outro lado, os cursos universitários são diferentes uns dos outros, dentro da mesma instituição e entre instituições. Por exemplo, um curso de filosofia é bastante mais barato do que um curso de engenharia química ou engenharia física, porque o primeiro não tem aulas de laboratório, aulas essas que são fundamentais na formação técnica. Na componente laboratorial gastam-se reagentes, compram-se instrumentos e é necessário mais pessoal de apoio. Faz algum sentido compararem-se cursos tecnicamente distintos e por consequência os seus custos? Só é passível de comparação cursos semelhantes, se sujeitos a regras diferentes. Assim quando se diz que a Universidade Técnica de Lisboa é a mais cara país, não seria de esperar? Não é essa Universidade que tem o maior número de cursos de engenharia e de tecnologia?
A Universidade dos Açores, dada a sua multiplicidade de cursos, nos quais se incluem os de enfermagem que tem custos acrescidos comparados com outros estritamente teóricos, terá um preço dependente disso. Faz sentido então lançar uma notícia que se comparam custos que fazem parte das regras de financiamento? Qual é o objectivo disso? Reduzir o custo dos cursos técnicos? Passarmos todos a ter cursos não técnicos? Seria caótico termos um analista a fazer-nos análises sem nunca ter visto e tocado num único instrumento, um enfermeiro a dar-nos uma injecção sem nunca ter pegado numa agulha, um veterinário a operar um animal sem nunca ter feito pelo menos uma única operação ou um médico ser nunca ter visto um paciente.
Classificar os custos em pior e melhor performance económica por diplomado, sem referir a sua especificidade, é uma comparação desprovida de sentido.
Não podemos esquecer que as Universidades são instituições públicas, tais como as escolas secundárias. Faz sentido comparar performances de escolas secundárias em termos de eficiência ou desperdícios com os gastos por aluno? Se sim, não é necessário fazer contas para percebermos que as escolas superlotadas são economicamente as mais eficientes. O que é curioso, é que se tal comparação fosse feita, mais tarde acusaríamos essas mesmas escolas de terem os piores resultados (pelo menos é o que seria expectável).
A pior afirmação desse estudo da Direcção Geral é quando se afirma que os Professores da Universidade dos Açores são pagos acima da média nacional. É uma asneira atroz. Até parece que se pagam horas extraordinárias (não existem), orientações de mestrados e doutoramentos (não são pagas), percentagens pela prestações de serviços (não são pagas), bónus pela investigação (não existe) ou gratificações.
O que se passa com a Universidade dos Açores, é que o seu corpo docente é maioritariamente doutorado, e que, se compararmos com Universidades que não os tem, os salários tabelados são menores. Fará sentido comparar desempenhos económicos em termos salariais entre uma escola do ensino secundário cujos professores tem a habilitação mínima e outra cujos professores são todos mestres? A comparação feita em termos dos salários dos professores da Universidade dos Açores com outras instituições é dessa natureza.
Quando se afirma que a média de um salário de um docente da Universidade dos Açores é 45 142 euros anuais e que a média nacional é de 43 816 euros, se isso estiver certo, quer apenas dizer que os professores da Universidade dos Açores tem em média formação mais avançada do que os docentes das outras instituições. Apenas isso, não é uma questão de gestão. Se se acrescentar que o salário líquido anual médio de um docente universitário é inferior a 24 000€, o números anteriores são enganosos e mero artificialismo.
Ora, um professor do ensino pré-escolar, básico ou secundário, sem mestrado e doutoramento com o mesmo tempo de serviço do que eu, ganha mais do que eu e de que a maioria dos meus colegas. Quer isso dizer que é uma questão de má gestão desses níveis de ensino? Um professor do ensino não superior, nas mesmas condições de tempo de serviço anteriormente referidas (só posso comparar comigo e com a maioria dos meus colegas, impedidos de subir à cerca de sete anos, por questões de financiamento do Estado), ganha por ano ilíquido 43 385 €, ou seja, um valor próximo da média nacional do salário ilíquido do Ensino Superior. Se por acaso atendermos ao facto de nos Açores, os professores do ensino não superior ganharem ajudas compensatórias, e os do ensino superior não, os do ensino não superior, ganham mais dos que os do ensino superior, quando com o mesmo tempo de serviço e sem provas publicas prestadas. Acresce ainda o facto de haver horas extraordinárias, comissões, etc, por trabalhos extra para os professores do ensino não superior, que para os do superior não existem. Como é que o próprio Estado que estipula regras de não subida, vem dizer que a Universidade dos Açores paga mais aos seus docentes do que outras instituições?
A comparação feita pela Direcção Geral do Ensino Superior é absurda e descontextualizada.
As Universidades públicas não podem ter lógicas de empresas privadas e sujeitá-las a regras e avaliações públicas ou vice-versa. Neste momento o Ensino Superior tem regras mais apertadas do que as escolas secundárias . Afinal o que é essa estatística?
O ensino superior é neste momento, o menos financiado do país e o mais mal pago, graças à regra que o obriga a procurar financiamento próprio que as outras instituições do ensino não superior não tem obrigação de captar. Isso revela a aposta que tem sido feita nos últimos anos no ensino superior pretendia que os docentes/investigadores, além de pagarem o seu salários ainda tivessem que arranjar dinheiro para pagar a formação dos alunos que o Estado lhes impunha num regime de competição entre instituições públicas, só observável, noutros países entre instituições privadas. Espera-se que algumas dessas regras sejam alteradas para haver justiça e dignidade entre os diferentes níveis de ensino em Portugal.
Há de facto gastos no Ensino Superior que podem ser racionalizados e diminuídos, mas com regras claras e objectivos bem definidos. Misturar coisas que são imiscíveis, o resultado é a confusão. As Universidades portuguesas são semelhantes a água com azeite: um fase corresponde o seu trabalho público e tabelas salariais outra às competências mais privadas, como a disputa por alunos com outras instituições também elas públicas ou prestações de serviços sem tradução em valoração salarial. Por mais que queiramos misturar, as fases separam-se, e nunca se confundem, por isso há que saber olhar para essas instituições pela óptica adequada.
Qualquer número tem um contexto, mesmo em matemática teórica.
(In A União)

