quinta-feira, julho 21, 2011

ESPECIALISTA JOSÉ MENDES CONSIDERA QUE JORNALISTAS PRECISAM DE FORMAÇÃO



Especialista em comunicação de risco, José Manuel Mendes considera que os jornalistas têm de ser preparados para comunicar em caso de catástrofe.



Não há ainda uma conveniente adequação do discurso jornalístico às situações de catástrofe, considera José Manuel Mendes, especialista em comunicação de risco, que defende que os jornalistas devem ser preparados para este tipo de situações. O professor da Universidade de Coimbra que hoje se desloca a Angra do Heroísmo no âmbito do workshop "Do envolvimento à participação: o papel da comunicação na gestão de riscos", disse a DI que tem havido, em Portugal, uma maior atenção ao discurso jornalístico em caso de catástrofe. No entanto, lamenta que em alguns jornais de renome existam profissionais especialistas em economia ou cenários de guerra e não em tragédias naturais ou tecnológicas. "Normalmente os jornalistas destacados para este tipo de situações são os que estão habituados a cenários de guerra e não há uma adequação do discurso, que não é, naturalmente, o mesmo", diz o especialista adiantando que "a cobertura, a relação com a população e o ritmo são totalmente diferentes". Para uma comunicação de risco eficaz, José Manuel Mendes defende uma articulação com as entidades e um bom enquadramento oficial, bem como informação rigorosa e verdadeira. Ainda assim, garante o investigador, os serviços regionais nos Açores têm feito um bom trabalho no que toca a este tipo de informação. No entanto, o envolvimento, diz, tem de ser maior. "É importante conhecer as zonas vulneráveis, desenvolver cartografia percetível e conversar com as populações. É que as pessoas quando veem e compreendem a cartografia dos perigos integram esses conhecimentos no seu quotidiano. Note-se que temos em Portugal índices muito grandes de resposta aos apelos da Protecção Civil, pelo que a adotar este tipo de estratégia também seríamos bem sucedidos", sustenta. COMUNICAR O RISCO A comunicação de risco, explica o professor universitário, prende-se com um conjunto de estratégias científicas em que se procura dar às populações instrumentos que possam ser aplicados em caso de catástrofe. "Estas estratégias passam pela comunicação social ou por reuniões informais em que as pessoas têm oportunidade de analisar a cartografia e questionar os especialistas", adianta José Manuel Mendes. Segundo o professor da Universidade de Coimbra, importa fazer a aproximação daquilo que são os riscos reais para aquilo que as pessoas, subjetivamente, consideram que são os riscos mais importantes. "Há uma corrente mais moderna nesta área da comunicação de risco que considera que o conhecimento leigo é tão importante como o conhecimento científico na mitigação de problemas e preparação eficaz de planos de emergência", afirma. É por isso que José Manuel Mendes considera essencial adequar a linguagem ao universo cultural da população. "Há várias formas de comunicar e, para as pessoas com menos escolaridade, as televisão e as rádios são essenciais. No entanto, é aos jornais que se recorre quando se quer saber pormenores como mapas ou percursos. É preciso é que as pessoas compreendam", conclui.
Compreender a vulnerabilidade socialé a base dos programas de emergência
José Manuel Mendes apresenta hoje na UAç, campus de Angra do Heroísmo, dois projetos que realizou no âmbito da compreensão da vulnerabilidade social de todos os concelhos do país, fora regiões autónomas. Para o professor universitário, o conhecimento deste tipo de vulnerabilidade - número de idosos, crianças e pessoas com deficiência - constitui a base da preparação dos programas de emergência. Neste sentido, o especialista em comunicação de risco frisou, por exemplo, que ao longo desta investigação denotou-se que muitos autarcas não tinham noção da percentagem de pessoas com deficiência existentes no concelho, pelo que foi necessário adequar os planos de resposta. De acordo com o investigador, os estudos agora apresentados revelam ainda tempos de resposta, formas de liderança e percepção do risco. José Manuel Mendes revelou a DI que uma das maiores conclusões têm que ver com a mudança da "lógica de familiaridade" para a "percepção de escala". "Nos primeiros momentos, em caso de acidente ou catástrofe, as pessoas tendem a chamar pelos seus vizinhos e não pelos familiares. Só depois recorrem às instituições oficiais, sobretudo aos bombeiros", frisa.



(in Diário Insular)

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Have some evidence that shows but if you have a tumor on board and you post the system but short term stressors is like exercising three times a week Moderate consistent exercise that kind of stressful but we don't use exercise in Thrissur you actually enhance anti-tumor immunity and tend to decrease .

http://binaryoptionpay.com/
http://findbinaryoption.com/
http://findbestbinaryoption.com/
http://findtopbinaryoption.com/
http://binaryoptiontopbroker.com/
http://binaryoptionwork.com/
http://binaryoptionworkhelp.com/
http://binaryoptionworksupport.com/
http://listedbinaryoption.com/
http://reliablebinaryoption.com/

12:08 da tarde  
Blogger 5689 said...

zzzzz2018.8.20
louboutin shoes
ralph lauren outlet
ralph lauren outlet
jordan shoes
coach outlet
canada goose outlet
tods shoes
off white jordan 1
ralph lauren uk
louboutin shoes

3:00 da manhã  
Anonymous Cara Menggugurkan Kandungan said...

very good article.

Dokter Spesialis Kandungan
Penyebab Telat Haid

11:07 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home