Sea to Shore: an economic evaluation of the Azorean commercial fisheries

Realizam-se no dia 15 de Julho de 2011, pelas 15h no Departamento de Oceanografia e Pescas, na cidade da Horta, as Provas de Doutoramento no ramo de Ciências do Mar, especialidade de Recursos Marinhos, requeridas pela licenciada Natacha Dentes de Carvalho Gaspar.
As provas serão avaliadas por um júri presidido pelo Magnífico Reitor da Universidade dos Açores, Prof. Doutor Jorge Manuel Rosa de Medeiros, sendo vogais o Doutor Gareth Edward-Jones, full professor da University of Bangor (UK); o Doutor Karim Erzini, professor associado com agregação da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade do Algarve; o Doutor Leonel Serrano Gordo, professor auxiliar da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; o Doutor Mário José Amaral Fortuna, professor catedrático da Universidade dos Açores; o Doutor Tomaz Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho, professor auxiliar da Universidade dos Açores; o Doutor Eduardo José Louçã Florêncio Isidro, investigador auxiliar da Universidade dos Açores; o Doutor Mário Rui Rilhó de Pinho, investigador auxiliar da Universidade dos Açores; e o Doutor Gui Manuel Machado Menezes, investigador auxiliar da Universidade dos Açores.

As provas constarão da discussão pública, com crítica e defesa, de uma dissertação intitulada Sea to Shore: an economic evaluation of the Azorean commercial fisheries .

segunda-feira, julho 11, 2011

Provas de Doutoramento - Cidália de Fátima Cabral Frias

A Professora Adjunta da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo Cidália de Fátima Cabral Frias, realizou, no dia 28 de Junho de 2011, as provas de Doutoramento em Enfermagem, na Universidade de Lisboa, tendo obtido a classificação de Muito bom com distinção e louvor.

domingo, julho 10, 2011

Turismo Pedagógico

Félix Rodrigues (Opinião)

A crise, seja ela qual for, não é necessariamente evolutiva. Resulta de uma perturbação temporária dos mecanismos de regulação e tem origem em causas externas e internas. Ouvimos com frequência que é na crise que surgem as novas oportunidades, o que quer dizer, que para sairmos dela teremos que ser criativos, lógicos, preditivos e empreendedores. Quando nos pomos a pensar sobre as novas oportunidades de crescimento económico nos Açores surge-nos quase de imediato a necessidade de implementar processos de transformação dos nossos produtos agrícolas que lhe acrescentem mais valias, o turismo e a exploração do mar. O Arquipélago dos Açores, como muitos o afirmam, tem enormes potencialidades. De pouco serve ter-se potencialidades se não soubermos transformá-las em oportunidades de crescimento.Centremo-nos então nas nossas potencialidades turísticas.O turismo é uma actividade de difícil definição, pois muitas vezes é confundido com lazer. Turismo e lazer podem não ser efectivamente coincidentes, mas ambas as actividades resultam na fuga de uma rotina diária onde se procuram novas realidades: paisagens, novas pessoas ou culturas.Sendo o turismo uma actividade económica multifacetada, interessa-nos abordá-lo exactamente como ele é: segmentado, diversificado e específico. Aqui focarei apenas o turismo educacional ou pedagógico que, como facilmente se percebe pela designação, pouco tem a ver na sua essência com o turismo que estamos a promover neste momento.O turismo pedagógico já estava difundido na Europa em meados do século XVIII, principalmente entre os jovens ingleses que viajavam no continente acompanhados por tutores. Este tipo de turismo procura o contacto directo com o ambiente natural, os ambientes históricos, culturais e sociais. Assim sendo, o turismo educacional, é uma ferramenta importante na construção da percepção da realidade pelos alunos.As escolas que pretendem praticar o turismo pedagógico ou escolar procuram serviços especializados de agências que permitam proporcionar aos seus alunos uma viagem, o mais completa possível, onde contam com o auxilio de guias ou especialistas nas suas áreas de interesse. Paralelamente, as escolas usualmente procuram apoios ao nível do alojamento e da alimentação dos alunos daí que este segmento turístico pode não render tanto ao nível económico como à partida se esperaria, mas paralelamente promove os locais onde ocorre e traz consigo adultos, normalmente pais, professores e auxiliares da acção educativa.Este nicho do mercado não está a ser devidamente valorizado em Portugal, todavia há exemplos de sucesso quer no País quer na Região. Para o desenvolver há que promover a cooperação entre instâncias governamentais, municipais, escolas e universidade, que possuem meios, equipamentos e saberes especializados capazes de oferecer aquilo que o mercado não oferece. Com este tipo de turismo, além de se promover um destino turístico também se faz uma educação moderna que assenta na teoria construtivista do conhecimento e que sujeita os alunos a novos cenários e novas experiências, visando a sua formação integral.É possível propor pacotes de viagens, apoios logísticos (como alojamento nas escolas, dado que esse tipo de turista é pouco exigente ou preços razoáveis relacionados com a utilização de veículos públicos), e programações turísticas aos alunos de todas as escolas portuguesas, quando houver vontade e capacidade de colaboração das várias instituições públicas. Não vale a pena promover este tipo de turismo sem ser de forma sustentável, tendo em vista o cumprimento de dois objectos que não são obrigatoriamente incompatíveis: a minimização dos custos para os alunos e a maximização dos benefícios económicos da região que o promove. Assim sendo, a mais valia deste tipo de turismo resulta na promoção da imagem da região, bem como num efeito multiplicador, que é citado frequentemente como sendo a forma de capturar efeitos secundários do gasto turístico, com benefícios em diferentes sectores da economia.

(IN DI XL)

sexta-feira, julho 08, 2011

Caracterização de um Efectivo de Bovinos de Raça Mirandesa Explorados em Regime Extensivo

Realizam-se no dia 11 de Julho, pelas 16 horas, no Instituto Politécnico de Castelo Branco, as provas de Mestrado em Engenharia Zootécnica, requeridas pelo licenciado António José Leão Travassos Galvão.
As provas serão avaliadas por um Júri presidido (por designação do Reitor) pelo doutor Joaquim Fernando Moreira da Silva, professor auxiliar com agregação da Universidade dos Açores, sendo vogais os doutores Henrique José Duarte Rosa, professor auxiliar da Universidade dos Açores, António Manuel Moitinho Nogueira Rodrigues e José Pedro Pestana Fragoso de Almeida, ambos professores coordenadores da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco.

As provas constarão da discussão pública, com crítica e defesa, de uma dissertação intitulada Caracterização de um Efectivo de Bovinos de Raça Mirandesa Explorados em Regime Extensivo.

Oportunidades de Financiamento nos temas Alimentação, Agricultura e Pescas, e Biotecnologia (KBBE), Ambiente e Saúde do 7º PQ de I&DT


quinta-feira, julho 07, 2011

Jorge Medeiros nomeia nova equipa reitoral

O novo reitor da Universidade dos Açores nomeou ontem a equipa reitoral que deverá exercer funções durante os quatro anos do seu mandato.José Cabral Vieira, docente do departamento de Economia e Gestão e ex-diretor regional da Energia e Rosa Goulart, docente do departamento de Línguas e Literaturas Modernas foram nomeados para o cargo de vice-reitor para as áreas administrativas e académicas.A equipa de Jorge Medeiros integra ainda seis pró-reitores.Maria Teresa Medeiros, docente do departamento de Ciências da Educação vai exercer as funções de pró-reitora para a Formação ao Longo da Vida e David Horta Lopes, docente do Departamento de Ciências Agrárias de vice-reitor para o Desenvolvimento das Regiões e Extensão. Luís Andrade, docente do departamento de História, Filosofia e Ciências Sociais, será o pró-reitor para as Relações Internacionais e Cooperação Institucional e Paulo Fialho, docente do departamento de Ciências Agrárias, pró-reitor para a Qualidade, Avaliação e Ensino à Distância. Armindo Rodrigues, docente do departamento de Biologia, será pró-reitor para a Gestão da Investigação e Ricardo Serrão Santos, investigador do departamento de Oceanografia e Pescas, pró-reitor para a Integração dos Assuntos do Mar.Jorge Medeiros é o primeiro reitor eleito em Conselho Geral, tendo sido escolhido pela margem mínima, oito votos contra sete do seu opositor, Alfredo Borba.A posse do novo reitor da Universidade dos Açores ocorreu segunda feira.

(In Diário Insular)

quarta-feira, julho 06, 2011

Workshop sobre Prevenção e Controlo de Espécies Invasoras

Curso de Pós-Graduação em Cuidados Paliativos

Realizar-se-á no próximo dia 8 de Julho, às 14h30, no Auditório da ESEnfAH-UAC a Sessão Solene de Encerramento da 1ª edição do Curso de Pós-Graduação em Cuidados Paliativos da Escola Superior de Enfermagem de Angra do Heroísmo – Universidade dos Açores.

terça-feira, julho 05, 2011

Tomada de Posse do Novo Reitor da Universidade dos Açores

Programa Erasmus 2011

Reitor Avelino Meneses

Decq Mota (Opinião)

O Prof. Doutor Avelino Meneses acabou de cumprir o seu segundo e último mandato como Reitor da Universidade dos Açores. O reitorado do Prof. Avelino Meneses demonstrou que a Universidade desta Região Autónoma pode ser dirigida com uma visão que, simultaneamente, respeita e enriquece as nossas especificidades. O reitorado do Prof. Avelino Meneses fica também marcado pelo desenvolvimento de um esforço muito sério de valorização da Universidade dos Açores, enquanto parte importante, embora singular, desse valioso conjunto que pode ter o nome de Universidade Portuguesa.A tripolaridade da Universidade dos Açores foi assumida, desde a fundação, como um importante elemento definidor e estruturante dessa instituição. Reconheceu-se, desde o início, que a Universidade nascente teria que ter pólos, embora de vocação e dimensão diferentes, nas três cidades históricas, porque só desse modo essa nova realidade constituiria um sólido contributo na construção da ideia de Região, que então se encetava. A vida, entretanto, demonstrou que, quer por acção, quer por omissão, muito se fez, ao longo do tempo, para retirar conteúdo, ou mesmo destruir essa tripolaridade.O Prof. Avelino Meneses, pondo termo a esses comportamentos equívocos e hesitantes, que ameaçavam a eternizar-se, apresentou-se às eleições para Reitor como um defensor e promotor efectivo da tripolaridade e cumpriu, sem margem para dúvidas, esse desígnio. Estar nas novas instalações do DOP, como estive na passada 4ªfeira, com os responsáveis, investigadores, trabalhadores e colaboradores desse Departamento e com o Prof. Avelino Meneses, é estar com todos os que, com o seu trabalho, construíram e prestigiaram o DOP e com aquele que, sendo Reitor, não hesitou em reconhecer isso mesmo.Por tudo quanto fez pela Universidade dos Açores e por cada um dos seus três pólos, enquanto Reitor, o Prof. Avelino Meneses merece o reconhecimento de todos os Açorianos.

(In Diário Insular)

Universidade dos Açores precisa de mais docentes

O novo reitor da Universidade dos Açores, Jorge Medeiros, elegeu como prioridades para o seu mandato de quatro anos aumentar o quadro de docentes e alterar a política de financiamento da instituição.Jorge Medeiros, que ontem foi empossado no cargo de reitor da Universidade dos Açores em Ponta Delgada, referiu que é necessário "incluir gradualmente" a instituição no espaço de ensino europeu de ensino superior."Pretendemos desenvolver os esforços necessários para contratar pessoal docente e potenciar a inovação e a investigação e melhorar a gestão de projetos", afirmou.De acordo com Jorge Medeiros, a Universidade dos Açores deve apoiar mais os seus investigadores "de modo a facilitar a sua capacidade competitiva".Cabral Vieira (ex-diretor regional da Energia) e Rosa Goulart (membro do Conselho Geral), vão assumir as funções de vice-reitores, enquanto os pró-reitores para as diferentes áreas da academia açoriana e o administrador serão nomeados nos próximos dias.Jorge Medeiros é o primeiro reitor da Universidade dos Açores escolhido em eleições abertas a candidatos exteriores à instituição.Vice-reitor da academia açoriana desde 2001, Jorge Medeiros é doutorado em Química e pretende reformar o estabelecimento de ensino criado em 1976. O novo reitor, o quinto na história da Universidade dos Açores, foi eleito pelo Conselho Geral pela margem mínima, obtendo oito votos, contra sete do seu opositor, Alfredo Borba, que exercia a funções de pró-reitor do Campus de Angra do Heroísmo.Ocuparam também o cargo de reitor da Universidade dos Açores José Enes, Machado Pires, Vasco Garcia e Avelino Meneses.Com cerca de 4.500 alunos, mais cerca de mil do que há oito anos, a Universidade dos Açores dispõe de um quadro de 461 docentes e 235 funcionários dispersos por dez departamentos, que funcionam em São Miguel, Terceira e Faial e duas escolas superiores de Enfermagem, localizadas nas cidades de Ponta Delgada e Angra do Heroísmo.
Custos com pessoalA Universidade dos Açores é a segunda universidade do país que, em 2010, teve mais custos com pessoal por aluno diplomado.De acordo com dados da direção-geral do Ensino Superior, ontem divulgados pelo jornal "Público", a Universidade dos Açores gastou uma média de 28.060 euros por cada aluno no que se refere a custos com pessoal.Os dados oficiais revelam que a Universidade dos Açores gastou o ano passado 17,7 milhões de euros em despesas com pessoal.Entre os 582 funcionários da Universidade dos Açores, 54 corresponde a pessoal não docente e 3,8 por cento ocupavam cargos dirigentes.No que se refere aos dados dos custos com pessoal por aluno, a Universidade de Évora é a menos eficiente com um rácio de 28.510 euros enquanto o ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa, surge no topo da lista das instituições com melhor desempenho com uma média 13,366 euros por aluno.A Universidade da Madeira surge em quinto como a mais eficiente com uma média de gastos por aluno de 17.883 euros.No que se refere a gastos com pessoal, a Universidade da Madeira despendeu em 2010 um total de 12,2 milhões de euros em encargos com os 387 funcionários.As 15 universidades públicas gastaram 780,5 milhões de euros com pessoal docente e não docente. Nove delas registaram um acréscimo (entre um e sete por cento), cinco uma descida, e uma (Minho) manteve o montante dos encargos de 2009. As remunerações médias anuais pagas nos estabelecimentos de ensino superior nacionais foram de 35.138 euros (docentes) e 14.807 euros (não docentes).
(In Diário Insular)

GASTOS EM PESSOAL POR ALUNO Universidade dos Açores é a segunda mais cara do país



A Universidade dos Açores (UAç) é a segunda do país com mais gastos por aluno inscrito e por aluno diplomado, segundo um estudo ontem apresentado pela Direcção Geral do Ensino Superior denominado “Pessoal existente em Instituições de Ensino Superior Público” referente a 2010.
De acordo com o documento, a UAç gastou, em 2009-2010, 4650 euros em pessoal por cada aluno inscrito, sendo a média nacional de 4119 euros.
Pior que academia açoriana só a Universidade Técnica de Lisboa (UTL), com um encargo de 4764 euros, enquanto a Universidade Aberta conseguiu o melhor resultado com 1384 euros por cada aluno.
A Universidade dos Açores têm também a segunda pior performance em custos com pessoal por diplomado com 28060 euros, enquanto a média nacional se cifra nos 20802 euros. Neste particular, só a Universidade de Évora tem mais encargos com 28510 euros, enquanto o ISCTE é a instituição mais “poupada” com um custo em pessoal de 13366 euros por cada diplomado.
De realçar ainda que a Universidade da Madeira gasta 3915 euros em pessoal por cada aluno inscrito e 12883 euros por cada diplomado, valores bem abaixo da sua congénere insular.
O estudo agora apresentado mostra ainda que a totalidade dos custos com pessoal da Universidade dos Açores não são suportados através de receitas próprias, sendo que esse valor médio se cifra nos 7% nas restantes universidades, com a Universidade da Beira interior a conseguir suportar esses encargos com 19% das suas receitas.

Professores pagos acima da média

Segundo os dados agora apresentados, a remuneração média anual de um docente na UAç, em 2010, foi de 45142 euros, acima da média nacional de 43816 euros, e a quarta entidade que melhor remunera os seus docentes das 15 instituições de natureza universitária publicas existentes em Portugal, sendo que para os não docentes esse valor se situa nos 16076 euros, neste caso um pouco abaixo da média de 16830 euros.
No final de 2010, a UAÇ tinha nos seus quadro de funcionários 582 pessoas, das quais 366 eram não docentes, representando 54% do total de todo os trabalhadores, um valor acima da média das restantes universidade sonde o pessoal não-docente atinge 49% de todos os funcionários.
Comparando com igual período em 2009, os docentes cresceram 6% enquanto o pessoal não docente teve uma quebra de 4%.
Quanto aos custos totais a instituição açoriana gastou em 2010 17, 1 milhões de euros com pessoal, menos 2% que em 2009, sendo a terceira universidade pública do país com menos gastos totais em pessoal, muito longe da média de 52 milhões de euros.Os dados deste estudo foram submetidos pelas próprias instituições de ensino.


(In A União)

Modelo de Recolha de Resíduos Urbanos para o Concelho de Ponta Delgada.

Realizaram-se no dia 4 de Julho, pelas 10h30m, na sala de mestrados do Departamento de Economia e Gestão da Universidade dos Açores, as provas de Mestrado em Engenharia do Ambiente, requeridas pela licenciada Vânia Cabral Pimentel.

As provas foram avaliadas por um Júri presidido (por designação do Reitor) pelo Doutor António Félix Flores Rodrigues, professor auxiliar da Universidade dos Açores, sendo vogais os Doutores Francisco José Ferreira Silva e Paulo Jorge Ferreira Medeiros, ambos professores auxiliares da Universidade dos Açores e Maria Adelaide Pinto dos Santos Carvalho, professora auxiliar convidada da Universidade dos Açores.
As provas constaram da discussão pública, com crítica e defesa, de uma dissertação intitulada Modelo de Recolha de Resíduos Urbanos para o Concelho de Ponta Delgada.

segunda-feira, julho 04, 2011

NOVO REITOR PRETENDE Licenciaturas de "banda larga" na Universidade dos Açores


O novo reitor da Universidade dos Açores (UAç) afirmou ontem pretender introduzir na academia licenciaturas de “banda larga” que habilitem os alunos com uma formação “alargada a várias ciências de base” capaz de garantir um leque variado de escolhas.
Jorge Medeiros, que hoje toma posse do cargo, adiantou à agência Lusa que a criação de novos cursos com essa configuração se integra no projecto de reestruturação que projecta implementar para modernizar a instituição, criada há 35 anos.
“Há que introduzir cursos de 1.º ciclo (licenciatura) de ‘banda larga’ - com formação abrangente, alargada a várias ciências de base e com a qual os estudantes poderão ingressar em vários cursos de 2.º ciclo (mestrado) da UAç ou em universidades nacionais ou estrangeiras”, sublinhou o primeiro reitor da academia açoriana escolhido em eleições a que puderam concorrer docentes exteriores à instituição.
Partindo do pressuposto de que a Universidade dos Açores já tem uma “massa crítica especializada em várias áreas do saber e as infraestruturas necessárias quer em S. Miguel, quer na Terceira ou no Faial”, Jorge Medeiros considerou importante agora repensar a UAç, apostando na oferta lectiva e na investigação.
"No que se refere aos cursos disponibilizados é preciso aumentar a oferta em matéria de doutoramentos (3.º ciclo”, até porque “já temos um capital intelectual bastante alargado”, afirmou, defendendo que no domínio da investigação importa avançar com “projectos multidisciplinares”.
“A UAç é já reconhecida pela sua investigação em várias áreas, mas é preciso avançar para projectos multidisciplinares, pois é através de projectos desses que vamos conseguir intervir mais na sociedade e atender às necessidades específicas do arquipélago”, alegou.
Para o novo reitor, a investigação pode constituir uma das principais “alavancas” na concretização de uma necessidade com que a academia se confronta, especialmente num quadro de restrições económicas: “A diversificação das fontes de financiamento para reduzir a sua dependência do Orçamento do Estado”.
“Com a realização de projectos envolvendo várias áreas poderemos encontrar novas fontes de financiamento”, sustentou, alegando que face à crise é necessário “tentar sobreviver com financiamentos bastante mais reduzidos”.
Jorge Medeiros declarou “não ter dúvidas” de que a UAç vai ter grandes dificuldades, mas disse acreditar que “mostrando que apresenta um leque de formação bastante atractivo e com qualidade” a academia poderá mesmo cativar muitos alunos que deixam o arquipélago para estudar no exterior.
“A ida para universidades fora da Região é sempre muito atractiva para os estudantes açorianos, contudo se a UAç começar a mostrar que apresenta um leque de formações bastante abrangente e com qualidade a situação vai começar a ser invertida”, afirmou.
Jorge Medeiros garantiu ainda que só em último recurso é que a academia recorrerá a um aumento substancial das propinas como meio de obtenção de mais receitas.
“A nossa intenção é manter o estatuto de uma das poucas universidades portuguesas sem a propina máxima e com ajustamentos indexados à inflação”, adiantou.



O quinto em 35 anos

A Universidade dos Açores (UAç), criada há 35 anos para “fomentar o desenvolvimento sustentado do arquipélago”, muda de reitor a partir de hoje, passando a ser dirigida por um químico, Jorge Medeiros.
Com cerca de 4.500 alunos, mais cerca de mil do que há oito anos, a UAç dispõe de um quadro de 461 docentes e 235 funcionários dispersos por dez departamentos, que funcionam em S. Miguel, Terceira e Faial, e duas escolas superiores de Enfermagem, localizadas nas cidades de Ponta Delgada e Angra do Heroísmo.
Eleito pela primeira vez ao abrigo da legislação que abriu a possibilidade de escolher para o cargo candidatos exteriores à instituição, Jorge Medeiros foi eleito pelo Conselho Geral pela margem mínima, obtendo oito votos contra sete do seu opositor, Alfredo Borba.
O sucessor de Avelino Meneses, um historiador que ocupou o cargo durante oito anos, tem 51 anos e desempenhava funções de vice-reitor desde 2001.
Doutorado em Química, Jorge Medeiros apontou a sua “experiência acumulada” na reitoria como uma dos principais argumentos eleitorais.
Antes dele, ocuparam o cargo de reitor do único estabelecimento oficial de Ensino Superior dos Açores José Enes, Machado Pires, Vasco Garcia e Avelino Meneses.

(In A União)

Combate às térmitas em São Miguel

domingo, julho 03, 2011

Reitor da Tripolaridade

Natural das Lajes, Avelino Meneses nasceu, em 1958, no seio de uma família rural que se dedicava à agricultura e outros ofícios característicos do meio.
Frequentou o ensino primário nas Lajes e foi aluno externo até ingressar no Liceu de Angra do Heroísmo para concluir os últimos dois anos do ensino secundário (curso complementar).
"Durante vários anos tive duas explicadoras que me preparavam para os exames. Considero que essas explicadoras heroínas do saber porque tanto ensinavam português como francês, matemática, física, geografia ou história", refere.
A qualidade de aluno externo obrigava a que tivesse um encarregado de educação com habilitações literárias compatíveis. Coube ao médico da Praia da Vitória e último Governador Civil de Angra do Heroísmo, Oldemiro Cardoso de Figueiredo, a tarefa de orientar os estudos de Avelino Meneses.
"Quando chego ao Liceu de Angra, em 1975, o ensino atravessa um período de grande efervescência, marcado pelo ritmo da revolução com forças contraditórias. Esse foi um período de que guardo gratas recordações porque tive professores com grande competência", afirma.
Quando chega a altura de optar pela área académica no ensino superior, o fascínio pela História, que vem desde a infância, torna essa opção óbvia.
"O Viriato foi o meu primeiro herói e surge no meu livro de História quando andava na terceira classe. É óbvio que, nessa altura, a História era algo romanceada para se cumprir propósitos de natureza política, mas teve a vantagem de me entusiasmar para essa área", adianta.
Integra o segundo grupo de alunos admitidos na Universidade dos Açores e inicia o curso de Historia, em janeiro de 1978.
"A primeira vez que saí da Terceira e que andei de avião foi para ir estudar para Ponta Delgada", recorda.
A intenção de Avelino Meneses era concluir o curso de História e regressar à Terceira para exercer as funções de docente. Mas esses planos acabam por não se concretizar porque após ter terminado a licenciatura foi convidado por Teodoro de Matos, em 1981, para assistente estagiário na Universidade dos Açores.
É nessa altura que começa a intensificar o seu trabalho como historiador, dedicando-se, sobretudo, ao período da ocupação filipina nos Açores (entre 1580 e 1590), onde desenvolve a questão da resistência terceirense e as implicações do domínio espanhol.
Entre os livros que publicou, está "As Lajes da Ilha Terceira - Aspetos da sua História" que, segundo confessa, "foi o que me deu mais gosto a escrever porque tive que conciliar a emoção com a razão".
Mais tarde, fez o doutoramento em História, em 1992, com uma tese sobre os Açores no período entre 1740 e 1770, sendo contratado como professor catedrático da Universidade dos Açores, no ano 2000.
"Costumo dizer que em relação à Universidade dos Açores guardo três "taças". Fui o primeiro aluno a fazer o doutoramento, o primeiro que estudou na instituição a ser nomeado professor catedrático e o primeiro a exercer as funções de reitor", afirma.

Missão cumprida
Amanhã (04 de julho) cessa as funções de reitor da Universidade dos Açores, após ter cumprido dois mandatos de quatro anos.
Fazendo uma retrospetiva do trabalho que desenvolveu como reitor, Avelino Meneses destaca o facto de hoje haver mais alunos e professores e investigadores com mais qualificações na Universidade dos Açores.
Quando iniciou as funções de reitor, elegeu como bandeira a concretização do princípio da tripolaridade da Universidade dos Açores e que nessa altura estava ameaçada.
"Fiquei desde logo com a nítida sensação, que o êxito da minha atividade como reitor ia depender da construção de novas instalações nos campus de Angra do Heroísmo e Horta. Esse foi um desafio que foi ultrapassado quase por completo. Quando fiz essa opção não foi apenas na qualidade de reitor mas também de açoriano", assegura.
Considera que já não faz sentido questionar a tripolaridade da Universidade dos Açores e que agora é altura de se avançar para a multipolaridade, fazendo chegar o ensino superior a mais ilhas com o recurso às novas tecnologias.
Com o financiamento assegurado para a construção das novas instalações em Angra do Heroísmo e Horta, a Universidade dos Açores deparou-se com problemas de natureza financeira que, segundo Avelino Meneses, levou a que tivesse de ser travada "uma luta difícil" para os ultrapassar e que a qualquer momento poderão voltar a verificar-se.
(In Diário Insular)

sábado, julho 02, 2011

Luta Contra a Pobreza

Açores não devem tentar produzir vinho "ao metro"



PAULO CAETANO FERREIRA: "Só o bom vinho deve ser vendido. Não é inteligente vender zurrapa"


A confraria de que é vice-Grão Mestre promove hoje, Dia Mundial do Vinho, na Praça Velha, uma prova de vinhos de Verdelho dos Biscoitos. Que expectativas sobre estes vinhos podem ter os potenciais provadores?
Podem contar com vinhos muito melhores do que os que havia há alguns anos. Graças à introdução de métodos melhores e mais cuidados, hoje vão ter o prazer de saborear bons vinhos.
A casta Verdelho parece ser a casta rainha nos Açores. Mesmo assim, há muita experiência paralela (até com mosto importado), com sucesso duvidoso ou mesmo nada duvidoso... como é o caso dos tintos.... Como vê o atual momento do setor, tendo presente esta amálgama?
O povo diz que a verdade vem sempre ao de cima, eu diria que as mixórdias vão, de certeza, pró fundo. O bom vinho de verdelho virá ao de cima.Para bem dos nossos produtores, deve haver uma melhoria contínua da qualidade, um controlo eficaz, só o bom vinho deve ser vendido. Não é inteligente vender zurrapa.
Dificilmente os vinhos dos Açores terão dimensão para concorrer em mercado aberto, com produtos de gama média ou mesmo média-alta. Resta-nos o mercado gourmet, ligado a muito alta qualidade. Esta aposta pode ser feita com a nossa casta Verdelho?
A solução das ilhas é saber aproveitar as diferenças, não tentar a quantidade. Temos diferenças de métodos de cultivo, de "terroir", de sabores, de envolventes culturais. É imperioso aprender a vender com seriedade e teremos, com certeza, gente de bom gosto e poder económico disposta a comprar o nosso vinho de Verdelho. Assim, os produtores de vinho de Verdelho terão uma recompensa pelo seu trabalho no cultivo da vinha.


(In Diário Insular)

DE 8 A 23 DE JULHO Voluntário em defesa do ambiente na Terceira

A Gê-Questa – Associação de Defesa do Ambiente, leva a cabo, de 8 a 23 de Julho, a II edição do Voluntariado Ambiental, um programa de prevenção e protecção ambiental aberto a participantes de várias nacionalidades.
Procurando dar continuidade ao trabalho efectuado em 2010, e sendo este o Ano Europeu do Voluntariado, esta edição receberá na ilha Terceira dezasseis voluntários de sete nacionalidades diferentes, entre espanhóis, italianos e alemães, bem como portugueses do Continente e de várias ilhas dos Açores.
Este programa tem dois tipos de participantes, os voluntários em tempo inteiro, que irão ficar alojados na Pousada da Juventude, e os voluntários parciais, na sua maioria residentes na ilha que apenas têm disponibilidade para participar em algumas das actividades programadas.
O voluntariado ambiental pretende ser uma actividade que junta protecção da natureza, o convívio e a troca de experiencias entre os vários participantes
Segundo Laia Carbonell, uma das mentoras do projecto, este tipo de programa de verão é muito comum em países europeus, aliando “a protecção do ambiente com o turismo, é uma oportunidade de conhecer outros locais de forma activa e descobrir também como se trabalha na Universidade dos Açores, por exemplo”, destacando o aumento de procura registada este ano, com muitos dos participantes “amigos de pessoas que estiveram cá em 2010”
São várias as actividades programadas para estas duas semanas da actividade, desde apoio à Universidade dos Açores em acções de conservação da natureza, a dinamização de recursos naturais da ilha, a monitorização da iluminação em Angra do Heroísmo e na Praia da Vitória, para a elaboração de uma proposta às autarquias para se encontrarem novas formas de iluminação pública que permitam uma diminuição do consumo energético e que sejam mais “amigas” das aves, especialmente dos cagarros.
A agricultura biológica será outra das vertentes desta actividade. Os voluntários vão dar apoio a várias hortas comunitárias, bem como a uma horta escolar nos Biscoitos e a agricultores particulares, de forma a fomentar a actividade agrícola “que mais respeita o ambiente”, refere Laia Carbonell, culminando com a organização de uma feira de produtos biológicos, no Forte de S. Mateus, sede da associação.
A recente polémica dos transgénicos também não foi esquecida pela Gê-Questa, que pretende levar a cabo uma campanha de informação sobre o assunto, com a distribuição de panfletos à população e uma palestra no Raminho, marcada para o dia 17 de Julho.
O contacto com as populações vai-se fazer igualmente através da organização de diversas actividades de educação ambiental direccionadas para crianças, na sede, e para adultos em diversos locais da ilha.
Do plano de actividades para os voluntários consta ainda a melhoria do Forte, recolha de resíduos em espaços naturais, e o apoio à melhoria de trilhos pedestres.
A responsável explicai que o programa deste ano tem uma duração mais curta que o de 2010 devido À falta de apoios, estando já garantida a parceria com a Direcção Regional da Juventude que cede a pousada, alimentação e o cartão Inter-jovem para quem se desloque de outras ilhas, e de várias escolas, estando à espera de resposta por parte das câmaras de Angra do Heroísmo e da Praia da Vitória. Bem como de algumas juntas de freguesia.


(In Renato Gonçalves em A União)